Em outros 22 de outubro
Em nossa viagem no tempo, partimos a outros 22 de outubro, sabermos notícias da Taubaté de antigamente. Uma nota no Diário de São Paulo de […]
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Em 1904, fugindo das perseguições da República Francesa, monges da Ordem Trapista, adquiriram em Tremembé a antiga fazenda de café “das Palmeiras”, abandonada desde 1888. Com um projeto audacioso e em um curto período, os monges e seus colonos reconstruíram a fazenda e passaram a utilizar técnicas europeias para cultivar o solo, criar gado, melhorar sementes, represaram o rio para irrigar terras e gerar energia elétrica. Silenciosamente, construíram uma harmonia entre o homem e a natureza.
Os caboclos de Tremembé também passaram por um processo de desenvolvimento humano.Os monges construíram escolas, conscientizaram a população sobre o saneamento básico. De indolentes e preguiçosos passaram a ser vistos, pela elite local, como uma potencial força de trabalho.
Graças ao trabalho e estímulo que os trapistas deram à cultura do arroz em grande escala, toda planície, bordejando as duas margens do Paraíba, desde Jacareí até Guaratinguetá, passou a ser trabalhada e cultivada segundo os processos dos padres.
Após um trabalho que revolucionou a região, os últimos monges trapistas deixaram Tremembé em 1931.
Por volta de 1916, a viagem mais segura entre São Paulo e o Rio era de trem, por isso, em Taubaté, havia um costume maroto: homenagear o taubateano que visitasse pela primeira vez uma das capitais.
Logo que um cidadão embarcava no trem a notícia corria de boca em boca, saía até no jornal. Malandramente um grupo de jovens organizava uma homenagem à vítima. Na data de retorno do viajante, quando o trem parava em Taubaté, começava um festival de rojões, gente aplaudindo e banda de música tocando. Quando o sujeito desembarcava era cercado por todos, elevado sem entender nada em cortejo pela rua das Palmeiras. A caminhada era terminada em um bar. Estando ali depois de ouvir vários discursos em sua homenagem só restava ao felizardo pagar bebida para todo mundo. Teve gente que não gostou da pegadinha. E aí a coisa acabava mal.
7 de setembro de 1874. Taubaté está em festa. Finalmente é inaugurada a iluminação pública na cidade.
Bem diferente de hoje, a luz era gerada em lampiões instalados em elegantes postes de ferro fundido. O gás era distribuído aos postes por uma rede subterrânea de tubulação que tinha origem no gasômetro instalado onde hoje fica a sede da Bandeirante Energia. É bom frisar que o privilégio contemplava umas poucas ruas do centro e iluminação pública era coisa rara. Apenas 4 cidades paulistas a tinham. O benefício era caro.
Crônistas da época informam que a regalia consumia metade do orçamento de Taubaté, era fraca e falhava sempre. Mas era um luxo. O serviço de iluminação á gás foi abandonado ao redor de 1913 quando foi inaugurada a iluminação elétrica no município.
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