A Igreja Matriz do Padre Evaristo – Renato Teixeira
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Acervo do DOPS é disponibilizado na internet pelo Arquivo Público do Estado
O Arquivo Público do Estado de São Paulo atendendo à Lei de Acesso a Informação passou a disponibilizar no dia primeiro de abril parte do acervo do Deops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) pertence a instituição. O Deops órgão criado em 1924 tinha como objetivo prevenir e reprimir delitos contra a segurança do Estado. Além desse acervo também serão disponibilizados documentos do DOPS de Santos e do Departamento de comunicação Social.
Segundo Lauro Pereira, diretor do Departamento de Preservação e Difusão Cultural do Acervo: “Exatamente 11.666 prontuários nominais do DOPS de Santos e mais de milhares de imagens de dossiês, de prontuários do DEOPS de São Paulo, dezenas de milhares de fichas de presos políticos, de organizações, tudo isso vai estar disponível à internet. Certificado digitalmente, ou seja, tem valor jurídico porque tem assinatura eletrônica em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. E esse material é talvez o primeiro arquivo do Brasil a tomar uma iniciativa desse vulto divulgando documentação do período repressivo não só da ditadura militar de 64 mais de 82, porque o DEOPS encerra no final de 82. Em 83 ele é desativado, mas também de período anterior da ditadura do Estado Novo. A gente tem uma documentação que vai desde a criação do DEOPS em 24 até o comecinho de 82”.
Entre os prontuários do Deops estão os dos taubateanos o professor Gentil de Camargo, o comerciante Israel Guisburg, o ex-prefeito Guido Miné, os ex-vereadores Renato Feres, Wilson Fim e Humberto Puccinelli, membros da família Guisard – Eugênio, Juares,Oswaldo, Raul, Victor, Alberto e Félix pai e filho e do jornalista Paulo de Tarso Venceslau. Os documentos que anteriormente, como comprovou a equipe do Almanaque em 2008, só podiam ser adquiridos pessoalmente mediante assinatura de termo de responsabilidade agora podem ser acessados no portal Memória Política e Resistência criado dentro do site do Arquivo Público.
[box style=’note’]Lei de Acesso à Informação
A lei de Acesso à Informação (nº12.527/11) garante aos cidadãos obter informações dos poderes Executivo, Legislativo das esferas federal, estadual e municipal. Órgãos públicos serão obrigados a fornecer informações ou documentos solicitados pela população, desde que não sejam classificados como secretos, em um prazo máximo de até 20 dias.
(fonte CGU – Controladoria Geral da União)
Links:
Arquivo do Estado – http://www.arquivoestado.sp.gov.br/
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História dos Museus de Taubaté
Conheça um pouco da história dos primeiros da instituição responsável por zelar pela memória taubateana.
O Primeiro do Brasil
O Museu Histórico de Taubaté foi criado em 22 de julho de 1935 inspirado num pequeno museu criado por José Pedro Camões em São Luiz do Paraitinga que atraia a atenção dos primeiros turistas que se dirigiam ou voltavam de Ubatuba.
Sediado no Solar da Viscondessa de Tremembé, contando inicialmente com o valioso acervo de Camões, documentos e objetos doados por taubateanos.
Política de Estado
O museu que nasceu particular, foi mantido e dirigido por Felix Guisard Filho, até ser doado “sem ônus” à municipalidade. Nascia a primeira divisão dedicada à cultura da prefeitura de Taubaté.
Até maio de 1951, a instituição recebeu 67.518 visitantes; 568 somente naquele mês.
Em 1959, o museu foi desmontado e teve seu acervo confinado numa sala da prefeitura, que funcionava no casarão do Visconde de Tremembé(onde atualmente está o prédio da rádio Difusora).
Cadê o acervo?
15 anos após ser fechado, uma comissão de estudantes faz campanha pela reabertura do Museu Histórico. Segundo minucioso relatório elaborado em 1973, as mais de 5 mil peças que formavam seu acervo estavam espalhadas por instituições municipais e coleções particulares.
Segurança legal
Em 1975, Lei Municipal cria a Divisão de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico de Taubaté (DMPAH), inicialmente instalada nas dependências do prédio do Bom Conselho. O Museu de Artes Plásticas foi inaugurado em 1976. Em 1978, o DMPAH foi transferido para o solar
Oliveira Costa, na rua Visconde do Rio Branco, onde permaneceu por 10 anos. Em novembro de 1986, foi instalado o Museu de Arte Sacra de Taubaté na Capela de Nossa Senhora do Pilar. Em 1988, o DMPAH foi transferida para atual sede (Av. Thomé Portes Del Rei). “Um dos centros culturais mais importantes do interior do Estado”, segundo o jornal O Estado de São Paulo, foi inaugurado em 5 de dezembro daquele ano. Criado por Lei Municipal sancionada em 1976, o Museu da Imagem e do Som só foi inaugurado em 1995.
“A atitude da prefeitura de Taubaté de preservar os laços históricos e os valores culturais de seu povo merece elogios. Um exemplo marcante é a documentação histórica mantida na Divisão de Museus, Patrimônios e Arquivo Histórico, que engloba o Museu de Arte Sacra, onde toda a população do Vale do Paraíba pode encontrar um pouco do seu passado”.
O Estado de São Paulo sobre a manutenção da sede onde atualmente está abrigado a DMHPA. 5/12/1989
Guardiões do Tesouro
Os diretores do DMPHA desde 1975
1975- Paulo Camilher Florençano
1988 – José Ernani Pereira
2000 – Ary de Oliveira Lico Jr.
2005- Fred Savino
2013- Wanderlan Ramos de Carvalho Filho
Referências:
– Acervo Estadão;
– Álbum Taubateano 1945;
– Jornal de Taubaté; 1936
-Acervo Maria Morgado de Abreu
-Acervo Lygia Fumagalli Ambrogi
-Pasta Felix Guisard Filho(Arquivo Histórico de Taubaté)
-Hemeroteca Digital Biblioteca Nacional