Modistas Francesas

 Modistas Francesas


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Até o início da primeira guerra mundial, em 1918, a cidade de Paris, na França era a capital mundial da cultura. Para estar na moda, era preciso seguir as tendências ditadas pelos parisienses.As costureiras francesas antenadas com a última moda, chegaram ao Vale do Paraíba em meados de 1881. Instaladas em ateliês, elas passaram a moldar novos gostos, desejos e costumes nas esposas e filhas dos barões de café. Os modelitos criados por elas seguiam as tendências importadas da frança, mas tinham pitadas regionais, que exigiam um certo conservadorismo. E por isso que a maioria dos modelos produzidos naqueles tempos, tinham saia longa, manga comprida e gola alta. E eram vestidos caríssimos, só quem tinha muito dinheiro é que comprava.Às senhoras menos favorecidas financeiramente restava observar bem o vestido das bacanas ter uma memória muito boa e contar com habilidades próprias para copiar direito o vestido da moda.

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“O exame da trajetória de modistas francesas no Brasil aponta que se revestem de importância crucial para o entendimentos do imaginário criado em torno dessas mulheres. a fama que as modistas francesas carregavam ultrapassa os limites do fazer a roupa e cuidar da aparência feminina. ( …)Identificavam-se na figura da modistas francesas mulheres hábeis em escolher e recrutar clientes endinheiradas (…).O aprendizado do ofício das modistas, durava 4 anos, incluía 1 período no qual as aprendizes deveriam passar 2 anos como vendedoras, antes de poderem pleitear a mestria. (…)Em parte pelo trabalho das modistas, se efetuavam mudanças na forma de vestir e na aparência das mulheres mais abastadas. O poder que exerciam sobre o vestuário contribuía para chamar atenção sobre suas extravagâncias. Muitas vezes as modistas convertiam-se em personalidades conhecidas e capazes de estabelecer laços de cumplicidade com outras mulheres. (…)Algumas mulheres que chegavam ao Brasil distinguiam-se por um trabalho artesanal mais qualificado. Como o aprendizado da costura requeria o domínio de técnicas conservadas e aprimoradas ao longo de muitas gerações e traduzidas por um conjunto de práticas, tudo indica que os estrangeiros , por possuírem uma formação mais aprimorada, logo se apoderaram das oportunidades de trabalho surgidas pela expansão urbana e viram a possibilidade de ocupar o espaço profissional por meio das habilidades que possuíam. As modistas, se reportavam a histórias de família para demonstrar tradição no ofício, o que as auxiliava na tarefa de convencer as clientes sobre seus dotes e habilidades e lhes afiançava serem portadoras de segredos dos ofício conservados há muitas gerações.

Trecho retirado do livro Fazer roupa virou moda de Wanda Maleronka

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À francesa, dos pés à cabeça

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/a-francesa-dos-pes-a-cabeca

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[box style=’info’]Histórias que a História Conta é uma produção do Almanaque Urupês em parceria com a Rádio Metropolitana Taubaté e é transmitido de segunda a sexta-feira no programa matinal Radar Noticioso. [/box]

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