Gino Lanfranchi: o botoeiro e as sementes
Nos anos 1920 chegou ao Brasil o técnico em tecelagem e fiação que construiria, na década seguinte, uma das empresas mais longevas de Taubaté.
Nascido na Itália, em 19 de maio de 1895, Gino Lanfranchi radicou-se em Taubaté em 1931, tendo antes trabalhado para um consorcio botoeiro na Abissínia, na África Oriental, em uma indústria que fornecia botões para toda Europa. Mais tarde participou da Primeira Guerra Mundial, de onde saiu ferido quatro anos depois.
Em Taubaté, trabalhou primeiro como gerente da Fábrica de Botões Santa Teresinha. E em 1935 já produzia o próprio material na Fábrica de Botões Corozita Ltda.
Foi também um dos fundadores da Sociedade Italiana do Mútuo Socorro e agente consular da Itália em Taubaté.
Morreu em 16 de fevereiro de 1974.
Da semente ao plástico
Foi a matéria prima dos botões que inspirou o nome da fábrica. A Corozita levava esse nome por causa do corozo, a semente de uma espécie de palmeira da região amazônica.
Em 1947 a matéria prima dos botões passou a ser o plástico, de custo mais baixo e produção maior. A mudança na tecnologia promoveu a demissão de grande número de funcionários, mas que redeu o dobro da produção, com menos da metade dos quase 400 funcionários que a empresa empregou até aquele ano.
Veja a matéria do Jornal de Notícias de 5 de novembro de 1949 (clique para ampliar):