Georgina de Albuquerque

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Se não fosse seu talento, talvez ficasse conhecida como a namoradinha número dois de Monteiro Lobato, mas Georgina de Albuquerque teve luz própria e foi uma das precursoras da participação das mulheres nas artes plásticas no país. Georgina nasceu em Taubaté em 1885. E foi na cidade que ela teve as primeiras aulas de artes com o mestre Rosalbino Santoro. Em 1904 ingressou na Escola de Belas Artes  do Rio de Janeiro.Em 1906 casou-se e mudou-se para França onde aprimorou seus conhecimentos. De volta ao Brasil passou a participar das grandes exposições  brasileiras  e a partir daí, seu talento foi reconhecido no cenário artístico nacional.  Também integrou exposições nos Estados Unidos e na Europa. Em 1952 se tornou a primeira mulher a assumir a direção da Escola Nacional de Belas Artes. Hoje seus quadros fazem parte do acervo dos maiores museus e instituições artísticas nacionais. Além de contribuir para cultura brasileira, Georgina de Albuquerque foi uma figura importante na trajetória e conquistas femininas em uma sociedade onde as mulheres encontravam-se em posição de buscas e conquistas sociais.

[box style=’note’]Saiba Mais

“Georgina Andrade de Albuquerque (1885-1962). Um dos maiores vultos femininos da pintura brasileira, com quadros permanentes em museus de Los Angeles e Buenos Aires. Nasceu na cidade de Taubaté a 4 de fevereiro de 1885 e morreu no Rio de Janeiro a 28 de agosto de 1962. Iniciou seus estudos em Taubaté com o pintos Rosalbino Santoro, vice-cônsul da Itália. Freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes e teve por mestre o famoso pintos Henrique Bernardelli. Casada com Lucílio de Albuquerque, que também se destacou nas Belas-Artes, Georgina realizou, com o esposo, em 1906, viagem de estudo à Europa, e os meios artísticos, principalmente de Paris, deram o melhor acolhimento ao casal brasileiro. A pintora taubateana fez curso superior de Arte com mestres consagrados, dentre os quais, Reyer e Dechenaux,e, submetida depois a concurso que reunia mais de 400 concorrentes, obteve o quarto lugar. Com seu nome consagrado pela notável colocação, a pintora brasileira realizou, em Paris e em outras cidades da Europa e dos Estados Unidos, numerosas exposições, conquistando valiosos prêmios.Mais tarde, organizou, no Rio de Janeiro, A comissão Nacional da Associação de Artes Plásticas, filiada à UNESCO.”

Trecho retirado do livro Contribuição à História de Taubaté – Denominações de ruas e logradouros de Umberto Passarelli

 

“Georgina Moura Andrade de Albuquerque nasceu em Taubaté, em 4 de fevereiro de 1885. Aos 19 anos estava na escola Nacional de Belas- Artes, no Rio, estudando com Henrique Bernadelli. Casou-se em 1906 com o pintor Lucílio de Albuquerque, com quem viajou à Europa. em Paris, estudou com Paulo Gervais e Decheneu,  na Escola de Belas Artes e com Henri Royer, na Academia Julien.  Em 1909, já de volta ao Brasil, Georgina obteve menção honrosa no Salão Nacional de Belas-Artes, com o quadro Supremo Amor. A partir daí, seu talento foi reconhecido no cenário artístico nacional. Georgina conquistou muitos outros prêmios no Brasil e participou de mostra internacional, entre elas a Exposição Panamericana de São Francisco e a de Mulheres Pintoras e Escultoras, em Nova Iorque, ambas em 1925. Dois anos depois, fez concurso para livre-docente e assumiu a vaga deixada pelo pintor João Batista da Costa na cidade na cadeira de pintura da Escola Nacional de Belas Artes ocupando-a  durante 20 anos; em 1948, passou a catedrática, também por concurso, e,de 1952 a 1954, dirigiu a Escola, sendo a primeira mulher a ocupar tal função. No ano de 1937, Georgina foi premiada no salão de Belas-Artes de Buenos Aires. Fundou, em 1943, o museu Lucílio de Albuquerque, em homenagem ao marido, morto em 1939, instituindo ali cursos de pintura e desenhos para crianças. O Museu Nacional de Belas-Artes, do Rio de Janeiro, onde se encontra sua tela mais famosa, Raio de Sol, incluiu-a em muitas mostras coletivas. Participou, em 1960, da exposição Contribuição da Mulher às Artes Plásticas no País, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Georgina de Albuquerque, faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de agosto de 1962.”

Trecho retirado do livro Dicionário Mulheres do Brasil: De 1500 até a atualidade de Maria Aparecida Schumaher, Érico Vital

 

Links

Jornal o Lince

http://www.jornalolince.com.br/2011/fev/pages/artes-georgina.php

Câmara Municipal de Taubaté

http://www.camarataubate.sp.gov.br/arquivo/editor/file/EspacoGeorginaAlbuquerque/Historia.pdf

 

Museu Histórico Nacional

http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/galeria26/mh-g26a015.htm

 

Livro Vozes Femininas: gêneros, mediações e práticas da escrita

http://books.google.com.br/books?id=QOzcHeENsz8C&pg=PA299&dq=georgina+de+albuquerque&hl=pt-PT&sa=X&ei=CslJUe–Ee-04AOxqICYBQ&ved=0CDIQ6AEwAA#v=onepage&q=georgina%20de%20albuquerque&f=false

 

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[box style=’info’] Histórias que a História Conta é uma produção do Almanaque Urupês em parceria com a Rádio Metropolitana Taubaté e é transmitido de segunda a sexta-feira no programa matinal Radar Noticioso.[/box]

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