Intrigante!
Texto de Renato Teixeira
(Publicado no Jornal Contato nº 679)
Ninguém, em sã consciência, poderá afirmar que entende o que se passa; não há um ponto de convergência nem possibilidades animadoras de entendimento, pois uma série de fatores contraditórios se apresentam e “tudo pode” ao mesmo tempo que “não pode” e “tudo é”, quando, na verdade, “nunca foi”.
A complexidade dos ajustes que precisam ser feitos para que possamos nos reposicionar, requer uma atitude coletiva.
O nosso Esporte Clube Taubaté tem história, tem torcida e é um fator importante quando pensamos numa instituição que nos represente como unidade social. A municipalidade necessita ser representada de alguma forma, além das representações civis.
Por anos a fio estamos tentando um reposicionamento, uma maneira de nos inserirmos no mundo do futebol. Chegamos até aqui,
meio aos trancos e barrancos, tentando sempre sair do purgatório das divisões menores sem, no entanto, lograrmos êxito.
O que anima é a persistência e a paixão. Continuamos tentando, sempre. Mas é preciso que se tome uma atitude eficiente, capaz de
mudar os rumos e materializar nossos sonhos. Os tempos são sempre “outros”. Primeiramente, cada taubateano deve perguntar
a si mesmo se quer, realmente, ter um time que nos represente e nos una nessa espécie de “fraternidade social”, que é o futebol.
A oportunidade de uma ação agregadora envolvendo toda a sociedade em torno de um time gera equilíbrio, discussão benigna e identidade; todas as classes se irmanam e descontraem o comportamento social.
Ainda mais sendo nosso time um tipo de herói que, ao longo do tempo, vem lutando com tudo que tem, por um lugar ao sol.
Uma vitória celestina reconforta. Não tem preço podermos, juntos, gritar em grupo; “vencemos!” …verdadeiramente “parceiros”, já
que as leis da vida às vezes nos obriga a agirmos como adversários.
Aqui mesmo em Taubaté estamos vivendo uma experiência desse tipo com os times de Vôlei e o de Hand Ball. Mesmo não tendo uma grande tradição na nossa história esportiva, o Vôlei e o Hand trazem alegria. Permitem que gritemos juntos: vencemos!
O diferencial está num outro fato, importante para o equilíbrio emocional dos que vivem aqui: a história do nosso time de futebol.
Ficaria escrevendo centenas de motivos razoáveis para defender uma ação responsável de todos em nome do Esporte Clube Taubaté.
O mais urgente, entretanto, é você responder pra você mesmo se quer ou não se divertir com um bom time de futebol só seu, que não é nem de Guará, nem de São Jose.
Se a resposta for positiva, como espero que seja, tome uma atitude. Qualquer que seja, desde que traga alento. Mesmo que você não
vá ao campo, faça alguma coisa por todos. Anime-se! Reparem na jovialidade do burrinho Celestino, que o Mauricio de Souza criou.
Que ele seja o representante de uma nova postura, de um novo jeito de amar o Esporte e, assim, encerrarmos esse longo ciclo de frustrantes tentativas.
Internamente temos os apoios necessários: assessoria e uma estratégia apropriada para a série A3. E estamos tentando, da maneira que é possível, montar um grupo de jogadores vencedores. O prefeito está junto e a diretoria está cheia de garra, mas sem você… sem você, taubateano da gema, nosso lindo burrinho vai acabar no brejo!
“…quando muitos sonham juntos, uma nova realidade começa acontecer” (Dom Hélder Câmara).
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