Categoria: Memória

Tiro de Guerra 445

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Em 1917 foi fundado em Taubaté, o Tiro de Guerra 445. Era um órgão do exército brasileiro que tinha finalidade de fornecer instrução militar e estudos para jovens com 18 anos com o apoio do governo municipal. Naquela época ocorria a 1ª Guerra Mundial e havia possibilidade de que o Brasil entrasse no conflito. A iniciativa de criar um tiro de Guerra na cidade, partiu da Associação Comercial de Taubaté com o apoio da prefeitura. Lá dentro, os jovens praticavam tiro ao alvo, tinham aula sobre a história do exército e praticavam esportes como corrida, musculação e até futebol. Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha em 1918, o presidente do tiro de Guerra de Taubaté telegrafou ao presidente da República colocando os mais de 400 atirados à disposição das autoridades. Aparentemente, o pessoal estava entusiasmado para ser enviado ao campo de batalha. Pois, a reposta do presidente mandando que guardassem instruções em Taubaté mesmo, esfriou o animo. O tiro de Guerra 445 funcionou por alguns anos em Taubaté e deixou muitas histórias para ser contada.

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Zé Pedro e o espírito da roça

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Zé Pedro era neto de um antigo morador de Redenção da Serra. Certa vez resolveu abandonar a cidade e viver isolado em uma casinha à beira repressa. Zé Pedro decidiu que nunca mais voltaria à cidade. tomaria banho no rio, faria roupas com o algodão que plantaria, calçados com o couro de bois, comeria frutas, teria hortas, criaria galinhas, porcos, vacas. Adoçaria com a garapa café, bolos e pamonhas. Extrairia tudo que precisasse só da natureza. De repente, ele ouviu uma voz vindo do espírito da roça ou talvez da sua própria consciência: “Você não vai conseguir. Você não vai conseguir. Quer viver aqui, porque tudo já está pronto. Alguém já derrubou as matas, fez casas, estradas, roça e repressa. Aqui tem fartura, mas não tem tudo o que você precisa. Tem uma coisa que não nasce, não tem raiz, não saí no leite da vaca nem por decreto de juiz”. Zé Pedro não se fez de rogado e quis saber afinal, o que é que ele não conseguiu na roça. e a voz respondeu: “Você precisa de sal. e ninguém é soberano se precisa de sal”.

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A Igreja do Rosário

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Entre os anos 1700 e 1705, a irmandade de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Taubaté ergueu a sua primeira capela. Mais de 150 anos depois, em 1861, o templo estava prestes a ruir, por isso a irmandade começou a reconstruir-la na mesma localização. Como os recursos financeiros eram poucos, eles associaram-se a irmandade dos 20 Irmãos. Uma confraria firmada por membros importantes da sociedade e as obras continuaram. Em 1882 finalmente a igreja do rosário é concluída para tornar-se um dos cartões postais de Taubaté. 131 anos depois, ela está ameaçada. O tempo e a falta de manutenção comprometeram as estruturas do Rosário. É nessas horas que devemos lembrar que a Igreja Católica, está presente na história valeparaibana desde o início da povoação de Taubaté. É fato a influencia do catolicismo na formação cultural, artística, social e administrativa do Brasil e de Taubaté. Portanto, restaurar e preservar a Igreja do Rosário não é tarefa apenas para membros de uma religião. É sim, obrigação de toda uma sociedade que pretende avançar em civilização, sofisticação e respeito próprio. Salvar o Rosário é respeitar Taubaté.

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Lygia Fumagalli Ambrogi

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Lygia Fumagalli Ambrogi, taí uma mulher que fez a diferença. Logo que chegou em Taubaté em 1933. Numa época em que cultura era coisa de homens, ela teve a ousadia de fundar a primeira organização cultural feminina da cidade.Lygia casou-se com o poeta Cesídio Ambrogi em 1938, que na época era bem famoso.A casa de Lygia e Cesídio tornou-se ponto obrigatório para quem sabia pensar. Plínio Salgado, Mario de Andrade, Cassiano Ricardo e Monteiro Lobato foram alguns dos seus ilustres freqüentadores. Lygia foi uma cidadã ativa. Criou com Judith Mazela Moura, o primeiro jornal de Taubaté dirigido por mulheres, foi uma das fundadoras da Casa da Criança, semente dos serviços de proteção infantil em Taubaté, além de contribuir muito para a consolidação do ensino público na cidade. A poetiza, jornalista, advogada e professora, Lygia Fumagalli Ambrogi foi uma sentinela da cultura valeparaibana até a morte em 2012. Seus esforços não permitiram, por exemplo que Cesídio Ambrogi e a sua obra caíssem no esquecimento.Com isso, Lygia contribuiu para que uma parte importante da história e da cultura paulista fossem preservadas.

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JOANINHA CASTILHO

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No Aeroclube do Campo de Manguinhos no Rio de Janeiro a jovem taubateana Joana Castilho rasgava os céus com acrobacias incríveis. Ela era ousada em suas peripécias. Seus vôos acrobáticos e seus saltos de paraquedas impressionavam. A multidão que assistia ficava chocada quando ela simulava pane no avião. Joana Castilho foi a mais jovem brasileira a obter um breve, a habilitação para pilotos de avião. Tinha apenas 14 anos. E Quem entregou a ela a caderneta de piloto foi o então presidente Getúlio Vargas, que assistiu ao show aéreo pessoalmente! O talento da moça era tanto, que o rei da comunicação Assis Chateaubriant a convidou em 1940 para uma série de reportagens nos Diários Associados sobre sua perícia nas demonstrações aéreas.E uma empresa de bebidas, aproveitando o sucesso da aviadora, lançou um refrigerante que foi apreciado por muitos anos na região, o Guaraná Joaninha.

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Bandas Musicais

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As bandas musicais são uma tradição bem antiga nas cidades brasileiras.No passado quando existiam mais de uma banda num município, havia também rivalidade entre elas. Era comum que resolvessem as diferenças a base da pancadaria. Em Taubaté não era diferente.Na madrugada de 26 de fevereiro de 1906 a cidade recebia grandes figuras da república brasileira. Os governadores de minas, Rio de Janeiro e São Paulo tinham acabado de assinar um documento que entrou para história, o convênio de Taubaté.

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O Cosmorama

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Era 25 de dezembro 1876.Uma fila de gente se formava atrás da Igreja Matriz de Taubaté, para fazer viagens virtuais pelo mundo. Pelo menos era isso o que prometia um aparelho denominado cosmorama. O cosmorama era uma caixa com um visor acoplado para que o cidadão, individualmente, pudesse admirar fotografias de países distantes tendo a sensação de visão tridimensional. Isso mesmo, imagens em 3d! O segredo desse antigo 3d estava num cartão que trazia duas fotos que, quando vistas no cosmorama, produziam no cérebro dos nossos tataravós uma terceira imagem tridimensional. Para quem nunca tinha visto uma fotografia na vida, aquilo era pura mágica! Um sujeito que viu tais imagens descreveu a experiência mais ou menos assim: Apesar de eu nunca ter visitado Roma, senti experiências genuínas de ter estado em Roma.Portanto, caro ouvinte, aquele televisor conectado a internet com imagens em 3d que você tanto almeja, começou a ser inventado há muito tempo.

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