Getúlio Vargas em Taubaté
Político, que faleceu em 24 de agosto de 1954, veio à cidade em novembro de 1947
1º de novembro de 1947. Praça D. Epaminondas lotada. Depois de fazer um banquete no TCC, Getúlio Vargas sobe no palanque improvisado na escadaria da catedral.
Naquela época, votava-se separadamente ao cargo de vice-governador e Vargas estava na cidade para defender Cyrillo Jr. em oposição a Noveli Jr., candidato apoiado pelo presidente Dutra e pelo governador Ademar de Barros.
O clima era tenso.
Taubaté, além de “ademarista”, mantinha sangrando as feridas do levante paulista de 1932. A bandeira paulista hasteada a meio-pau no prédio que ficava do lado oposto ao palanque dava o recado.
A praça estava lotada. O discurso de Getúlio, que chegou a ser interrompido por um corte de energia, foi concluído sem incidentes.
A fala de Wilson de Carvalho criticando duramente Ademar de Barros e Dutra transformou a D. Epaminondas numa praça de guerra. Para conter os ânimos, soldados atiraram para o alto provocando um corre-corre geral.
No palanque, o espetáculo não foi diferente. Enquanto deputados se jogavam no chão, outros gritavam histéricos. Getúlio foi atirado ao chão pelo seu guarda-costas, Gregório Fortunato, e, de “pernas bambas”, foi obrigado a fugir de Taubaté.
Veja também:
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