TAUBATÉ É UMA FESTA

 TAUBATÉ É UMA FESTA

Por Teteco dos Anjos

Foi o escritor americano Scott Fitzgerald que disse e escreveu “Paris é Uma Festa”, numa linda alusão ao agito cultural da capital francesa da “belle époque”. Sim. Mas eu digo agora que “Taubaté é Uma Festa”. Sempre foi e sempre será.

Ufanismo Taubatexano ?! Não. Tenho muitos amigos que arredaram o pé daqui em busca de aventuras ou oportunidades maiores ou diferentes. Não os julgo e nem os culpo. Também já bordeei mundo afora e voltei. E, de fato, ninguém está certo ou errado; os destinos são misteriosos e cada qual faz o que bem entender sob o sol e as estrelas.

Gustavo Lessa, na 55ª Festa do Folclore da Rua Imaculada

Mas, enfim, para quem vive na boemia e na poesia aqui, posso dizer que Taubaté é uma festa. Assim como São Luiz do Paraitinga é uma festa. E se no passado colonial a Coroa Portuguesa dizia que essa terra dos bravos Bandeirantes paulistas era um covil de brutos e assassinos, hoje nós podemos dizer que é uma terra industrial-universitária pra-frentex e festiva sem mesura.

Podemos ouvir um bom samba de raiz ou samba enredo na Biroska do Chico nos finais de semana. Ou traçar o torresminho do Barril do Bigode, num papo quase lúdico que envolve amores e futebol. Kaká Rodriguês vai bem na Biroska.

É demais ouvir Gustavo Lessa, com toda sua acuidade musical, no Vila Santa. Ou então curtir Toninho Matos ou a deliciosa Delirious Jam no O Jardim Cultural. Deto França & Cia souberam fazer do Jardim uma referência na cultura pop de ser bar, espaço de artes, lugar de interatividade com o verde, etc e tal.

Toninho Mattos, na 55ª Festa do Folclore da Rua Imaculada

E eu tenho gostado muito da programação que Augusto Freire engendrou no Porca Miséria. Nutro carisma especial para com o Porca, pois, assim como no Jardim, fui um dos primeiros músicos a soar acordes por lá.

E o Gogó do Riba? Lá é bom. Por vezes temos lá o genial Paulo Henrique e seu violão-repertório majestosos. E o que dizer da galera do “Chorando na Feira”, que encanta as manhãs de toda sexta no Mercado Municipal?  O que eles fazem é pra lá de genial.

Ivan Paulo, do Chorando na Feira

Nas noites de sexta geralmente temos uma boa e bela opção no Quintal Gastronômico, com a cozinha transcendental do chef Zé e bons músicos, como por exemplo, Tomáz Moreira ou a super dupla Miguel e Solange.

Pra moçada mais moçada eu sugiro os bares da agitada Avenida Itália, por onde navegam Tiago Aguiar, Rafinha, Gui Lessa, Pedro Freire, Diego Luz e toda galera boa do Confraria Musical. E por onde andam as fabulosas Luana Camarah e Twila Correia ??? Pelo consagrado Mutley e pelo mundo, nos “píncaros da glória”, como diria Vicente Celestino.

E se falamos de Taubaté é certo que nesse papo já abordamos Tremembé também. Óbvio. E a querida Jaqueline Hirakawa tem agitado as coisas com música e teatro no Santa Figueira, onde nas noites de quarta-feira brilham os talentos de Adriana Mussi e do maestro Ditinho. E parece porque aparece que o Via Francisco Atelier , mais o Capitão Mor, vem abrindo espaço para uma turma boa em Tremembé, como o rei do vinil, meu chapa Humberto Tieri.

Diego Luz, na 55ª Festa do Folclore da Rua Imaculada

Uma amiga da TV Vale, diz em Guará que Guará não tem as coisas de Taubaté. Sim. Não há nada de errado com a terra de Frei Galvão, mas entendo que ela diz… que aqui tem Festa do Folclore, tem jongo, moçambique, maracatu, e o Bloco Vai Quem Quer, e o Burro da Central,  teve e tem Anacleto, Pescuma, Tony e Celly Campello, Monteiro Lobato, Mazzaroppi, Geny Marcondes e…Renato Teixeira.

E foi numa recente conversa descontraída com Renato, mais Roberto Oliveira, e demais músicos porretas de Taubatexas que ouvi com tamanha clareza, do autor de Romaria, que nessa terra tem muito o que se cantar. Eu já sabia. E, depois disso, soube muito mais ainda.

Encontro de músicos no Sesc Taubaté
Encontro de músicos no Sesc Taubaté realizado ontem,1º de outubro

E vocês sabiam que Renato trouxe certa vez Gilberto Gil para conhecer a nossa especialíssima Feira da “breganha”?! Podemos falar “barganha”, mas eu prefiro a primeira opção. E Gil gostou. E quando Gil gosta é porque é gostoso mesmo. Pronto, falei.

E se deixei de falar de outros e outros tantos lugares interessantes daqui é porque o vendaval de minha mente é assim mesmo. É também um ‘mistério do planeta’.

 

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Teteco dos Anjos, “músico, proto-poeta e jornalista” e com a cabeça cheia de ideias mirabolantes, escreve semanalmente, ou quando der na telha, no Almanaque Urupês[/colored_box]

 

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