Dez Taubateanas que fizeram história
Conheça um pouco da trajetória de mulheres que fizerem diferença em sua época;
1) Nascida no século 19, Ana Emília de Abreu Castilho, após a morte do marido, assumiu os negócios da família que não andavam muito bem. Comandou com pulso firme as empresas e se tornou uma das mulheres mais respeitadas de Taubaté no período. Hoje seu nome batiza um dos bairro da cidade, o Jardim Ana Emília.
2) A artista plástica Georgina de Albuquerque foi quem introduziu no Brasil o impressionismo, movimento artístico que se preocupa com a luz e seus efeitos na pintura. Foi também a primeira mulher a fazer, no ano de 1922, uma pintura histórica no país (o quadro “Sessão do Conselho do Estado que decidiu a Independência”) e a dirigir a escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Era uma “mulher de República, sufragista e lutava pelo direito do voto da mulher”, descreveu seu neto João Lucilio de Albuquerque.
3) Geny Marcondes foi a primeira arranjadora musical do país. Também fez programas de sucesso no rádio e na televisão. Dirigiu, no teatro, a versão brasileira do musical Hair. Entre os artistas que trabalharam com ela estão: Fernanda Montenegro, Chico Anysio, Milton Nascimento, Nara Leão e Maria Bethânia.
4) Considerada a “rainha da TV”, Hebe Camargo foi quem apresentou em 1958 o primeiro programa feminino da televisão “O mundo é das mulheres”, na TV Paulista. Ela também fez de novelas, filmes e gravou inúmeros discos.
5 e 6) Judith Mazella Moura e Lygia Fumagali Ambrogi foram as pioneiras ao lançarem o primeiro jornal feminino do Vale do Paraíba, o “Diferente” em 1955. O periódico era dirigido apenas por mulheres.
“As primeiras mulheres em Taubaté que se destacaram no jornalismo fomos eu (Judith), a Lygia e a Dona Georgina, com O Diferente. Foi aí que as mulheres apareceram como jornalistas. Até então, ninguém via mulher escrevendo em jornal.” Judith Mazella Moura
7) Primeira-dama da historiografia taubateana, Maria Morgado de Abreu dedicou-se ao estudo da história taubateana e sua obra popularizou um tema restrito aos intelectuais. Escreveu de forma simples, mas rigorosa artigos e livros em que transpira sua paixão pela cidade e principalmente pelo povo. Também pesquisou a cultura caipira e o folclore local. Recebeu da Unesco em 1998, o título de “Defensora do Patrimônio da Cultura do Vale Paraíba”, reconhecimento oferecido pela primeira vez na história dessa instituição.
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8) Acrobata, Joaninha Castilho foi a mais jovem do seu período a obter brevê, habilitação para pilotos de avião. Seu nome batizou um refrigerante que foi apreciado por muitos anos na região, o Guaraná Joaninha.
9) Remedica Falco, que veio com a família da Argélia, era uma retratista de mão cheia. Fotografou e pintou quase todas as famílias da cidade de Taubaté e das cidades vizinhas. Em seu estúdio, fazia o registro, ampliava a imagem, fazia retoques, à mão, e depois os expunha.
10) Celly Campello foi a primeira estrela do rock brasileiro. Com apenas 17 anos estourou nas paradas brasileiras com a música “Estúpido Cupido” e passou a ditar moda. Teve programa líder de audiência na TV, o primeiro dedicado ao público jovem, foi eleita a namoradinha do Brasil, recebeu prêmios até no exterior, foi coroada a rainha do rock e se tornou um fenômeno da publicidade, que lançou em sua homenagem a boneca Celly e o chocolate Cupido.
“Celly Campello foi o primeiro exemplo de popstar brasileiro … e também o primeiro “teen idol” (ídolo teen)”. Marcelo Fróes autor do livro “Ritmos de Aventura”