Em 1904, fugindo das perseguições da República Francesa, monges da Ordem Trapista, adquiriram em Tremembé a antiga fazenda de café “das Palmeiras”, abandonada desde 1888. Com um projeto audacioso e em um curto período, os monges e seus colonos reconstruíram a fazenda e passaram a utilizar técnicas europeias para cultivar o solo, criar gado, melhorar sementes, represaram o rio para irrigar terras e gerar energia elétrica. Silenciosamente, construíram uma harmonia entre o homem e a natureza.
Os caboclos de Tremembé também passaram por um processo de desenvolvimento humano.Os monges construíram escolas, conscientizaram a população sobre o saneamento básico. De indolentes e preguiçosos passaram a ser vistos, pela elite local, como uma potencial força de trabalho.
Graças ao trabalho e estímulo que os trapistas deram à cultura do arroz em grande escala, toda planície, bordejando as duas margens do Paraíba, desde Jacareí até Guaratinguetá, passou a ser trabalhada e cultivada segundo os processos dos padres.
Após um trabalho que revolucionou a região, os últimos monges trapistas deixaram Tremembé em 1931.
[box style=’info’] Histórias que a História Conta é uma produção do Almanaque Urupês em parceria com a Rádio Metropolitana Taubaté e é transmitido de segunda a sexta-feira no programa matinal Radar Noticioso.[/box]