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by almanaqueurupes

Maria Morgado de Abreu, a primeira dama da historiografia taubateana

novembro 26, 2012
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Maria Morgado presenteou alguns milhares de Taubateanos com um tesouro pessoal e intransferível: a sua própria identidade taubateana. E fez isso da maneira certa. Popularizou um tema praticamente restrito a rodas intelectualizadas. Escreveu uma série de artigos e livros em que transpira sua paixão pela cidade e principalmente por sua gente. Todos que depois dela se lançaram no estudo de nossa história, tem em sua obra uma referência obrigatória (Muitos não admitem essa condição e até torcem o nariz para tais obras. Pura bobagem).
Também pesquisou o folclore local, recolheu receitas de pratos típicos, mergulhando no universo cultural do Vale do Paraíba, permitindo a todos saborear os seus significados mais íntimos, desvendar os segredos escondidos em seus pratos, aspirar o aroma suspenso em seus temperos. Pura arte.
Reverenciar Maria Morgado e sua obra é acrescentar um poderoso ingrediente na construção da verdadeira cidadania do taubateano, do valeparaibano, do brasileiro.
No último dia 10, o prof. Ocílio Ferraz prestou, dentro da Semana Gastronômica do Senac, uma belíssima homenagem a Maria Morgado baseando-se nas receitas do livro “A culinária tradicional do Vale do Paraíba”(editado pelo próprio Ocílio). Também escreveu um belo apontamento biográfico que tomo a liberdade de transcrever um pequeno, mas significativo trecho:
Maria Morgado de Abreu, em respeito aos seus infindáveis trabalhos em prol do patrimônio Taubateano e do Vale, recebeu no Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, o título de “Defensora do Patrimônio da Cultura do muito glorioso Vale do Rio Paraíba do Sul”, título esse que foi oferecido pela primeira vez na história dessa instituição, em Paris, em 25/09/1998.

 

Farofa de Içá Torrado
(“…. A içá torrada venceu todas as resistências , urbanizando—se mesmo, quase tão completamente como a mandioca, o feijão, o milho e a pimenta da terra. Pretendeu-se que os jesuítas, no intuito de livrarem as lavouras da praga das saúvas, tivessem contribuído para disseminar entre os paulistas o gosto por essa iguaria. Nada há de inacreditável em tal suposição, uma vez que já os primeiros escritos de missionários inacianos em terra brasileira, mencionam a içá como prato saboroso e saudável. Nos meses de setembro e outubro, em que saem aos bandos essas formigas aladas, buscava-as com sofreguidão, nos seus quintais, a gente de São Paulo, e ainda em pleno século XIX, com grande escândalo, para os estudantes forasteiros, eram apregoadas elas no centro da cidade pelas pretas de quitanda, ao lado das comidas tradicionais: biscoito de polvilho, pés-de-moleque, furrundum de cidra, cuscuz de bagre ou camarão, pinhão quente, batata assada ao forno, cará cozido …“)
Sérgio Buarque de Holanda — “Caminhos e Fronteiras” — pg. 64.

Modo de fazer:
Limpam-se as içás das perninhas e cabeças. Em seguida, põe-se de molho em água e sal por cerca de 1/2 hora. Escorre-se bem e leva-se ao fogo, em frigideira com gordura mexendo-se sempre para não queimar. Quando estiverem bem torradas, acrescenta-se farinha de mandioca, mexendo-se sempre, resultando a farofa, já pronta para ser comida acompanhada de café. Se quiser, coloca-se em pequeno pilão, juntando-se farinha a gosto, daí resultando uma paçoca de içás.

Fonte: “A culinária tradicional do Vale do Paraíba” Maria Morgado de Abreu e Paulo Camilher Florençano

culináriafolclóreHistoriografiaLiteraturaMaria Morgado de Abreutaubaté
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A VISÃO DE TETECO SOBRE CORRUPÇÃO, BUROCRACIA E A ATUAL SITUAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

dezembro 17, 2015
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Por Teteco dos Anjos

Nos últimos 50 anos, mal ou bem, houve uma melhor distribuição de renda no Brasil; a grande população mais carente pôde ganhar mais dinheiro, subiu de nível. Isso é fato e isso é bom. Claro que ainda não é o ideal e estamos longe disso. O ruim é que nos mesmos 50 anos, e creio que em todos os anos de existência desta “pátria amada”, nunca se investiu sério e pesado em educação e cultura. Infelizmente, o brasileiro é um povo oco, desinformado, desprovido de acesso à educação e cultura. Resultado: povo desinformado com mais dinheiro no bolso produz e consome muito mais porcaria. Não é isso o que acontece?!

Mas vejam, isso não é culpa do “povo”, que felizmente conseguiu subir um pouco de patamar no quesito financeiro, na qualidade de vida. A culpa é totalmente dos nossos governantes, de todas as esferas do poder; municipal, estadual, federal. O descaso é do estado. O ideal seria que o Brasil, ao mesmo tempo que fosse ficando mais rico, ou menos pobre, fosse também ficando mais culto. Nos Estados Unidos, na Europa, no Japão, na Coréia do Sul, esse fenômeno altamente positivo ocorreu e ocorre. É bom que se diga em alto tom; o brasileiro não é burro; o brasileiro é tratado pelo estado brasileiro como burro.

Quando a nossa vizinha Argentina era rica, o povo argentino era também nutrido de educação e cultura. Somente em Buenos Aires se lê, se consome livros, muito mais que em todas as capitais do Brasil juntas. Aí eles dão de goleada pra cima de nós. Hoje a Argentina, por culpa também de seus governantes inoperantes, é pobre. Mas é culta !!!

O Brasil é “sim” atualmente um país, digamos, rico. Mesmo com todas as lambanças políticas e sociais que aqui ocorrem em escala sem igual, o Brasil tem grana. No entanto, é o terrível monstro da “corrupção” que mina nossa riqueza, que, como lobos famintos, praticam a “pilhagem”. Ou seja; nutrem-se do animal que eles não abateram. É o tal do jogo sujo, da picaretagem, da falta de educação e escrúpulos.

cao

A corrupção no Brasil é tamanha que o mundo a reconhece como “endêmica”. Triste né? Mas é fato !!! A Petrobrás, por exemplo, já vinha sendo roubada desde sua fundação. Não é de hoje. Não estou defendendo o PT ou o PSDB, nem qualquer partido político ou governo. Só estou dando um exemplo de que o monstro da corrupção existe neste país desde que o samba é samba. É um cão dos infernos mesmo.

Some-se a isso outro monstro terrível: a burocracia. E o resultado é um país “rico”, porém desigual, atravancado, estagnado na burrice, empalhado, embalsamado, mumificado na mesmice política e social. Um país que injustamente tem um povo criativo e inteligente tratado como um bando de anta dopado nos labirintos do purgatório. Foda, muito foda isso.

Quanto ao pedido de impeachment de Dilma Roussef, tenho lá minhas dúvidas. É um tema muitíssimo complexo e não sei vislumbrar se é bom ou mau. Estou na ponderação, em cima do muro mesmo a observar, ou em campo neutro. Por quê???  Bem, um dos motivos dessa minha indecisão é o lance de que o canastrão e bandido do Eduardo Cunha não tem culhão de dignidade para aceitar um pedido tão sério assim. Cunha deveria estar na cadeia, não na presidência da Câmara. Também temo os efeitos colaterais disso tudo na democracia; tenho receio do fundamentalismo religioso e reacionário que já mostrou sua cara feia, tanto da bancada evangélica quanto da católica, e nem tanto remoto assim, também tenho receio da reação dos militares. Bom lembrar que estamos na América Latina, onde os ecos do coronelismo arcaico ainda reverbera com força em alguns grandes rincões.

Segundo o aclamado juiz Sérgio Moro, que preside as investigações da “Lava-Jato”, não há evidências “ainda” que ligue o nome de Dilma, e também ao de Lula, “diretamente” nos trambiques de corrupção. No entanto, é uma situação pra lá de incômoda há muito tempo, pois parentes e parceiros políticos dos dois estão envolvidos em tramóias sórdidas, e muitos estão presos. Os dois são tão lerdos e burros assim que não desconfiavam de nada?! Pra mim, e para muitos, possivelmente foram coniventes com armações pra lá de estranhas. Bem, deixemos que as investigações avancem e mostrem claramente quem é quem.

Sem dúvida, que me perdoem amigaços petistas, o PT de Lula e Dilma tem feito hoje um dos piores governos jamais visto neste país; creio que só ganha do governo Sarney, por alguns décimos.

Penso que um governo corrupto tem que ser deposto, e um governo ruim tem que ser substituído nas urnas. No atual situação do Brasil, as duas coisas parecem se misturar. Eu digo “parecem”, pois em jogos políticos eu tenho o cuidado de não acreditar em tudo o que pinta na mídia e nas redes sociais. Sou totalmente São Tomé nisso tudo.

burocrata

No entanto, confesso, sou um ex-petista que nunca mais quero saber de “lulistas” no poder e, para ser sincero, penso que os não-corruptos do PT e os não-lulistas – e eles existem – deveriam enterrar o defunto putrefeito deste partido que um dia já foi uma bandeira séria e bonita. O PT suicidou-se. Os lulistas chafurdam na imensa merda que eles mesmos fizeram e que detona com todo o país. Espero que os justos do PT saiam ilesos sim, e que todas as verdades e mentiras que denunciam e dizem sejam esclarecidas. Assim como espero que os corruptos do PT e de todos os partidos paguem pelos seus crimes e sejam, através da força popular, defenestrados da política nacional.

Como diz um amigo meu, o advogado e músico corintiano Fabiano de Sá, o famigerado “Binho”, o PT vendeu a alma pro capeta e agora está pagando caro. E tem que pagar mesmo. E os corruptos do PT e de todos os partidos, ou sem-partidos, precisam ser presos. Eu quero que os monstros da corrupção e da burocracia burra deste país vão para o quinto dos infernos.

Viva o povo brasileiro. Viva o samba. Viva o baião. Viva o caipira. Viva o caiçara. Viva o índio e a onça pintada. Viva a música e a poesia. Viva os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina. Viva Taubaté. Viva o Burro da Central !!!

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teteco-assinatura

Teteco dos Anjos, “músico, proto-poeta e jornalista” e com a cabeça cheia de ideias mirabolantes, escreve semanalmente, ou quando der na telha, no Almanaque Urupês[/colored_box]

 

 

 

 

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A sétima arte “pintando o sete”: o cinema e suas esferas de influência em terras tupiniquins, a exemplo na terra de Lobato

novembro 29, 2012
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[…] através do cotidiano ou quase cotidiano é que se fixam, nas culturas, os característicos e se firmam os seus valores. É que se consolidam nas sociedades as suas constantes” (GILBERTO FREYRE)

O cinema, considerado a sétima arte, pode ser entendido de duas formas: sua criação e exibição pela estética e função mercadológica. Assim, existem filmes bem conceituados que trabalham assuntos referentes a questões sociais ou particulares dos indivíduos cuja estética, a “arte pela arte”, é discutida entre os críticos do cinema, mas nunca foram exibidos nas grandes salas do país.

Diferente daqueles que muitas vezes são campeões de bilheteria e foram feitos para serem vendidos. Tratamos aqui, da venda de diversão e lazer.

O cinema e suas produções tiveram muitos avanços durante os últimos anos. Sua ação ideológica em terras tupiniquins se deu de forma mais efetiva a partir dos anos 50. No Brasil essa década foi responsável por várias mudanças, seja nos campos: sociais, políticos, econômicos e culturais, envolvendo modernização e implantação do modo de vida americano (American way of Life), mais intensificados.

Anúncio de exibição do filme “O Máscara de Ferro” no antigo Cine Urupês

No campo cultural, seja com a Bossa Nova, com o cinema, ou com as roupas, os comportamentos internacionalistas foram sendo difundidos no país. Um exemplo disso, temos o filme americano Juventude Transviada, com o ator James Dean, que retratava em uma sociedade conservadora e disciplinadora a rebeldia dos jovens, problemas de afetividade e repressão sexual. Esse filme apresentado no país dividiu opiniões. Lembrando que essa década é um momento de transição entre o rural e o urbano, ou seja, os valores sociais estão recebendo fortes influencias com o processo de urbanização das cidades e intensificação do trabalho, incluindo a inserção da mulher neste mercado.

Toda essa modernização no Brasil não ocorreu sozinha. Como um projeto contínuo, iniciado nos anos 30, chamamos de Modernização Conservadora, quando a sociedade vai alterando involuntariamente por contatos culturais seu modo de viver e pensar, mas não de modo radical, vai mantendo sua tradição, que em muitas sociedades é o forte e a segurança de que ela nunca terá fim.

Em Taubaté, este exemplo fica muito claro. E existem críticas às exibições dos filmes no cinema, que se encontrava onde hoje é a Igreja Universal do Reino de Deus, na rua Carneiro de Souza. Nesse período os cinemas em Taubaté eram respectivamente: Cine Palas, Urupês, Boa Vista e Metrópole, como trata o jornal A Tribuna.

No artigo do Jornal feminino O Diferente de Março de 1956, o editorial trás à tona sua posição quanto ao cinema e suas exibições. Retrata um episódio em que Guaratinguetá permitia que na porta da Igreja Matriz da cidade fossem expostos os cartazes dos filmes, para que os pais ficassem atentos e estivesse por dentro para permitir ou não a ida dos filhos ao cinema. A grande questão é que, o editorial questiona o porquê de não se fazer isso aqui na terra de Lobato também. Pede ajuda ao rádio, jornais, as instituições de ensino que divulguem os filmes, para que evitem que seus filhos vejam os que moralmente influenciariam em atos de violência, irresponsabilidade e “maculasse a inocência por cenas indecentes” (O Diferente, p.02).

 

[…] a aceleração de muitas transformações ocorridas no pós-guerra, de forma direta e indireta, ainda ressoa em nossos dias. É o caso da filosofia existencialista francesa, do movimento dos poetas e escritores da chamada geração beat e o surgimento do rock‟n‟roll americano. No plano político, a Revolução Cubana propagou idéias e atitudes de revolucionários, em especial Che Guevara, na juventude estudantil de todo o Ocidente (CARMO, 2003, p. 11).

 

Cartaz do filme “O Direito de Nascer”

Essa questão, como bem diz Carmo no livro Culturas da Rebeldia – A juventude em Questão, toda a sociedade sofre o impacto causado pela Segunda Guerra Mundial, e o cinema que faz parte do imaginário coletivo de muitos indivíduos, sofreu várias modificações por essas novas formas de abordagem, os questionamentos e críticas ao modelo social vigente, ficaram mais explícitos e com isso vários campos de discussões sociais foram ampliados, tal como a violência, a rebeldia e a sexualidade, antes vistas como um tabu.

E Taubaté inserida nesse fluxo de transformações e ao mesmo tempo manutenção da ordem vigente, o famoso “modernizar conservando” viveu conflitos ideológicos, mas é claro, não tão intensos como nas capitais do país, por se tratar de uma região posicionada no interior, fator que permitiu a manutenção, até hoje, de muitas tradições.

É interessante destacar outros filmes, como anuncia o Jornal A Tribuna, que ficaram em cartaz na cidade, como: O Direito de Nascer, A Cabana do Pecado, O Moinho de Pó. Enfatizando que, nem todos tinham a conotação de “inimigas” da construção familiar, ou da educação dos jovens, mas os que tinham essa “conotação e eram exibidos” causavam burburinhos na cidade.

 

 

Bibliografia:

CARMO, Paulo Sérgio do. Os anos 50: os anos dourados. In: Culturas da rebeldia: a juventude em questão. 2.ª Ed. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2003.pp. 17-39.

KONDER, Leandro. História dos Intelectuais nos anos cinqüenta In: FREITAS, Marcos Cesar de. (org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. 6.ª Ed.. 1.ª Reimpressão. São Paulo: Contexto, 2007. p. 355-374

NUNES. Giovanna Louise. Escola e Cidades: as origens do Ginásio Taubateano na década de 1950. Taubaté/ UNITAU. Monografia de conclusão de curso, 2011.

 

Fontes:

Jornais: A Tribuna

O Diferente

1 Comment
    João Carlos Moreno Gomes says: Reply
    novembro 27th 2012, 12:23 am

    muito bom esse tipo de historiadora, vou continuar lendo.

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Notícias do dia

Abril Boletim Efemérides Uncategorized
by almanaqueurupes

15 de abril de…

abril 15, 2021
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1873   Lei municipal obriga os proprietários de prédios  e terrenos e na sua falta os inquilinos a caiar a frente do prédio ou muro e a calçar de pedras ou tijolos a frente de suas casas ou terrenos. (Gazeta de Taubaté de 10 de junho de 1883 pág. 4).

 

1879   Lei provincial n.º 49 confirma as divisas entre os municípios de Jambeiro e Caçapava.

 

1883   A Junta Revisora da Comarca de Taubaté publica  1.ª  relação  de nomes de cidadãos da paróquia de Taubaté obrigados ao serviço de paz e guerra, da cidade, do quarteirão do bairro do Barranco, do bairro do Areão, do bairro do Tremembé e do bairro do Una e Tetequera, ao todo 66 indivíduos. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   O Sr. José Leandro inaugura linha de troles entre Taubaté e Tremembé cobrando 500 réis de ida e volta por pessoa. Sai de Tremembé às 6 h. da manhã e de Taubaté às 9 h. A hora de volta à tarde será combinada com os passageiros. O Sr. Teixeirinha está preparando animais e troles para uma outra linha. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   A alfaiataria dos srs. Leonardo & Pinto da Rua Dr.  Falcão Filho contíguo ao Largo da Matriz se chama “Alfaiataria da União”. (Gazeta de Taubaté).

 

1886   Lei provincial n.º 46 transfere para o distrito de Campos Novos de Cunha a fazenda de Daniel Gomes dos Santos Pinho.

 

1888   Telegrama procedente da Corte noticia o falecimento ali da  progenitora do Dr. Mathias Guimarães, engenheiro radicado em Taubaté, onde se encarrega do levantamento cadastral da cidade e iria ocupar o cargo de delegado de polícia. (O Liberal Taubateense).

 

1895   Realizam-se em Taubaté eleições para preenchimento de duas vagas de senadores. As eleições começam às 10 h. e as vagas de senadores decorrem da eleição do Dr. Prudente José de Moraes Barros para a Presidência da República e a da nomeação do Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves para ministro da Fazenda. As eleições se realizam em 10 seções instaladas inclusive nos bairros e no distrito de Tremembé. Há 2.260 eleitores inscritos. Os Drs. Moraes Barros e Dr. Paulo Souza obtém 387 votos cada. (O Popular).

 

1895   Após a entrada da procissão de São Benedito quando grande número de pessoas permaneciam em frente da Igreja Matriz o cocheiro da empresa de carris urbanos puxados a burro tenta atravessar a multidão com um bonde sendo impedido e preso por um popular. Não é a primeira vez que tal fato ocorre. (O Popular).

 

1898   Morre, em Taubaté, seu insigne filho D. José Pereira da Silva Barros, Arcebispo de Darnis, fundador do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e do Externato São José. Era filho do Cap. Jacinto Pereira da Silva Barros e de D. Anna Joaquina de Alvarenga, tendo nascido em Taubaté a 24 de novembro de 1835. Fez os seus primeiros estudos no Liceu que então funcionava no Convento de Santa Clara e depois fez seus estudos eclesiásticos em São Paulo. Foi vigário de Taubaté por 19 anos. Reformou a nossa Matriz. Foi de grande abnegação durante a epidemia de varíola de 1873 a 1874 que assolou Taubaté, quando lhe ocorreu a idéia de fundar o Hospital Santa Isabel. Foi bispo de Olinda e do Rio de Janeiro e Deputado Provincial. (A Folha de 17/04/1932).

 

1900   O Grupo Particular Filhos de Talma realiza no Teatro São João um espetáculo em benefício das obras do prédio da sede da Associação Artística e Literária. (Jornal de Taubaté).

 

1901   Às 8 h. na Igreja Matriz celebram-se missas pelo 3.º ano de falecimento de Dom José Pereira de Barros e pelo 1.º ano do capitão Francisco Lopes Malta. (Jornal de Taubaté).

 

1903   Morre, em Taubaté, o Sr. Francisco Soares Barbosa, casado com  D.  Maria  Soares  de  Oliveira. (Jornal de Taubaté 14 – missa 2.º aniversário).

 

1906   Realizam-se, em Taubaté, solene Te-Deum e manifestação de júbilo em homenagem ao vigário da paróquia Côn. Antônio do Nascimento Castro por ter sido agraciado por S.S. Papa Pio X, a 19 de fevereiro último com o título de Monsenhor Prelado Doméstico. No Te-Deum toca a banda Philarmônica Taubateense, na passeata cívica a banda João do Carmo, ambas de Taubaté e na residência do homenageado a banda Dr. Antônio Maria, de Tremembé, cedida pelo c.el Antônio Monteiro Patto. (O Norte).

 

1909   Lei municipal n.º 126, em virtude de ter sido a água que abastece a cidade declarada impotável e conter grande quantidade de amônia conforme exame feito a pedido do Prefeito Dr. Gastão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal pelo Laboratório de Análises Químicas do Estado, é declarado de utilidade pública e decretada a desapropriação do serviço de abastecimento de água de Taubaté que vinha sendo feito pela Companhia Norte Paulista desde… (O Norte).

 

1910   Por motivo da passagem do 12.º aniversário da morte do ilustre taubateano D. José Pereira da Silva Barros, arcebispo de Darnis, 1.º depois da criação da diocese de Taubaté, realizam-se na Catedral solenes exéquias pelo sufrágio de sua alma oficiadas pelo nosso 1.º bispo D. Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva. (O Norte).

 

1914   Noticia-se, em Taubaté, que o Dr. Oswaldo Cruz que durante muito tempo foi diretor da Saúde Pública no Rio de Janeiro acaba de ser agraciado com a Cruz da Legião de Honra. (O Norte).

 

1914   Circula o boato de que surgirá brevemente em Taubaté outro jornal de nome “O Paulista” à frente do qual estará o Prof. Bernardino Querido, colaborando Floriano de Lemos, Dr. Carlos Varella, Coelho Neto, Álvaro Guerra, Antônio Miranda e outros. (O Norte).

 

1914   Nas cerimônias da semana santa serviu a corporação musical João do Carmo, sob a regência do maestro Prof. Francisco Monteiro de Camargo. (O Norte).

 

1914   A firma Ramos & C.ia da Rua Duque de Caxias, 34, em Taubaté, compromete-se a entregar diariariamente garrafões de água de Quiririm mediante assinatura mensal a 3$000 o garrafão ou dois por 5$. Na mesma rua n.º 78 o empório Saraiva vende água de Cambuquira a $600 a garrafa para evitar os males do estômago. (O Norte)

 

1927   O Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa e a Ex.ma Sr.a D. Maria Eudóxia de Castilho Costa comemoram as suas bodas de prata matrimoniais mandando celebrar, a 19, missa em ação de graças. (Norte).

 

1932    Instala-se, em Taubaté, solenemente, o Ginásio Estadual, sob a Direção Prof. Major Acácio G. de Paula Ferreira. Constituem o seu 1.º corpo docente os professores: Cesídio Ambrogi, Joaquim Manoel Moreira, Dr. Jayme Pereira Vianna, Dr. Urbano Pereira, Dr. Pedro Barbosa Pereira, Emílio Simonetti, Clóvis Gomes Winther, Zita Conceição Rabello e maestro Fêgo Camargo. A secretaria estava a cargo do Sr. Cícero Azevedo sendo escriturária D. Carmosina Monteiro. Presente o Prefeito Municipal major João Cândido Zanani de Assis, proferiu a aula inaugural o Dr. Pedro Barbosa Pereira. (A Folha).

 

1949   Com a Catedral em reformas, a Semana Santa  é  realizada  no  Santuário de Santa Teresinha. Hoje é sexta-feira santa. (Taubaté Jornal).

____

Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu

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