Tag: Histórias que a História Conta

Rubens Feijão, o “Príncipe de Ébano”

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Rubens Jesus ou Rubens Feijão, foi o taubateanos que começou a ficar conhecido no Brasil, quando jogou no Santos Futebol Clube integrando o time que conquistou o Campeonato Paulista de 1978. O primeiro título do alvi-negro praiano após a era Pelé.A importante conquista apresentaria ao futebol brasileiro a primeira geração dos meninos da Vila. Rubens Feijão até estampou um cromo de álbum de figurinha dedicado ao Campeonato Paulista que era distribuído por uma marca de chiclete. No Brasil, Rubens Feijão defendeu também o Guarani, Ceará e a Ferroviária de Araraquara. No Bangu, Rubens Feijão ficou conhecido como o “Príncipe do Ébano” e quase mais por muito pouco, não virou busto na porta do clube, tamanho era o carinho que o dono da equipe tinha com ele. Na Europa, Rubens Feijão jogou 10 anos no Boa Vista em Portugal. E parou em 1994 atuando na 2ª Divisão do futebol Alemão. Atualmente, o taubateano Rubens Feijão mora na Alemanha, tem duas filhas e é dono de restaurante.

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Casa na cidade

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Na Taubaté do passado todo fazendeiro rico tinha também uma casa na cidade para passar as festas. E não era uma casinha qualquer não. Tinha sala de visita, de jantar, cozinha e o número de quartos dependia do tamanho da família. As numerosas tinham até sete quartos na residência. O quintal também era grande e tinha entre outras coisas, uma cocheira para alimentar os animais que carregavam os alimentos da fazenda à cidade.

As melhores roupas das mulheres, os casacos de veludos e saltos altos ficavam trancados em armários na residência da cidade. E a cada visita, mais roupas eram compradas. Os sapateiros mais espertinhos nem esperavam as donzelas nas lojas, tratavam logo de levar os calçados diretamente na casa das clientes. Os barbeiros também já ficavam preparados, esperando as crianças que invariavelmente necessitavam de um novo corte de cabelo.

As visitas à cidade sempre aconteciam em festas como a Semana Senta, Carnaval e nas formaturas dos Colégios Bom Conselho e Diocesano.

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O tempo do Luto

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O pessoal mais antigo sabe disso, quando morria uma pessoa na roça todos os parentes tinham que por luto. O tempo de luto dependia de quem tivesse morrido. Pai ou mãe, o luto era de um ano. Irmão, seis meses. De amiga, 15 dias e de marido a vida toda. Como o custo de uma roupa preta era bem alto, nas fazendas tinham sempre as tintureiras grátis. Mulheres de família mais ricas, que ajudavam as pessoas mais pobres. Sempre que morria alguém de família mais humilde, essas tintureiras já sabiam que ia chegar a marca da tinta Guarani e a trouxa de roupas. E o tingimento das roupas não era algo fácil.Tinha que ficar o tempo todo na beira do fogão de lenha, mexendo à panela para não manchar as roupas. Quando o tingimento estava pronto era hora de enxaguar todas as roupas até sair água limpa. Depois colocar para secar e passar à ferro. Esse era um trabalho que consumia o dia inteiro e que era feito gratuitamente aos mais pobres.

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Tiro de Guerra 445

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Em 1917 foi fundado em Taubaté, o Tiro de Guerra 445. Era um órgão do exército brasileiro que tinha finalidade de fornecer instrução militar e estudos para jovens com 18 anos com o apoio do governo municipal. Naquela época ocorria a 1ª Guerra Mundial e havia possibilidade de que o Brasil entrasse no conflito. A iniciativa de criar um tiro de Guerra na cidade, partiu da Associação Comercial de Taubaté com o apoio da prefeitura. Lá dentro, os jovens praticavam tiro ao alvo, tinham aula sobre a história do exército e praticavam esportes como corrida, musculação e até futebol. Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha em 1918, o presidente do tiro de Guerra de Taubaté telegrafou ao presidente da República colocando os mais de 400 atirados à disposição das autoridades. Aparentemente, o pessoal estava entusiasmado para ser enviado ao campo de batalha. Pois, a reposta do presidente mandando que guardassem instruções em Taubaté mesmo, esfriou o animo. O tiro de Guerra 445 funcionou por alguns anos em Taubaté e deixou muitas histórias para ser contada.

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Corridas de Cavalos

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No início do século 20, bem na Rua da Consolação, a hoje Avenida Marechal Deodoro, os taubateanos se deliciavam aos domingos assistindo á corridas de cavalo. As apostas eram feitas ali mesmo na rua, onde os donos dos cavalos mais famosos colocavam poncho no chão e iam recolhendo dinheiro. As provas aconteciam em linha reta na distância de uma ou duas quadras. Esse espaço não durou muito. E anos mais tarde, surgiu na estrada de Tremembé, o Jóquei Clube de Taubaté, construído pelo Dr. Cintra. O jóquei tinha arquibancada, guichês de apostas e cavalariças. Em 1917 surgiu o último hipódromo de Taubaté, próximo à futura Fitejuta. Tinha raias de 1200 metros, permitindo que 5 cavalos corressem em cada páreo. As corridas aconteciam aos sábados e domingos. E eram musicadas pela Banda dos Ursos. Uma das mais disputadas foi a de Marialva e Waterloo, sendo Waterloo vencedor e considerado o melhor cavalo que já correu em Taubaté. O problema maior do Jóquei Clube Taubaté eram as trapaças. A malandragem era tanta que afastou apostadores, falindo mais um empreendimento que poderia ter futuro na cidade.

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Zé Pedro e o espírito da roça

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Zé Pedro era neto de um antigo morador de Redenção da Serra. Certa vez resolveu abandonar a cidade e viver isolado em uma casinha à beira repressa. Zé Pedro decidiu que nunca mais voltaria à cidade. tomaria banho no rio, faria roupas com o algodão que plantaria, calçados com o couro de bois, comeria frutas, teria hortas, criaria galinhas, porcos, vacas. Adoçaria com a garapa café, bolos e pamonhas. Extrairia tudo que precisasse só da natureza. De repente, ele ouviu uma voz vindo do espírito da roça ou talvez da sua própria consciência: “Você não vai conseguir. Você não vai conseguir. Quer viver aqui, porque tudo já está pronto. Alguém já derrubou as matas, fez casas, estradas, roça e repressa. Aqui tem fartura, mas não tem tudo o que você precisa. Tem uma coisa que não nasce, não tem raiz, não saí no leite da vaca nem por decreto de juiz”. Zé Pedro não se fez de rogado e quis saber afinal, o que é que ele não conseguiu na roça. e a voz respondeu: “Você precisa de sal. e ninguém é soberano se precisa de sal”.

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A Igreja do Rosário

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Entre os anos 1700 e 1705, a irmandade de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Taubaté ergueu a sua primeira capela. Mais de 150 anos depois, em 1861, o templo estava prestes a ruir, por isso a irmandade começou a reconstruir-la na mesma localização. Como os recursos financeiros eram poucos, eles associaram-se a irmandade dos 20 Irmãos. Uma confraria firmada por membros importantes da sociedade e as obras continuaram. Em 1882 finalmente a igreja do rosário é concluída para tornar-se um dos cartões postais de Taubaté. 131 anos depois, ela está ameaçada. O tempo e a falta de manutenção comprometeram as estruturas do Rosário. É nessas horas que devemos lembrar que a Igreja Católica, está presente na história valeparaibana desde o início da povoação de Taubaté. É fato a influencia do catolicismo na formação cultural, artística, social e administrativa do Brasil e de Taubaté. Portanto, restaurar e preservar a Igreja do Rosário não é tarefa apenas para membros de uma religião. É sim, obrigação de toda uma sociedade que pretende avançar em civilização, sofisticação e respeito próprio. Salvar o Rosário é respeitar Taubaté.

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O Velódromo Taubateense

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Em 1904 foi fundado o Velódromo Taubateano. Uma espécie de arena poliesportiva dispondo de uma pista própria para competições ciclísticas e um campo de futebol. Também utilizado para corrida de touros, luta romana, esgrima e outras modalidades esportivas. O esporte coletivo que fazia sucesso à época era o ciclismo. Em São Paulo, as corridas de bicicleta atraiam muita gente e como Taubaté não gostava de perder pontos para ninguém, resolveu ter seu próprio velódromo. As bicicletas eram importadas da Europa e muitos caras. Era costume pessoas da mais alta classe social comparecerem aos treinos para aprenderem à andar de bicicleta e a participar das competições. O ciclismo fez sucesso, originando as primeiras bicicletarias da cidade. Emílio Facomandi, Dante e Danzolino Paolichi, Sérgio Areão, emílio e Ermínio de Biazzi são alguns pioneiros das duas rodas em Taubaté. Também foi no Velódromo que começou a ser praticado o esporte que viraria mania nos anos seguintes, o futebol.

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