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by almanaqueurupes

Família escrava em Taubaté

maio 14, 2020
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Por Fabiana Pazzine

Apesar de existir muitos historiadores, jornalistas, amantes de história entre tantos outros que escrevem textos sobre escravidão, posso dizer com toda a certeza que este tema ainda não foi esgotado. Isto porque muito do que se escreve é uma releitura do que já foi feito. Boa parte da documentação dos arquivos, fora das grandes capitais, não foi estudada e, em alguns casos a documentação não recebeu ainda o mínimo de organização para que o pesquisador possa investigá-la. Existe também a ordem de Rui Barbosa que mandou, em 1890, que se destruísse toda documentação referente a escravidão no Brasil, já que, segundo o político, todo esse material representava uma mácula ao nosso passado. Deixando de lado todas as polêmicas em torno desta questão, outro problema surge: o relacionamento entre senhores e escravos que de maneira geral é retratado simplesmente como uma simples relação entre possuidor e mercadoria o que na prática nem sempre se revelou assim.

Família portuguesa ao entardecer ocupada com bija. Ilustração de Thomas Ender

O senhor, a partir do momento em que comprava sua mercadoria, tinha que fazê-la dar lucros, ou seja, o escravo tinha que produzir. Nos filmes e em novelas, vemos de maneira muito clara a ferramenta do senhor, que se utilizava do chicote para forçar o escravo a produzir. Mas será que o sistema escravocrata sempre se organizou de maneira tão objetiva assim?

O escravo, representado tantas vezes como o bom trabalhador, se rebelava sempre que possível: produzia menos, levando o seu trabalho na velocidade mais lenta possível; matava seu senhor ou seu feitor ou em casos mais extremos se suicidava. Para quem estranhou este aspecto digo, já de imediato, que não há nada de estranho, não. Lembrando da frase de Victor Schoelcher em Esclavage et Colonisation, que dizia que só teme aquele que tem o que perder, poderíamos pensar um pouco a respeito: cansados de tanto apanhar e sem nenhuma perspectiva muitos se matavam, pois, primeiramente se livravam do sofrimento e depois causavam prejuízo ao senhor desfalcando parte de sua fortuna.

Escravas com seus filhos. Ilustração de Thomas Ender

Ainda quanto à rebeldia muitos acreditam que se o escravo não se rebelava ou era por falta de oportunidade ou de estímulo[1], sendo assim todos possuíam a capacidade de se insubordinar.

Diante da realidade de que nem sempre a violência era capaz de forçar o escravo a trabalhar, alguns senhores compartilhavam da prática das concessões, em outras palavras, o senhor dava algo ao seu escravo com o iminente risco de tomá-lo ao menor desvio de conduta.

Nesse contexto, apresentam-se as famílias escravas, pois, a partir do momento que caracterizamos o escravo como uma mercadoria, torna-se absurdo ou pelo menos incoerente pensarmos em possíveis casamentos. Mas, como o senhor desejava manter a paz e a produtividade em sua propriedade permitia o casamento, que em muitos casos, geravam lucros, considerando, nesse sentido, os filhos que esses casais poderiam gerar.

Por algum tempo, esse tipo de atitude por parte do senhor de escravos foi vista como simples bondade, mas, nas palavras de Joaquim Nabuco, podemos caracterizar da seguinte forma: a escravidão só pode ser administrada com brandura relativa quando os escravos obedecem cegamente e sujeitam-se a tudo; a menor reflexão destes, porém, desperta em toda a sua ferocidade o monstro adormecido. É que a escravidão só pode existir pelo terror absoluto infundido na alma do homem[2]. Deu para entender? O clima aparente de paz de fato não era real, sustentado apenas pela obediência dos escravos. Outro fato que deve ficar bem claro é que se o escravo obedecia não era por uma possível vocação para escravidão, mas sim, de novo nas palavras de Nabuco: […] se [o senhor]quiser privá-lo de formar família, pode fazê-lo; se, tendo ele mulher e filhos, quiser que eles não se vejam e não se falem, se quiser mandar que o filho açoite a mãe, apropriar-se da filha para fins imorais, pode fazê-lo.

Ao ler os Inventários e Testamentos, do Arquivo Histórico Municipal de Taubaté Dr. Félix Guisard Filho, fica clara a formação de núcleos familiares pelos escravos, concretizando na cidade a concessão de privilégios, já que partia do senhor a autorização para a realização dos casamentos.

Os Inventários e Testamentos vistos estão datados antes de 1869, data na qual foi promulgada uma lei que vetava a separação, por meio da venda, de casais e seus respectivos filhos até 15 anos, facilitando, portanto, esta prática.

Negros novos. Ilustração de Thomas Ender

Taubaté, portanto, não foge de um contexto nacional no qual senhores e escravos encontraram maneiras diversas de se relacionar que vão muito além do castigo e da obediência. E resta a nós, amantes da história, desvendar aquilo que ainda é novo e desconhecido a respeito do nosso passado. Muito já foi descoberto, apesar disso não significa que o trabalho árduo do historiador entre as letras, a interpretação e a poeira não está acabado e a contragosto daqueles que acham que a História continua sendo a ciência do passado, aqui fica mais uma prova que esse passado depende muito do presente não estando pronta e acabada.

 

[1] GOULART, José Alípio, Da Fuga ao Suicídio (Aspectos de Rebeldia do Escravo no Brasil), Rio de Janeiro: Conquista, 1972.

[2] Nabuco, Joaquim. O Abolicionismo, p.90.

__________________________

Fabiana Cabral Pazzine é professora de história. Pesquisadora de História Cultural e Social.

aboliçãoEscravidãoFabiana PazzineFamíliaNegrostexto
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Para o Mestre, com carinho

março 2, 2015
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Texto de Renato Teixeira

Publicado no Jornal Contato nº678

Um personagem… mais que isso; uma espécie intrigante de intelectual contestador e criativo que fez da arte da arquitetura uma  ferramenta filosófica. Construir o novo, acrescentar soluções inusitadas, buscar o belo a qualquer preço e, principalmente, combater a mesmice das leis e da estética. Seu nome: Romeu Simi Jr.

Os anos sessenta são um memorial. Explicá-los, impossível. Quando vemos uma linda paisagem e a fotografamos, o resultado jamais será aquele que nossos olhos viram. Anos incisivos, onde começamos perceber a humanidade se preparando para o grande choque cultural, esse que vivemos hoje.

Naquele momento em Taubaté, atento e portando um diploma de arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura da USP, a FAU, Romeu entra na cena urbana, provocando e contestando. No terceiro ano da faculdade criou a Casa Romeu, em Ubatuba, revolucionária e definitiva. Os resquícios do pensar antigo, que hoje ainda nos atormenta, soterrou a obra e a cercou com a lógica do comércio turístico que um dia, com certeza, terá que ser reavaliado para que a Casa Romeu possa voltar a ter a visibilidade que as obras de arte precisam ter.

simi
Romeu Simi, a esquerda, com os imãos Rosana e Luis Ricardo na casa de Ubatuba projeta por ele; ao fundo, mural de Mestre Justino

Me aproximei dele, ficamos amigos. Romeu possuía informações úteis para mim. Livros, discos e conceitos eram discutidos e avaliados no pequeno ateliê que ele construiu no quintal da casa de seus pais, na rua Souza Alves. Um lugar mágico; foi lá que a luz do  conhecimento me iluminou. Entre projetos e obras da nossa arte popular, havia um lindo painel do grande Justino.

Um dia a casa e o ateliê foram a baixo para que se construísse um empreendimento imobiliário. Demétrius, Romero Teixeira, Paulo de Tarso, editor chefe do Jornal Contato, Hernani Shicker, o próprio Justino, dona Maud, Rubens de Mattos Pereira e muitos outros
personagens pensantes, freqüentaram o ateliê do Romeu.

Romeu foi meu mestre, foi o cara que abriu janelas para o dia, para que o sol entrasse. E o mais interessante era o fato dele e os outros frequentadores terem envolvimentos políticos e, no entanto, esse assunto nunca era discutido; jamais falávamos sobre qualquer tipo
de ideologia.

A moçada, de um modo geral, não aceitava o jeito dos seus cabelos, sua maneira de andar, sua postura pra dirigir. Sofria sombrias perseguições políticas que o obrigava a andar com o passaporte no bolso. Foi no ateliê Romeu que conheci a obra de Manoel Bandeira
e atentei de vez para Vinicius, Tom e para aquele seu contemporâneo de FAU, o Chico Buarque. Depois, afastou-se da prancheta, fato que não tem tanta importância assim, uma vez que sua arquitetura vai além. Mas isso já é outra historia…

Meu amigo Romeu Simi é uma pessoa que sabe construir direções.

 

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O Sentido de ser Brasileiro

novembro 13, 2014
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Por Fabiana Pazzine
Para se entender quem somos e do quê somos feitos recorremos às nossas origens. O problema é que nem sempre essa origem está tão próxima de nós, então, aos poucos deixamos de lembrar (ou nunca ficamos sabendo) o que de fato nos forma.

Dessa maneira, como dar uma definição a respeito das nossas origens?

Uma definição sobre si mesmo, que é dada por muitos de nós, é aquela que se refere a nossa nacionalidade. Nelson Biasoli, recordista em composição de hinos para cidades, já dizia: “Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor” e, compartilhando desse sentimento (mesmo que em muitos dos casos, apenas, na ocasião de jogos esportivos), boa parte dos brasileiros já repetiram estes versos compostos em 1949[1].

Anúncio veiculado durante a Copa do Mundo de 2010
Anúncio veiculado durante a Copa do Mundo de 2010

O que significa ser brasileiro, então? Hoje, para responder essa pergunta, seriam necessários incontáveis debates e, ainda assim, correríamos o risco de não se chegar a um consenso.

Voltando uma pouco mais, para se chegar às nossas origens, deparamo-nos com a palavra Brasil. E o que significaria a palavra Brasil?

Ainda nas séries iniciais da escola, ouve-se a professora dizer que o nosso país recebeu esse nome pela valiosa árvore que aqui nascia e era muito cobiçada no mercado pela cor avermelhada que possuía. Por muito tempo, satisfiz-me com essa explicação, até que ouvi a seguinte pergunta: “O que significa a palavra Brasil?”. A pergunta que eu escutei era tão óbvia que deveria ser uma curiosidade instantânea ao se ouvir a história do nome do nosso país.  Diante dessa pergunta, fiquei intrigada, incomodada, pois não sabia a resposta, pior do que isso: eu mesma nunca tinha me feito esta pergunta.

Derrubada do Pau Brasil, gravura de André Thevet, feita em 1575.
Derrubada do Pau Brasil, gravura de André Thevet, feita em 1575.

Na internet encontrei de tudo, mas em sua grande maioria eram informações desencontradas que não eram capazes de satisfazer a minha curiosidade.

Já nos livros, um antigo dicionário etimológico[2], encontrei a informação de que a palavra Brasil vinha do francês. Isso mesmo, francês! Vemos aí desde os primórdios a grande diversidade de influências culturais em nossa formação.

Detalhe do tronco de um pau brasil. Foto: Chris Ferreira
Detalhe do tronco de um pau brasil. Foto: Chris Ferreira

Os corsários franceses que aportavam em nosso litoral, pouco tempo após o a chegada dos portugueses, davam o nome de brésil a uma determinada madeira do oriente devido a sua coloração avermelhada, cor de brasa. Ao chegarem a nosso país, encontraram uma madeira com a mesma coloração e, esta, tornou-se, então, uma das grandes razões para navegarem e virem para cá. Esta palavra utilizada pelos franceses, por sua vez, era uma alteração do italiano (verzino) nome pelo qual era conhecida a madeira de coloração diferente que era transportada pelo Golfo Pérsico e era levada pelos venezianos à Europa[3].

A palavra como conhecemos, existe em Portugal desde o século XIV, ou seja, antes mesmo do “nascimento” do nosso país.

Paisagem - Palmeiras na praia, de André Paiva. http://www.andrepaiva.com.br/index.php?lang=pt-br&cmd=keyword&id=51&foto=175
Paisagem – Palmeiras na praia, de André Paiva. http://www.andrepaiva.com.br/index.php?lang=pt-br&cmd=keyword&id=51&foto=175

Surgimos como Pindorama, uma referência das tribos que aqui viviam à vegetação que aqui nascia (terra de palmeiras), depois passamos a ser uma Terra de Vera Cruz, pouco tempo depois, Terra de Santa Cruz uma clara menção ao cristianismo (desconhecido pelos que moravam em Pindorama, mas característica marcante no novo povo que se estabelecia aqui, os portugueses), depois em função da atividade econômica aqui feita passamos por diversas alterações no nome do nosso país, mas sendo sempre variações do nome Brasil.

Eis, portanto, a origem do nome do nosso país.

 

Obs.: A imagem que abre esse texto é a da flor de um pau-brasil.


[1] http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ribeirao/ri0407201015.htm

[2] Dicionário Etimológico resumido, de Antenor Nascentes, Instituto nacional do Livro, MEC, 1966, p. 112.

[3] Cf. mais em: Dicionário Etimológico resumido, de Antenor Nascentes, Instituto nacional do Livro, MEC, 1966, p. 112.

 

_______________________________

Fabiana Cabral Pazzine é professora de história. Pesquisadora de História Cultural e Social.

1 Comment
    Kátia Rico says: Reply
    agosto 3rd 2012, 5:24 pm

    Muito interessante.

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Notícias do dia

Abril Boletim Efemérides Uncategorized
by almanaqueurupes

15 de abril de…

abril 15, 2021
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1873   Lei municipal obriga os proprietários de prédios  e terrenos e na sua falta os inquilinos a caiar a frente do prédio ou muro e a calçar de pedras ou tijolos a frente de suas casas ou terrenos. (Gazeta de Taubaté de 10 de junho de 1883 pág. 4).

 

1879   Lei provincial n.º 49 confirma as divisas entre os municípios de Jambeiro e Caçapava.

 

1883   A Junta Revisora da Comarca de Taubaté publica  1.ª  relação  de nomes de cidadãos da paróquia de Taubaté obrigados ao serviço de paz e guerra, da cidade, do quarteirão do bairro do Barranco, do bairro do Areão, do bairro do Tremembé e do bairro do Una e Tetequera, ao todo 66 indivíduos. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   O Sr. José Leandro inaugura linha de troles entre Taubaté e Tremembé cobrando 500 réis de ida e volta por pessoa. Sai de Tremembé às 6 h. da manhã e de Taubaté às 9 h. A hora de volta à tarde será combinada com os passageiros. O Sr. Teixeirinha está preparando animais e troles para uma outra linha. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   A alfaiataria dos srs. Leonardo & Pinto da Rua Dr.  Falcão Filho contíguo ao Largo da Matriz se chama “Alfaiataria da União”. (Gazeta de Taubaté).

 

1886   Lei provincial n.º 46 transfere para o distrito de Campos Novos de Cunha a fazenda de Daniel Gomes dos Santos Pinho.

 

1888   Telegrama procedente da Corte noticia o falecimento ali da  progenitora do Dr. Mathias Guimarães, engenheiro radicado em Taubaté, onde se encarrega do levantamento cadastral da cidade e iria ocupar o cargo de delegado de polícia. (O Liberal Taubateense).

 

1895   Realizam-se em Taubaté eleições para preenchimento de duas vagas de senadores. As eleições começam às 10 h. e as vagas de senadores decorrem da eleição do Dr. Prudente José de Moraes Barros para a Presidência da República e a da nomeação do Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves para ministro da Fazenda. As eleições se realizam em 10 seções instaladas inclusive nos bairros e no distrito de Tremembé. Há 2.260 eleitores inscritos. Os Drs. Moraes Barros e Dr. Paulo Souza obtém 387 votos cada. (O Popular).

 

1895   Após a entrada da procissão de São Benedito quando grande número de pessoas permaneciam em frente da Igreja Matriz o cocheiro da empresa de carris urbanos puxados a burro tenta atravessar a multidão com um bonde sendo impedido e preso por um popular. Não é a primeira vez que tal fato ocorre. (O Popular).

 

1898   Morre, em Taubaté, seu insigne filho D. José Pereira da Silva Barros, Arcebispo de Darnis, fundador do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e do Externato São José. Era filho do Cap. Jacinto Pereira da Silva Barros e de D. Anna Joaquina de Alvarenga, tendo nascido em Taubaté a 24 de novembro de 1835. Fez os seus primeiros estudos no Liceu que então funcionava no Convento de Santa Clara e depois fez seus estudos eclesiásticos em São Paulo. Foi vigário de Taubaté por 19 anos. Reformou a nossa Matriz. Foi de grande abnegação durante a epidemia de varíola de 1873 a 1874 que assolou Taubaté, quando lhe ocorreu a idéia de fundar o Hospital Santa Isabel. Foi bispo de Olinda e do Rio de Janeiro e Deputado Provincial. (A Folha de 17/04/1932).

 

1900   O Grupo Particular Filhos de Talma realiza no Teatro São João um espetáculo em benefício das obras do prédio da sede da Associação Artística e Literária. (Jornal de Taubaté).

 

1901   Às 8 h. na Igreja Matriz celebram-se missas pelo 3.º ano de falecimento de Dom José Pereira de Barros e pelo 1.º ano do capitão Francisco Lopes Malta. (Jornal de Taubaté).

 

1903   Morre, em Taubaté, o Sr. Francisco Soares Barbosa, casado com  D.  Maria  Soares  de  Oliveira. (Jornal de Taubaté 14 – missa 2.º aniversário).

 

1906   Realizam-se, em Taubaté, solene Te-Deum e manifestação de júbilo em homenagem ao vigário da paróquia Côn. Antônio do Nascimento Castro por ter sido agraciado por S.S. Papa Pio X, a 19 de fevereiro último com o título de Monsenhor Prelado Doméstico. No Te-Deum toca a banda Philarmônica Taubateense, na passeata cívica a banda João do Carmo, ambas de Taubaté e na residência do homenageado a banda Dr. Antônio Maria, de Tremembé, cedida pelo c.el Antônio Monteiro Patto. (O Norte).

 

1909   Lei municipal n.º 126, em virtude de ter sido a água que abastece a cidade declarada impotável e conter grande quantidade de amônia conforme exame feito a pedido do Prefeito Dr. Gastão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal pelo Laboratório de Análises Químicas do Estado, é declarado de utilidade pública e decretada a desapropriação do serviço de abastecimento de água de Taubaté que vinha sendo feito pela Companhia Norte Paulista desde… (O Norte).

 

1910   Por motivo da passagem do 12.º aniversário da morte do ilustre taubateano D. José Pereira da Silva Barros, arcebispo de Darnis, 1.º depois da criação da diocese de Taubaté, realizam-se na Catedral solenes exéquias pelo sufrágio de sua alma oficiadas pelo nosso 1.º bispo D. Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva. (O Norte).

 

1914   Noticia-se, em Taubaté, que o Dr. Oswaldo Cruz que durante muito tempo foi diretor da Saúde Pública no Rio de Janeiro acaba de ser agraciado com a Cruz da Legião de Honra. (O Norte).

 

1914   Circula o boato de que surgirá brevemente em Taubaté outro jornal de nome “O Paulista” à frente do qual estará o Prof. Bernardino Querido, colaborando Floriano de Lemos, Dr. Carlos Varella, Coelho Neto, Álvaro Guerra, Antônio Miranda e outros. (O Norte).

 

1914   Nas cerimônias da semana santa serviu a corporação musical João do Carmo, sob a regência do maestro Prof. Francisco Monteiro de Camargo. (O Norte).

 

1914   A firma Ramos & C.ia da Rua Duque de Caxias, 34, em Taubaté, compromete-se a entregar diariariamente garrafões de água de Quiririm mediante assinatura mensal a 3$000 o garrafão ou dois por 5$. Na mesma rua n.º 78 o empório Saraiva vende água de Cambuquira a $600 a garrafa para evitar os males do estômago. (O Norte)

 

1927   O Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa e a Ex.ma Sr.a D. Maria Eudóxia de Castilho Costa comemoram as suas bodas de prata matrimoniais mandando celebrar, a 19, missa em ação de graças. (Norte).

 

1932    Instala-se, em Taubaté, solenemente, o Ginásio Estadual, sob a Direção Prof. Major Acácio G. de Paula Ferreira. Constituem o seu 1.º corpo docente os professores: Cesídio Ambrogi, Joaquim Manoel Moreira, Dr. Jayme Pereira Vianna, Dr. Urbano Pereira, Dr. Pedro Barbosa Pereira, Emílio Simonetti, Clóvis Gomes Winther, Zita Conceição Rabello e maestro Fêgo Camargo. A secretaria estava a cargo do Sr. Cícero Azevedo sendo escriturária D. Carmosina Monteiro. Presente o Prefeito Municipal major João Cândido Zanani de Assis, proferiu a aula inaugural o Dr. Pedro Barbosa Pereira. (A Folha).

 

1949   Com a Catedral em reformas, a Semana Santa  é  realizada  no  Santuário de Santa Teresinha. Hoje é sexta-feira santa. (Taubaté Jornal).

____

Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu

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