Primeira Festa da Música em Taubaté

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Texto de Renato Teixeira publicado na edição 708 do jornal Contato

A maioria das cidades hoje em dia possui uma cena musical saudável.

Existe espaço para se tocar nos bares, nas festas populares, nos festivais e, assim, vai se formando um espaço musical bastante positivo.

A missão é tocar mais, se apresentar mais, compor mais, é aumentar as possibilidades artísticas de um modo geral; assim, a música cumpre seu papel que é ser ouvida e, se agradar, aprovada.

O sucesso é a meta. Entre os muitos “bons conselhos” que tentam jogar alguma luz sobre a lógica do sucesso, sobre como alcançá-lo, tem um que diz que o segredo é se “fazer a música que gostaríamos de estar ouvindo, mas que ainda não existe”.

Mas não é bem assim, também. São muitos os fatores determinantes que entram em conjunção para que o sucesso se realize. Você pode ser bem-sucedido fazendo sucessos aeróbicos para que todos dancem, como também pode fazer sucesso desenvolvendo trabalhos sofisticados.

Um público mais culto consome produtos mais elaborados; um público menos culto é, em geral, bem menos exigente.

Em qualquer situação, a música se adequa. Não é seu papel sair de cena.

Além do mais, canções não são tudo. Uma coisa, na minha opinião, inova a criação musical: a originalidade.

Ser original começa no autoconhecimento, passa pelo grau de informação que cada um tem do mundo e se realiza numa maior compreensão do nosso espaço cultural. Um artista da música precisa não ser uma réplica de outro artista.

Estamos organizando, com apoio do Almanaque Urupês, a nossa primeira festa da música. Temos um cast na cidade de altíssimo nível e uma história de sucessos para nos animar, exemplificada pela consagração de Celly Campello que saiu de Taubaté para mudar definitivamente a história da musica brasileira.

Os novos artistas da música em Taubaté trazem no DNA qualidades que, com a Festa, irão ganhar mais unidade.

Vamos promover algumas palestras adequadas à carreira musical. Debateremos também a questão da originalidade. Tenho ouvido o material dos colegas compositores da terra e é animador. No repertório dos nossos músicos existem coisas únicas, que revelam as digitais criativas. A Festa não cria competições, cria uma oportunidade para que todos possam mostrar seus trabalhos debatendo a melhor maneira de produzi-lós e divulgá-los.

O público que comparecer e apoiar a iniciativa vai ver e ouvir o artista no seu melhor momento, quando ele mostra mais do que apenas uma canção; ele mostra quem ele é, efetivamente. A cidade, assim, vai consolidando seu histórico prestígio musical, promovendo novos artistas e credenciando-os para vôos mais altos!

 

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