Prédio do Tesourinho é tombado

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Edifício é o terceiro patrimônio tombado na mesma semana em Taubaté.

Depois do tombamento do complexo da Casas Pias e da fachada externa da Fábrica de Botões Corozita, a prefeitura publicou nos seus Atos Oficiais o decreto de tombamento do Edifício Urupês, popularmente conhecido como Prédio do Tesourinho, na esquina das ruas Carneiro de Souza e Visconde do Rio Branco, no Centro de Taubaté.

Um exemplar da Arte Deco, o edifício foi construído nos anos 1940 pela Companhia Predial de Taubaté para abrigar a primeira loja de departamentos do Vale do Paraíba, a Casa Taubaté. Constituído de sete pavimentosm, além do térreo, foi o primeiro edifício com elevador na cidade.

O edifício pertence à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e possui vasto acervo de quadros do artista plástico Anderson Fabiano. No último dia 27 de fevereiro o prédio foi palco da segunda edição do Circuito Erudito no Patrimônio Histórico de Taubaté, uma iniciativa do Movimento Preserva Taubaté que pretende abrir e incentivar a visita aos patrimônios arquitetônicos da cidade.
O tombamento contempla toda a edificação, perfazendo uma área de aproximadamente 1300 metros quadrados.

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O que é tombamento?
O tombamento de um patrimônio é o ato que garante a proteção das características do bem material ou imaterial. O tombamento pode ser um ato voluntário (quando o tombamento é solicitado) ou compulsório (feito quando o proprietário se recusar ao tombamento).
As regras que disciplinam os processos de tombamento são de 1937. É um ato do Poder Executivo, em âmbito federal por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN; estadual por meio do Consleho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Terístico – Condephaat; municipal por meio do prefeito.
Em Taubaté há o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Urbanístico, Arqueológico e Arquitetônico que tem o dever de orientar o chefe do executiva na tomada de decisão, mas por ser um órgão de caráter consultivo, a orientação pode não ser acatada pelo prefeito.
O tombamento obriga o proprietário do bem a zelar pelo patrimônio, garantindo a sua manutenção e consequente proteção. Quaisquer alterações (no caso de um patrimônio material), reformas, restauros e até manutenção, deve ser comunicada ao órgão tombador, que avaliará e orientará o proprietário na execução das obras.
A Área de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico de Taubaté tem no seu gerente a figura responsável pela fiscalização dos bens tombados.

 

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