A lotérica de Nicolau Pano

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Por muitos anos Nicolau Pano controlou a venda e distribuição de bilhetes de loteria. Ele era também o único a receber o resultado do concurso, cujos números premiados, tão logo chegava o telegrama, ele ia escrever num quadro negro na porta da sua loja que ficava na rua Duque de Caxias.Nicolau ficou amicíssimo do seu vizinho da frente, o dono do café Java. Mas um dia eles se desentenderam e quando grandes amigos brigam a rivalidade se agrava ainda mais.Estavam as vésperas da loteria de natal e Nicolau sabia que o ex-amigo possuía um bilhete do grande premio que ele mesmo havia vendido. As 3 da tarde, calmamente Nicolau foi ao quadro negro e munido do giz, sossegadamente foi escrevendo o número do bilhete do inimigo, que olhava tudo escondidinho. Quando viu o resultado, o dono do café Java explodiu como um vulcão de alegria. Mandou todo mundo beber a vontade, baixou quase toda a mercadoria da prateleira e ainda deu de presente o café para um dos seus empregados. Afinal tinha ficado rico!Enquanto a folia corria solta, Nicolau Pano, com a mesma calma apagou os números do quadro negro e escreveu os verdadeiros!  E quando todos perceberam a pegadinha do Nicolau, a pancadaria comeu solta.

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[box style=’info’]Histórias que a História Conta é uma produção do Almanaque Urupês em parceria com a Rádio Metropolitana Taubaté e é transmitido de segunda a sexta-feira no programa matinal Radar Noticioso. [/box]

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