Taubaté: elevação à vila

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Em 5 de dezembro de 1645, o povoado de Taubaté foi elevado à condição de Vila

Upgrade no povoado

Quando o povoado de Taubaté foi instalado, Jacques Felix passou a distribuir terras aos novos moradores e criou um “plano diretor” para a cidade, que incluía a construção de uma Igreja da Matriz, Casa da Câmara e da Cadeia. Com uma força tarefa, ergueu a tríade em um tempo curtíssimo. A eficiência rendeu um “upgrade” da Coroa, que concedeu à Taubaté o status de Vila, no dia 05 de  dezembro de 1645.

 

Plano diretor

A Taubaté primitiva foi planejada seguindo as regras do traçado espanhol. O terreno escolhido para estabelecer o povoado (hoje Praça Dom Epaminondas) era alto e plano, com água próxima, terras férteis e grandes matas. A “planta” foi desenhada como se fosse um tabuleiro de xadrez.

Recomposição da Vila de Taubaté no fim do século 16, segundo Paulo Camilher Florençano

Arquitetura sustentável

As primeiras edificações de Taubaté foram feitas de madeira e barro da margem do Tanque. A técnica ,marca registrada dos bandeirantes paulistas,
era denominada de taipa de pilão. Já a cobertura dos prédios era de palha.

 

Construções

Jacques Felix foi o responsável pela construção de três edifícios públicos: Igreja da Matriz, Casa do Conselho e Convento Velho. A igreja ficava onde hoje é a Capela dos Passos na Catedral. A Casa do Conselho, onde está a escola Dr. Lopes Chaves. E o Convento Velho, erigido para abrigar os frades carmelitas que o acompanharam, em um prédio próximo a Igreja do Santana.

 

Ein?!

Para os índios era Tabaeté. Na certidão de nascimento era Vila de São Francisco das Chagas de Taubaté. Para colônia portuguesa foi “Minas de Taubaté”.
Também já foi Tabebate, Tabibate, Taubithe, Tabibathé, Tabybate, Taubuate, Tabahybate, Taubathe… A confusão com os nomes só acabou no século 19, quando passou a ser Taubaté.

 

Cardápio Orgânico

A alimentação dos primeiros moradores de Taubaté era muito equilibrada e farta. De proteína consumiam carne, leite, aves e peixes. De vegetais ingeriam milho, mandioca, feijão, abóbora, cana de açúcar e trigo. E de frutas o “menu” tinha banana, jabuticaba, goiaba e jambo. Tudo de criação e produção própria.

 

O primeiro Fazendeiro

O fundador de Taubaté foi também o primeiro a constituir uma fazenda na região. Nela contava com criação de gado vaccum e cavalar, que trouxe de São Paulo. A fazenda era cuidada nos primeiros tempos por seus familiares, amigos e índios. Depois os trabalhos passaram a ser feitos pelos escravos negros.

 

Água que passarinho não bebe

Com o aumento da produção de cana-de-açúcar no século 18, houve um “boom” de engenhos e alambiques. A cana aqui produzida representava 5% da produção da capitania de São Paulo. O ciclo da cana-de-açúcar só terminou no século 19 quando a cultura do Café surgiu em Taubaté, provocando uma transformação na cidade.

 

Água que passarinho bebe

Com o aumento da produção de cana-de-açúcar no século 18, houve um “boom” de engenhos e alambiques. A cana aqui produzida representava 5% da produção da capitania de São Paulo. O ciclo da cana-de-açúcar só terminou no século 19 quando a cultura do Café surgiu em Taubaté, provocando uma transformação na cidade.

 

Bicas

Com o fim do Tanque quem quisesse água fresca tinha que caminhar até uma das Bicas da Cidade. Uma ficava entre o cruzamento das ruas Silva Barros e Jacques Felix, na chamada Rua da Bica e a outra, denominada de Bica do Pastinho no Bairro da Monção.

 

Chafariz

Em 1859 foi construído pela Câmara o primeiro chafariz, localizado nas imediações da Igreja do Rosário. Ele era abastecido por águas canalizadas das
nascentes e córregos que existiam próximos onde hoje está a delegacia de Polícia e a Avenida.

 

O mais popular

Dentre os mais de quinze chafarizes da cidade, o mais frequentado era o dos Bugres, localizado no Bairro do Chafariz. Ele era munido com água da Chácara Figueira, região que ficava onde hoje é o Bosque da Saúde, em frente ao colégio Estadão.

 

Material retirado da Revista Almanaque Taubaté #1

 

 

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