Eu vi – Vingadores: A Era de Ultron
Humanos… Extraordinários… mas ainda assim humanos, talvez essa seja a melhor definição/sensação que fica após assistir Vingadores A Era de Ultron. A mais constante e fascinante característica dos seres humanos, a sua busca pela perfeição, é o que dá tom a essa nova aventura dos heróis mais poderosos do mundo. A mais sombria de suas aventuras trará consequências arrasadoras e fará com que o mundo desmorone sobre seus pés…
O filme começa com a porrada rolando, dando a sensação de que se entrou no cinema com o filme começado e milhares de perguntas ficam pipocando na mente: como os Vingadores se reuniram ? Quem os convocou ? Atrás de quê eles estão? Como o que eles procuram foi para nas mãos do inimigo?
Um dos pontos fracos do filme é a sensação de que está faltando algumas partes, a edição final deve ter ficado muito longa e provavelmente cortes foram feitos deixando muitas perguntas no ar. Os efeitos estão sensacionais e o Ultron protagonizado por James Spader chega quase a ser humano, sua busca pela perfeição o faz acreditar que a humanidade precisa ser exterminada (como todo bom maluco acredita) e que ele, Ultron, deve ser esse algoz. As cenas de batalhas são espetaculares. Se a luta contra os Chitauris no primeiro filme foi épica, nesse novo filme elas são elevadas à potência máxima. Hulk vs Hulkbuster nos faz lembrar dos quadrinhos clássicos do personagem nos anos 60 e 70.
Se no primeiro filme houve a sensação de que a trama era entre o soldado-herói da Segunda Guerra, o Capitão América, e o bilionário egocêntrico, filantropo e gênio, Homem de Ferro, deixando os demais personagens em segundo plano, quase sendo coadjuvantes, neste novo filme o diretor Joss Wheldon conseguiu dar destaque para todos, se aprofundando muito mais naquele que parece ser o menos importante entre seres tão especiais: o Gavião Arqueiro. Wheldon mostrou que por trás dos trajes existem pessoas simples com desejos simples, como os meus e os seus… que existe algo mais prazeroso que salvar o mundo de malucos. Mas a tensão entre Steve Rogers e Tony Stark não deixa de estar presente e quando tudo parece que vai desmoronar de vez, fazendo com que os Vingadores se separem, um novo personagem é introduzido, o Visão, ficando bem claro que este será um dos personagens centrais nas próximas aventuras cinematográficas dos Vingadores.
A grande pergunta que todos faziam é como seriam os irmãos Maximoff nos filmes. Eu nunca fui fã deles nos quadrinhos e achava que existiriam muitos outros personagens na frente deles na fila de aparição em filmes dos Vingadores, mas lembre-se que eu disse acima que provavelmente o Visão seja peça fundamental no futuro da franquia no cinema e todos sabemos da importância de Wanda Maximoff na vida do herói cinético nos quadrinhos e ela pode a vir a ter essa importância também nas telonas. Os irmãos, como a maioria dos vilões (ou não-vilões), têm um motivo justo pra odiar Tony Stark, mas com o passar do tempo percebem as reais intenções de Ultron e se juntam aos Vingadores na luta pra salvar a pobre Sokovia da destruição.
Joss Wheldon conseguiu fazer um filme sensacional mostrando o lado sombrio dos Vingadores, seus temores e pontos francos, que apesar de serem espetaculares não são imortais. Não acredito que veremos essa formação da equipe novamente no cinema, uma era terminou abrindo caminho para novos heróis, Wheldon deixou muitos ganchos para futuros filmes, principalmente envolvendo Capitão América e Thor. As consequências de A Era de Ultron com certeza ecoarão no universo Marvel dos cinemas e a sensação de que o melhor ainda está por vir é evidente na cena pós crédito !!!
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Alex Siqueira assistiu a estréia de Star Wars, ficou mais chocado com o final de “A Ira de Khan” de que com a eliminação do Brasil na Copa de 82, achou que o Telejogo era ficção científica e desconfia das intenções. [/colored_box]