Lygia Fumagalli Ambrogi

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Lygia por ela mesma

“Todos em Taubaté admiravam Cesídio. Eu gostava mesmo era do que ele escrevia. No começo não ia muito com a cara dele. Mas veja como são as coisas: depois que nos casamos a vida para mim passou a ter sentido.”

“Na segunda vez que nos vimos ele (Cesídio Ambrogi) me pediu o vestido azul que eu usava quando o conheci. Disse que seria uma companhia até que nós casássemos. Na noite de nupcias, ele desembrulhou de um pacote e revelou que havia guardado o vestido até aquele dia.” trecho retirado da matéria “O sabor da Memória” do jornal O Vale

“Na época, não pegava bem a mulher conversar com a visita do marido. Eu era mais abusada. Quando ia servir café, não deixava de tirar meu dedo de prosa.”

“Cultura em Taubaté era coisa para homens. Me senti marginalizada. Mas, havia meninas muito talentosas na cidade. Consegui reunir as mais corajosas para formarmos o Grêmio Arcádia. A apresentação que realizamos foi uma ousadia.”

“No começo até que vendia bem (jornal O diferente). Depois que fiz um perfil de Monteiro Lobato a coisa desandou. Essa edição, por exemplo, as oficinas do “O Lábaro” se recusaram a imprimir.”

“Escrevia (no jornal O Diferente) o que queria e lancei uma semente. Olha que o jornal não tinha nada demais.”

“Na época d´O diferente, tinha as assinaturas que a gente fazia e dava para impressão. E também os anúncios, que nos ajudavam bastante. E nós mesmo nós ajudávamos, era a mulherada que se ajudava.” trecho retirado do livro “Memórias da Mídia Taubateana” de Eliane Freire e Francisco de Assis.

Demais trechos retirados da matéria “Lygia: sentinela da cultura taubateana e um pouco sobre a origem deste Almanaque” do Almanaque Urupês

 

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Com Maria Gorete, Célia Marques e Marilda Prado
Com Maria Gorete, Célia Marques e Marilda Prado

 

 

Com filhos e netos
Com Mário Ortiz, filhos e netos

Com André Saiki e Pedro Rubim
Com André Saiki e Pedro Rubim

Lygia Fumagalli Ambrogi

Por Almanaque Urupês

Lygia Fumagalli Ambrogi, taí uma mulher que fez a diferença. Logo que chegou em Taubaté em 1933. Numa época em que cultura era coisa de homens, ela teve a ousadia de fundar a primeira organização cultural feminina da cidade.Lygia casou-se com o poeta Cesídio Ambrogi em 1938, que na época era bem famoso.A casa de Lygia e Cesídio tornou-se ponto obrigatório para quem sabia pensar. Plínio Salgado, Mario de Andrade, Cassiano Ricardo e Monteiro Lobato foram alguns dos seus ilustres freqüentadores. Lygia foi uma cidadã ativa. Criou com Judith Mazela Moura, o primeiro jornal de Taubaté dirigido por mulheres, foi uma das fundadoras da Casa da Criança, semente dos serviços de proteção infantil em Taubaté, além de contribuir muito para a consolidação do ensino público na cidade. A poetiza, jornalista, advogada e professora, Lygia Fumagalli Ambrogi foi uma sentinela da cultura valeparaibana até a morte em 2012. Seus esforços não permitiram, por exemplo que Cesídio Ambrogi e a sua obra caíssem no esquecimento.Com isso, Lygia contribuiu para que uma parte importante da história e da cultura paulista fossem preservadas.

 

Veja também:

– Lygia: sentinela da cultura taubateana e um pouco sobre a origem deste Almanaque

– O sabor da memória

 

[colored_box color=”yellow”] Bibliografia

Acervo Lygia Fumagalli Ambrogi

Acervo Almanaque Urupês [/colored_box]

 

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