TAUBATÉ É UMA FESTA
Por Teteco dos Anjos
Foi o escritor americano Scott Fitzgerald que disse e escreveu “Paris é Uma Festa”, numa linda alusão ao agito cultural da capital francesa da “belle époque”. Sim. Mas eu digo agora que “Taubaté é Uma Festa”. Sempre foi e sempre será.
Ufanismo Taubatexano ?! Não. Tenho muitos amigos que arredaram o pé daqui em busca de aventuras ou oportunidades maiores ou diferentes. Não os julgo e nem os culpo. Também já bordeei mundo afora e voltei. E, de fato, ninguém está certo ou errado; os destinos são misteriosos e cada qual faz o que bem entender sob o sol e as estrelas.
Mas, enfim, para quem vive na boemia e na poesia aqui, posso dizer que Taubaté é uma festa. Assim como São Luiz do Paraitinga é uma festa. E se no passado colonial a Coroa Portuguesa dizia que essa terra dos bravos Bandeirantes paulistas era um covil de brutos e assassinos, hoje nós podemos dizer que é uma terra industrial-universitária pra-frentex e festiva sem mesura.
Podemos ouvir um bom samba de raiz ou samba enredo na Biroska do Chico nos finais de semana. Ou traçar o torresminho do Barril do Bigode, num papo quase lúdico que envolve amores e futebol. Kaká Rodriguês vai bem na Biroska.
É demais ouvir Gustavo Lessa, com toda sua acuidade musical, no Vila Santa. Ou então curtir Toninho Matos ou a deliciosa Delirious Jam no O Jardim Cultural. Deto França & Cia souberam fazer do Jardim uma referência na cultura pop de ser bar, espaço de artes, lugar de interatividade com o verde, etc e tal.
E eu tenho gostado muito da programação que Augusto Freire engendrou no Porca Miséria. Nutro carisma especial para com o Porca, pois, assim como no Jardim, fui um dos primeiros músicos a soar acordes por lá.
E o Gogó do Riba? Lá é bom. Por vezes temos lá o genial Paulo Henrique e seu violão-repertório majestosos. E o que dizer da galera do “Chorando na Feira”, que encanta as manhãs de toda sexta no Mercado Municipal? O que eles fazem é pra lá de genial.
Nas noites de sexta geralmente temos uma boa e bela opção no Quintal Gastronômico, com a cozinha transcendental do chef Zé e bons músicos, como por exemplo, Tomáz Moreira ou a super dupla Miguel e Solange.
Pra moçada mais moçada eu sugiro os bares da agitada Avenida Itália, por onde navegam Tiago Aguiar, Rafinha, Gui Lessa, Pedro Freire, Diego Luz e toda galera boa do Confraria Musical. E por onde andam as fabulosas Luana Camarah e Twila Correia ??? Pelo consagrado Mutley e pelo mundo, nos “píncaros da glória”, como diria Vicente Celestino.
E se falamos de Taubaté é certo que nesse papo já abordamos Tremembé também. Óbvio. E a querida Jaqueline Hirakawa tem agitado as coisas com música e teatro no Santa Figueira, onde nas noites de quarta-feira brilham os talentos de Adriana Mussi e do maestro Ditinho. E parece porque aparece que o Via Francisco Atelier , mais o Capitão Mor, vem abrindo espaço para uma turma boa em Tremembé, como o rei do vinil, meu chapa Humberto Tieri.
Uma amiga da TV Vale, diz em Guará que Guará não tem as coisas de Taubaté. Sim. Não há nada de errado com a terra de Frei Galvão, mas entendo que ela diz… que aqui tem Festa do Folclore, tem jongo, moçambique, maracatu, e o Bloco Vai Quem Quer, e o Burro da Central, teve e tem Anacleto, Pescuma, Tony e Celly Campello, Monteiro Lobato, Mazzaroppi, Geny Marcondes e…Renato Teixeira.
E foi numa recente conversa descontraída com Renato, mais Roberto Oliveira, e demais músicos porretas de Taubatexas que ouvi com tamanha clareza, do autor de Romaria, que nessa terra tem muito o que se cantar. Eu já sabia. E, depois disso, soube muito mais ainda.
E vocês sabiam que Renato trouxe certa vez Gilberto Gil para conhecer a nossa especialíssima Feira da “breganha”?! Podemos falar “barganha”, mas eu prefiro a primeira opção. E Gil gostou. E quando Gil gosta é porque é gostoso mesmo. Pronto, falei.
E se deixei de falar de outros e outros tantos lugares interessantes daqui é porque o vendaval de minha mente é assim mesmo. É também um ‘mistério do planeta’.
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Teteco dos Anjos, “músico, proto-poeta e jornalista” e com a cabeça cheia de ideias mirabolantes, escreve semanalmente, ou quando der na telha, no Almanaque Urupês[/colored_box]
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Dancei lendo! Sensacional!
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