15 de março de…
1883 Noticia-se o falecimento em Taubaté do Sr. Gustavo Baumann proprietário em Lorena, com 38 anos de idade. Aconselhado por seu amigo Sr. Carlos Adolpho Leonardo, horas antes de morrer, vítima de meningite, recebe o batismo e extrema-unção das mãos do P.e João Evangelista, protestante que era. (Gazeta de Taubaté).
1883 Noticia-se o falecimento do Sr. Romualdo Barreto de Andrade, negociante na praça. (Gazeta de Taubaté).
1883 A Gazeta de Taubaté pede à polícia provi-dências contra a vagabundagem reinante na cidade, onde nas escolas não se encontram 100 alunos quando a população é de cerca de 6.000 almas. E lembra que a Marinha precisa de gente. Pede, ao fiscal da cidade, guerra de morte de cães. (Gazeta de Taubaté).
1883 O Sr. F. M. Riesenberger por motivo de re-tirada anuncia liquidação na sua fábrica de pedras e louça: sacas de cal de 2 alqueires a 2$500; barricas grandes de cimento Portlam a 12$000 e pedras para calçadas, ladrilhos, terreiros de café a preços reduzidos. (Gazeta de Taubaté).
1883 João Bastos, recém-chegado da Corte, anun-cia novo suprimento na sua loja do Largo do Mercado, canto da rua de Sant’Anna, pegado à Botica Alemã, vendendo por preços cômodos como requer a crise atual. (Gazeta de Taubaté).
1883 Em casa dos srs. Monteiro da Silva & Cia. acham-se à venda bilhetes para 4 récitas da Companhia Recreio Dramático do Rio de Janeiro nos dias 24 (sábado de aleluia) a 27, recém-vinda de São Paulo, Campinas e Santos onde inaugurou teatro. (Gazeta de Taubaté).
1883 A Gazeta de Taubaté aplaude a fundação da Sociedade Emancipadora de escravos fundada em Santos pelo vigário Pe. Scipião F. G. Junqueira com jurisdição sobre os municípios de Santos, São Vicente e Conceição de Itanhaém e publica seus estatutos pelos quais se verifica: têm direito à proteção da sociedade os escravos que forem seus sócios e que a ela devem entregar seus pecúlios com justificação de origem dos mesmos; maior pecúlio dá direito a preferência. Os sócios escravos devem contribuir com 1$000 mensalmente e os livres com 5$000 sujeitos estes à jóia de 20$000. O sócio escravo libertado pelo fundo de emancipação não tem direito ao pecúlio depositado que passará para o fundo social a menos que ainda tenha escravo parente na ordem de sucessão legal; o sócio escravo alforriado deverá entregar mensalmente à sociedade os salários percebidos para destinação legal; o que tiver em andamento questão de alforria que por falta de acordo com o senhor quanto ao preço deverá ser fixado por arbitramento, deve trabalhar por salário sob pena de ser expulso e abandonado pela sociedade. (Gazeta de Taubaté).
1888 De volta da Corte chegam a Taubaté o Sr. Antônio Gomes de Souza Penna e José Pedro Malhado Rosa. (O Liberal Taubateense).
1888 De mudança para Taubaté onde pretende advogar no foro local aqui se encontra o Dr. Francisco Corsino. (O Liberal Taubateense).
1888 Regressa de Sorocaba, onde fizera aquisição de escolhida tropa o Sr. José Bonifácio de Moura. (O Liberal Taubateense).
1888 O Sr. João Bastos está estabelecido no Largo do Mercado, esquina da rua Dr. Winther, junto à Botica do Sr. Carlos Adolpho Leonardo, com loja de fazendas, armarinhos, etc. (O Liberal Taubateense).
1888 São nomeadas para Taubaté as seguintes autoridades: (termo de Taubaté) Delegado
de polícia – Dr. Francisco Ribeiro de Moura Escobar; 1.º suplente – Antônio Gomes de Souza Penna; 2.º suplente – José Bonifácio de Oliveira Moura e 3.º suplente – Francisco Lobato de Moura Sobrinho. (O Liberal Taubateense).
1888 O Dr. José Francisco Monteiro, especialista em doenças de senhoras e crianças (parteiro), dá consultas das 7 às 8 h. da manhã e das 2 às 3 h. da tarde no Largo do Dr. Barbosa de Oliveira. Grátis aos pobres. Os chamados podem ser dirigidos à Botica Alemã ou Far-mácia Paulista. (O Liberal Taubateense).
1888 Os Drs. Antônio Quirino e Xavier de Castro, advogados, estão estabelecidos à rua do Sacramento. (O Liberal Taubateense).
1888 Realizam-se, em Taubaté, as cerimônias de benção da Igreja Matriz que se achava em conserto. (O Liberal Taubateense).
1888 Organiza-se a Companhia de Estrada de Ferro Sapucaí. (O Liberal Taubateense).
1891 A Prof.ª D. Ana Eufrosina Marcondes de Oliveira Cabral é removida da cadeira do bairro de Roseira para a cadeira mista do Poço Grande em Taubaté. (Jornal do Povo).
1891 Ao Dr. Antônio Moreira de Toledo, juiz de direito substituto de Taubaté foi concedido um mês de licença para tratamento. (Jornal do Povo).
1891 Durante a curta ausência do editor responsável Ladislau Fernandes de Oliveira o Sr. Arthur Vieira fica encarregado do “Jornal do Povo” que se edita duas vezes por semana em Taubaté, onde circulam também “O Noticiarista” e “Pátria Paulista”. (Jornal do Povo).
1891 Moradores do bairro do Borba, no município de Taubaté, em número de 17, subscrevem representação contra Antônio Francisco de Oliveira Rolim, inspetor daquele bairro dirigida ao Delegado de Polícia acusando-o de provocador, beberrão pedindo sua substituição. (Jornal do Povo).
1891 José Alberto da Silva Reis, capitalista, residente em Taubaté faz sua propaganda a candidato a senador estadual. (Jornal do Povo).
1895 Noticia-se o falecimento, na vizinha cidade de Caçapava, de D. Escolástica Josephina Pereira, progenitora do deputado estadual Dr. Ignácio Pereira da Rocha, do Dr. José Gonçalves Pereira e do c.el João Dias Pereira. (O Popular).
1895 O Sr. Augusto Kreye embarca para o Rio a fim de fazer aquisição de novos bondes para a empresa de carris urbanos de Taubaté puxados a burro e que a principio chamou-se Cia. Ferro Carril Taubateense e limitava-se a transportar cargas e passageiros da estação da Central do Brasil à cidade. Mais tarde passou a ter função de um circular de hora em hora, independente dos horários de trens da Central. (Nota: ontem no largo do Mercado o pobre conhecido por Itá (José Lopes) caiu sobre os trilhos e se machucou). (O Popular).
1897 Na Igreja Matriz realizam-se as solenes exéquias pelas vítimas do combate de Canudos em que pereceu o c.el Moreira Cézar. Os oficiais da Guarda Nacional de Taubaté comparecem fardados e a força policial aqui destacada fez a guarda de honra e deu as salvas de estilo. Colaborou a Corporação Musical Lyra Taubateense. (Diário).
1900 Eleito para a vaga ocorrida com a renúncia do vereador Cap. Antônio Affonso Moreira, toma posse o Dr. Rebouças de Carvalho na Câmara Municipal de Taubaté de que participa pela 2.ª vez, sendo saudado pelo Dr. Urbano Figueira. (Jornal de Taubaté).
1905 A Corporação Musical “Philarmônica Tauba-teense” em reunião da diretoria cria o lugar de presidente honorário e elege para o cargo o seu fundador capitão Manoel Alves Borges. (Jornal de Taubaté).
1910 O Decreto Estadual cria o 2.º Grupo Escolar de Taubaté com a anexação das Escolas do Cavarucangüera, Vila Edmundo, Areão, Humaitá, sendo nomea-dos os seguintes professores: Francisco Marcondes Pereira, D. Maria Augusta de Salles, Júlia de Lacerda Ortiz, Álvaro Ortiz, Raphael Falco, Thomaz Ribas, Dolores Barreto Coelho e Zenaide de Moura Ramos, D. Maria Tereza de Moura removida do 1.º Grupo e Arthur Bohn substituto efetivo. Porteiro: Francisco Cândido Vieira. Vai funcionar no prédio que foi do Cons. Moreira de Barros. (O Norte).
1914 No Velódromo Taubateense à Rua 4 de Março realiza-se luta romana entre os campeões Marcelo Cáceres que desafiou José Brunini. (O Norte).
1914 O Centro Espírita “União e Caridade” elege sua diretoria: presidente, Pedro Acioly de Santiago Lins; vice, Benedito Moreira de Andrade; tesoureiro, Manoel Jacinto de Melo Júnior; 1.º secretário, Luiz Pupo de Mendonça e 2.º secretário, Antenor Máximo de Carvalho; Procurador, João Alves dos Santos. Conselho Fiscal, Virgílio Cabral, Manoel Peres, José Nunes, Leopoldino Martinho de Abreu e Seraphim Alves de Aguiar. (O Norte).
1915 Instala-se em Taubaté o seu 3.º Grupo Escolar que posteriormente viria a chamar-se “Dom Pereira de Barros” que já esteve à Rua Emílio Winther. (O Norte).
1918 O 2.º Grupo Escolar de Taubaté passa a chamar-se “Conselheiro Moreira de Barros” por decreto do Sr. Secretário do Interior. (O Norte).
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Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu