Mato Grosso
Texto de Renato Teixeira
Texto publicado na edição 688 do Jornal Contato
Por duas semanas consecutivas estou viajando pelo velho Mato Grosso com a orquestra do Estado, tocando músicas daqui.
Há muitos anos, fui agraciado com uma comenda estadual mato-grossense que me deixou “comendador”. Me dou bem por aqui e gosto muito dessas “ex lonjuras” onde o calor impera e o progresso dá show.
Havia em Cuiabá um colega comendador chamado Arcanjo, que de anjo nunca teve nada. Envolvido com o crime e a corrupção, era uma espécie de inimigo público evidente. Um dia, surge no caminho desse “mau cidadão” um promotor público que decide encará-lo frente a frente.
Seu nome Pedro Taques! Para resumir os fatos, hoje Arcanjo está por trás das grades e de lá não sai mais até que a velhice definitiva enfraqueça seus instintos perversos.
Pedro Taques virou uma espécie de xerife vencedor e o povo reconheceu isso. Elegeu- -o senador e por sua postura, em seguida, fez-se governador.
É uma história do povo daqui, que avalia e decide. Ao que parece, tudo vai bem e os índices do novo governador são bastante favoráveis. Montou um secretariado onde a meritocracia é que determina os escolhidos.
Numa noite dessas, fomos jantar na casa de uns amigos, onde nosso conterrâneo Pescuma reforçava a presença taubateana em terras Guaranis.
Lá estava também Pedro Taques, o governador. Sujeito simpático e conversador, cantou e se divertiu.
Então, surge a grande revelação, aquela que me faz ser do jeito que sou, um taubateano pescador de “taubateanices”: Pedro Taques se formou na faculdade de direito de Taubaté, onde viveu e foi feliz por cinco anos. Conhece cada palmo do nosso chão, conhece as pessoas, enfim…
Com isso, ao menos pelo que sei, a Unitau já deu dois governadores para o Brasil: Alckmim e Taques. Se houver outros, o que não é difícil, manifestem-se imediatamente.
O importante agora é a Unitau mapear suas crias mundo afora para que possamos pelo menos conhecer nossos frutos e, sempre que possível, saudá-los como “orgulhos da nossa terra”. A universidade é o ninho do futuro e mostrar nossos resultados na qualificação do cidadão serve de incentivo para as futuras gerações.
Nosso povo não tem alternativas a não ser aquelas que nos levam pelo caminho do conhecimento e da cultura.
Nossa Universidade idealiza o mundo “lobateano” onde a História se escreve com homens e livros.
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