Categoria: Histórias que a História Conta

Zé Pedro e o espírito da roça

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Zé Pedro era neto de um antigo morador de Redenção da Serra. Certa vez resolveu abandonar a cidade e viver isolado em uma casinha à beira repressa. Zé Pedro decidiu que nunca mais voltaria à cidade. tomaria banho no rio, faria roupas com o algodão que plantaria, calçados com o couro de bois, comeria frutas, teria hortas, criaria galinhas, porcos, vacas. Adoçaria com a garapa café, bolos e pamonhas. Extrairia tudo que precisasse só da natureza. De repente, ele ouviu uma voz vindo do espírito da roça ou talvez da sua própria consciência: “Você não vai conseguir. Você não vai conseguir. Quer viver aqui, porque tudo já está pronto. Alguém já derrubou as matas, fez casas, estradas, roça e repressa. Aqui tem fartura, mas não tem tudo o que você precisa. Tem uma coisa que não nasce, não tem raiz, não saí no leite da vaca nem por decreto de juiz”. Zé Pedro não se fez de rogado e quis saber afinal, o que é que ele não conseguiu na roça. e a voz respondeu: “Você precisa de sal. e ninguém é soberano se precisa de sal”.

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A Igreja do Rosário

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Entre os anos 1700 e 1705, a irmandade de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Taubaté ergueu a sua primeira capela. Mais de 150 anos depois, em 1861, o templo estava prestes a ruir, por isso a irmandade começou a reconstruir-la na mesma localização. Como os recursos financeiros eram poucos, eles associaram-se a irmandade dos 20 Irmãos. Uma confraria firmada por membros importantes da sociedade e as obras continuaram. Em 1882 finalmente a igreja do rosário é concluída para tornar-se um dos cartões postais de Taubaté. 131 anos depois, ela está ameaçada. O tempo e a falta de manutenção comprometeram as estruturas do Rosário. É nessas horas que devemos lembrar que a Igreja Católica, está presente na história valeparaibana desde o início da povoação de Taubaté. É fato a influencia do catolicismo na formação cultural, artística, social e administrativa do Brasil e de Taubaté. Portanto, restaurar e preservar a Igreja do Rosário não é tarefa apenas para membros de uma religião. É sim, obrigação de toda uma sociedade que pretende avançar em civilização, sofisticação e respeito próprio. Salvar o Rosário é respeitar Taubaté.

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O Velódromo Taubateense

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Em 1904 foi fundado o Velódromo Taubateano. Uma espécie de arena poliesportiva dispondo de uma pista própria para competições ciclísticas e um campo de futebol. Também utilizado para corrida de touros, luta romana, esgrima e outras modalidades esportivas. O esporte coletivo que fazia sucesso à época era o ciclismo. Em São Paulo, as corridas de bicicleta atraiam muita gente e como Taubaté não gostava de perder pontos para ninguém, resolveu ter seu próprio velódromo. As bicicletas eram importadas da Europa e muitos caras. Era costume pessoas da mais alta classe social comparecerem aos treinos para aprenderem à andar de bicicleta e a participar das competições. O ciclismo fez sucesso, originando as primeiras bicicletarias da cidade. Emílio Facomandi, Dante e Danzolino Paolichi, Sérgio Areão, emílio e Ermínio de Biazzi são alguns pioneiros das duas rodas em Taubaté. Também foi no Velódromo que começou a ser praticado o esporte que viraria mania nos anos seguintes, o futebol.

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Lygia Fumagalli Ambrogi

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Lygia Fumagalli Ambrogi, taí uma mulher que fez a diferença. Logo que chegou em Taubaté em 1933. Numa época em que cultura era coisa de homens, ela teve a ousadia de fundar a primeira organização cultural feminina da cidade.Lygia casou-se com o poeta Cesídio Ambrogi em 1938, que na época era bem famoso.A casa de Lygia e Cesídio tornou-se ponto obrigatório para quem sabia pensar. Plínio Salgado, Mario de Andrade, Cassiano Ricardo e Monteiro Lobato foram alguns dos seus ilustres freqüentadores. Lygia foi uma cidadã ativa. Criou com Judith Mazela Moura, o primeiro jornal de Taubaté dirigido por mulheres, foi uma das fundadoras da Casa da Criança, semente dos serviços de proteção infantil em Taubaté, além de contribuir muito para a consolidação do ensino público na cidade. A poetiza, jornalista, advogada e professora, Lygia Fumagalli Ambrogi foi uma sentinela da cultura valeparaibana até a morte em 2012. Seus esforços não permitiram, por exemplo que Cesídio Ambrogi e a sua obra caíssem no esquecimento.Com isso, Lygia contribuiu para que uma parte importante da história e da cultura paulista fossem preservadas.

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JOANINHA CASTILHO

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No Aeroclube do Campo de Manguinhos no Rio de Janeiro a jovem taubateana Joana Castilho rasgava os céus com acrobacias incríveis. Ela era ousada em suas peripécias. Seus vôos acrobáticos e seus saltos de paraquedas impressionavam. A multidão que assistia ficava chocada quando ela simulava pane no avião. Joana Castilho foi a mais jovem brasileira a obter um breve, a habilitação para pilotos de avião. Tinha apenas 14 anos. E Quem entregou a ela a caderneta de piloto foi o então presidente Getúlio Vargas, que assistiu ao show aéreo pessoalmente! O talento da moça era tanto, que o rei da comunicação Assis Chateaubriant a convidou em 1940 para uma série de reportagens nos Diários Associados sobre sua perícia nas demonstrações aéreas.E uma empresa de bebidas, aproveitando o sucesso da aviadora, lançou um refrigerante que foi apreciado por muitos anos na região, o Guaraná Joaninha.

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Homem de Ferro de Taubaté

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Taubaté já teve seu homem de ferro.Era José Brunini, italiano radicado em Taubaté, que ficou famoso por sua força e forma robusta. Nas primeiras décadas do século 20, Brunini, que era craque em vários esportes, fez fama como lutador de boxe enfrentando o campeão italiano e europeu João Baldi. A disputa foi uma das mais violentas vistas em Taubaté. José Brunini venceu. Inconformado com a derrota, o campeão europeu desafiou o taubateano para uma revanche. Brunini embarcou para o rio de janeiro e espancou João Baldi mais uma vez. A façanha que fez com que José Brunini se tornasse notícia nos principais jornais brasileiros; Outro desafiante famoso foi o então campeão brasileiro de boxe José Peixoto, filho do “Marechal de Ferro”, Floriano Peixoto, o segundo presidente da República. José Brunini não teve dó: fez Peixoto beijar a lona. O filho de um presidente da república tomou uma surra em Taubaté!

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Bandas Musicais

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As bandas musicais são uma tradição bem antiga nas cidades brasileiras.No passado quando existiam mais de uma banda num município, havia também rivalidade entre elas. Era comum que resolvessem as diferenças a base da pancadaria. Em Taubaté não era diferente.Na madrugada de 26 de fevereiro de 1906 a cidade recebia grandes figuras da república brasileira. Os governadores de minas, Rio de Janeiro e São Paulo tinham acabado de assinar um documento que entrou para história, o convênio de Taubaté.

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