Camila Lescura – ativista cultural

 Camila Lescura – ativista cultural

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Almanaque Urupês: Como você define cultura?

Camila Lescura: Cultura são todas as atividades de um povo, seu modo de pensar, sentir, viver e de se atuar no mundo. Cultura é o conjunto de expressões de um povo, relacionados a sua identidade, seus costumes, sua religiosidade, crenças e sua arte, herdados de seus antepassados.

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Almanaque Urupês: Existe política publica cultural em Taubaté?

Camila Lescura: Não, ainda não existe um sistema de política cultural implantado na cidade. Em Taubaté existem iniciativas isoladas de ações culturais por parte da poder público, entretanto, na maioria das vezes essas iniciativas não se sustentam por muito tempo. Não há um desenvolvimento, um plano de ação sistemático. Porém há muito entusiasmo dos artistas e incentivadores culturais locais.

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Almanaque Urupês: Em qual estágio de desenvolvimento está o setor de teatro em Taubaté?

Camila Lescura: Na área teatral também há iniciativas com grande potencial, porém não há um investimento sério, por isso, acabam se esgotando em si mesmas, como as Mostras de teatro anuais, e um movimento de Festival que se iniciou há cerca de três anos. Seriam necessários projetos que desenvolvessem o artista local para se capacitá-los profissionalmente, seja como ator, seja como produtor cultural e oferecer espaços culturais para trabalhos profissionais, de qualidades ao público, que geralmente ignoram as produções artísticas, principalmente as produções teatrais de seu próprio povo. Os artistas que tentam sobreviver do teatro acabam muitas vezes se rendendo a um tipo de teatro “pop”, com várias referências televisas, e muitas vezes esvaziadas de significados e mesmo de arte. Muitos acabam reproduzindo conteúdos e valores veiculados pela TV, por ser mais fácil de comercializar, e desse modo, os artistas perdem e o povo também perde muito.

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Almanaque Urupês: Na sua avaliação, em nosso município, qual seria o modelo de política cultural mais adequada para desenvolver setor teatral?

Camila Lescura: Na minha avaliação o modelo de política cultural mais adequada ao município seria, inicialmente, aprovar e implantar o Conselho de Cultural Municipal, fazer as inscrições necessárias aos Projetos do MinC para aumentar o volume de verbas para cidade e principalmente criar Projetos que visem oferecer suporte de desenvolvimento aos artistas e produtores culturais locais, em todas as categorias. Oferecer espaço e cursos para profissionalização dos artistas, além de investimentos mais sérios nos Festivais de Teatro e nas criações de outras iniciativas teatrais para atender ao nosso público. Acredito que os próprios artistas atuantes na cidade é que deveriam coordenar esses Projetos por terem conhecimento direto dos problemas relacionados à classe.

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