Laranja “made in Taubaté”

 Laranja “made in Taubaté”

A partir da gestão Júlio Prestes no Estado de São Paulo (1927-30), o governo passou a incentivar a policultura.

As terras retalhadas passaram a ser ocupadas por pequenos e médios lavradores, que investiam em cana-de-açúcar, tabaco, ramie, sisal e algodão para a indústria têxtil. A fruticultura também teve forte investimento.

CITRICULTURA

A ação governamental criou o Serviço de Fruticultura. Taubaté aproveitou a deixa e introduziu o plantio de pés de laranja. A fruta colhida aqui era vendida, em sua maioria, para a Inglaterra.

LARANJA TAUBATEANA

Um dos maiores laranjais de Taubaté ficava no quintal de Felix Guisard, onde hoje estão os bairros Jardim das Nações e Chácaras Guisard. Na fazenda Cataguá, propriedade da família, também foi feito um grande pomar de laranjeiras.

EMBALADORA

Em 1938, o Governo Federal se comprometeu a instalar uma unidade de beneficiamento na cidade. Na casa, a fruta seria classificada, empacotada, organizada e enviada para exportação. Foi essa estrutura, a Packing House de Taubaté – instalada entre as atuais Avenida 9 de julho e rua Barão da Pedra Negra -, que permitiu a sustentabilidade do negócio.

ÁCIDO BÉLICO

A Segunda Guerra Mundial, ocorrida em solo europeu, corroeu as exportações brasileiras. Em 1940, o volume de vendas para o exterior caiu para pouco mais de 20%.

CAMPANHA

Em tentativa de dar sobrevida ao mercado da citricultura, o governo iniciou campanha pelo consumo interno de frutas.

Enviava laranjas para o ExércitoBrasileiro e propagava o poder curativo da fruta. No final das contas, o Estado pagou a conta.

SALVAÇÃO?

Conselheiro da Secretaria de Agricultura do Estado, Mário Boeris Audrá viu, na produção de suco concentrado, uma saída para a queda na exportação. Para ele, da laranja se aproveitava tudo: produzia-se óleo, ração e ácido cítrico.

BOMBARDEADO

Audrá, proprietário da Companhia Fabril de Juta, instalou sua fábrica de suco concentrado de laranja em Taubaté, a primeira do estado. Produzia para exportar, mas a longevidade da guerra sepultou os planos dos citricultores paulistas.

Mário Audrá

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