1 de abril de…
1780 A Câmara Municipal da Vila de São Francisco das Chagas de Taubaté comunica ao governador capitão-general Martins Lopes Lobo de Saldanha o falecimento de Bento Lopes de Leão, capitão-mor da vila de Taubaté. (Atas I, pp. 22 e 29).
1883 Na rua do Patrício está estabelecido cerca de um terço do nosso comércio, mas está abandonada pelo poder municipal. Com as chuvas está toda alagada e ainda há uma nascente de água perto do beco que dá para a rua Jacques Félix (deve ser a descida da rua Marquês do Herval em direção à rua Mariano Moreira). Pede-se aterro e apedregulhamento. (Gazeta de Taubaté).
1883 Chegam a Taubaté, como já vem acontecendo há muito, exemplares dos jornais portugueses “Correio da Europa” e “O Atlântico” editados em Lisboa. (Gazeta de Taubaté).
1883 A Gazeta de Taubaté transcreve artigo da Gazeta de Campinas pedindo providências à Câmara contra os cães vadios de lá, fato que também ocorre em Taubaté.
1883 Está em Taubaté em gozo de licença, com sua família, o Dr. Benedito Philadelpho de Castro, promotor público em Mogi Mirim. (Gazeta de Taubaté).
1883 Novamente residindo em Taubaté o Sr. José Gomes da Luz oferece seus préstimos de pintor, empapelador e fingidor. É taubateano. (Gazeta de Taubaté).
1888 O Barão de Santa Branca oferta à Câmara Municipal de Jacareí um relógio procedente de Berlim cujo mostrador tem 2 metros e bate horas e meias horas. (O Liberal Taubateense).
1888 Noticia-se a elevação a Protonotário Após-tólico ad instar participantium do ilustre sacer-dote taubateano Mons. João Alves Coelho Guimarães por serviços prestados à educação da mocidade no importante estabelecimento de ensino que dirige (Reitor do Seminário Episcopal de São Paulo) por Leão XIII. (O Liberal Taubateense)
1888 A concessão outorgada à Companhia de Estrada de Ferro Ramal Bananalense é transferida à sociedade José d’Aguiar Vallim & Cia. e passa a se chamar Estrada de Ferro do Bananal. (O Liberal Taubateense).
1888 Encontram-se em Taubaté: o Dr. Emygdio Adolpho Vitório da Costa, Inspetor de Instru-ção Pública na Corte, hospedado em casa de seu cunhado, o desembargador (honorário) Dr. Aureliano de Souza Oliveira Coutinho; o Rev.do P.e Antônio José Pinheiro, vigário de Amparo; o Dr. José Carvalho Rebouças, fazendeiro na Redenção; o Dr. Francisco Ignácio Marcondes, fazendeiro em Jambeiro e o Dr. José Joaquim de Moraes, fazendeiro na Penha do Rio do Peixe. (O Liberal Taubateense).
1888 Às 13 h. na residência do ten.-c.el Manoel Gomes Vieira realiza-se a 2.ª reunião de fazendeiros, capitalistas e negociantes do município para fundação, em Taubaté, do Banco Agrícola e Comercial do Norte pelo qual se interessam também capitalistas do Rio de Janeiro. Capital de 500 contos divididos em 10.000 ações de 50$000 cada. Chamadas de integralização de 10% em intervalos de 30 dias pelo menos com aviso de 15 dias de antecedência. Serão considerados fundadores todos que subscreverem 50 ações pelo menos, que terão direito a mais 4% dos lucros semestrais além do dividendo como prêmio previsto no art. 3.º § 3.º da lei n.º 3.150 de 4 de novembro de 1882. Por aclamação ficou constituída uma comissão composta dos srs. Dr. Emílio Winther, Antônio Quirino de Souza e Castro, José Corsino, Dr. João Francisco Malta Jr., Dr. José Ricardo, Jacintho Pereira de Barros, Crescêncio Costa, Comendador Cardoso, cap. João Afonso, srs. Andrade Rosa, José Benedito, A. Marcondes de Moura e Souza Pena (Antônio Gomes) encarregada de receber assinaturas de acionista para subs-crição do capital social. (O Liberal Taubateense).
1888 Na casa do ten. c.el Manoel Gomes Vieira realiza-se reunião de interessados na constituição do Banco Comercial e Agrícola do Norte. (Diário Paulista).
1891 O Dr. José Martins Bastos, recentemente nomeado, entra no exercício do cargo de Juiz de Direito da Comarca de Taubaté. (Jornal do Povo).
1897 A Câmara Municipal de Taubaté aceita proposta do Sr. José Benedito da Silva Esteves que oferece seu quintal entre a Rua Jacques Félix e Praça do Mercado para depósitos de animais que os negociantes largam no Largo do Chafariz aos sábados e domingos pelo preço de cem réis cada burro ou cavalo e duzentos réis cada boi de carro e gratuitamente para servir de curral de Conselho. (Diário de Taubaté).
1900 Circula em Taubaté o 1.º número de “O Taubateano”, sob a direção do Sr. Tavares Filho e redação do Sr. Dr. Fernando de Mattos que se diz sem partidarismo político, dedicado ao comércio, lavoura e indústria. (Jornal de Taubaté).
1900 Circula em Taubaté o 1.º número do jornal “O Taubateano”. (Jornal de Taubaté).
1901 O Sr. Bernardino Querido é preso e remetido para São Paulo, por ordem do Sr. Paulo Orozimbo, administrador dos Correios, pois se constatou que o mesmo é responsável pelo desfalque de 22:000$000 na agência do correio de Taubaté. (Jornal de Taubaté).
1901 Morre D. Alexandrina de Toledo. (Jornal de Taubaté).
1905 Circula, em Taubaté, o 1.º número do jornal “O Alvião” dedicado à propagação do espiritua-lismo científico sob a direção do Sr. Ernesto Penteado. (O Norte).
1905 O Sr. Benedito Ramos Ortiz regressou do Rio de Janeiro onde se classificou em 1.º lugar em concurso para condutor de trem na Central do Brasil. (Jornal de Taubaté).
1905 Morre, em Taubaté, o Sr. Antônio Amaral, funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil. (Jornal de Taubaté).
1905 Em decorrência de aviso de 3 de março do chefe de contabilidade da Estrada de Ferro Central às estações de Jacareí e Taubaté, mandando classificar tecidos de meia (meias e camisas) na 2.ª classe em vez de 3.ª como se fazia há 13 anos e do que decorre aumento de frete de cerca de 50% que absorve o lucro da Companhia Taubaté Industrial, são dispen-sados 80 operários dessa secção da fábrica.
O Dr. José Rebouças de Carvalho, deputado federal, intercede junto ao Sr. Ozório de Almeida que suspende a referida classificação e à vista de telegrama comunicando a decisão se queimam muitos foguetes em regozijo por se evitar a dispensa. (Jornal de Taubaté).
1909 Lei municipal n.º 123 institui em Taubaté o imposto sobre veículos de passageiros e em conseqüência a Prefeitura Municipal adota pequenas placas numeradas para afixação do lado direito da boléia para facilitar a fiscalização. Nesse ano, de início, foram aferidos: 202 carros de bois públicos, 104 particulares, 40 carroças públicas, 77 particulares, 24 veículos de passageiros de quatro rodas particulares (nenhum público), 52 de duas rodas particulares (nenhum público), 1 automóvel, 1 motocicleta e 6 bicicletas.
1909 A Prefeitura Municipal de Taubaté entra em entendimentos com a Empresa de Gás desta cidade, manda numerar os combustores de iluminação que são pintados de vermelho e verifica que desde outubro de 1907 vem pagando por 20 combustores a mais do que os que realmente existem e pede reembolso.
Desde 1894 vinha sendo cobrado 300 réis por noite por combustor público. Com introdução posterior nos combustores do bico Auer passou a 360. (O Norte).
1910 A partir desta data perdem o valor as notas de quinhentos réis ($500). (O Norte).
1914 Grassa intensamente no município a febre aftosa entre suínos e diante de representação do Dr. Cursino de Moura, Inspetor Sanitário Municipal há algum tempo, o Prefeito Municipal baixa instruções para que se recusem os animais seriamente afetados bem como se verifique e observe estrita higiene nos chiqueirões e no galpão de matadouro. (O Norte).
1927 No salão da Associação Artística e Literária realiza-se recital de piano de Gilda Mancini do Conservatório Musical de São Paulo.
1941 Morre, em São Paulo, o Dr. José de Alcântara Machado de Oliveira, catedrático da Faculdade de Direito, emérito jurista e escritor pertencente à Academia Brasileira. Era casado com D. Maria Emília de Castro Machado, de ilustre família taubateana, e progenitor do Dr. Brasílio Machado Neto, entre outros. (O Momento).
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Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu