Taubaté já foi um perigo para cães de rua. Em 1892, para conter a proliferação destes animais, a Câmara foi pressionada para deflagrar uma “guerra de morte de cães”.
CRUELDADE
A medida permitiu a matança dos pobres caninos com “bolinhas de estriquinina” – veneno envolto em carne. Taubaté conviveu duas décadas com cães agonizantes pelas ruas e o odor de cadáveres em putrefação.
FÁBRICA DE SABÃO?
Em 1914, matar animais com as bolinhas tornou-se proibido. A prefeitura combateu os “cães vadios” levantando um galpão onde recolhia animais capturados pela “carrocinha de cachorros”. Se alguma boa alma não os resgatasse, em 48 horas os bichinhos eram sacrificados “por meios adquiridos com humanidade”.
Uma lei de 1978 determinava que os cães sem dono passassem a ser “abatidos por processo que lhes evite tanto quanto possível o sofrimento”.
EUTANÁSIA
Desde 1990, com a lei que criou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a barra dos cãezinhos de rua foi aliviada. A lei diz que o bichinho pode ser condenado ao sacrifício apenas com a constatação de infecção por raiva ou outras zoonoses, e pelas mãos de um veterinário com o acompanhamento de representantes de instituições protetoras de animais.