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by almanaqueurupes

O aniversário de um poeta

maio 22, 2020
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Em 22 de maio de 1893 nasceu em Natividade da Serra, o jornalista, professor e escritor Cesídio Ambrogi

Cesídio Ambrogi nasceu em 22 de maio de 1893 em Natividade da Serra (SP).  Em 1904 mudou-se com a família para Taubaté. Jornalista militante, colaborou, por meio século, em periódicos de São Paulo. Em 1923 tem seu livro “As Moreninhas” editado pela Monteiro Lobato Editores. No ano de 1927 é nomeado inspetor federal junto à Escola de Comércio de Taubaté e em 1932 leciona português no Ginásio Estadual. Foi presidente da Sociedade Taubateana de Ensino. Em 1947 lançou o livro “Poemas Vermelhos” prefaciado por  Lobato. Fez parte do grupo de intelectuais que instituíram a “Semana Monteiro Lobato”. No ano de 1963 ingressou na Academia Brasileira de Trovas. Casou-se em segundas núpcias com a jornalista Lygia Fumagalli Ambrogi. Teve 7 filhos.

Veja a homenagem feita pelo escritor José Benedito Cursino no jornal O Libertário de 1925 à Cesídio Ambrogi:

O Libertário, 21 de maio de 1925. Acervo DMPAH
O Libertário, 21 de maio de 1925. Acervo DMPAH

” O dia 22 do fluente assignala o anniversario natalicio de Cesidio Ambrogi.

Extremamente grato nos é registrar a data natalicia desse nosso companheiro de luta, o brilhante, o inestimavel concurso de sua autorizada penna, já em artigos substanciosos, já em composições literarias, em que sempre revelou muita esthetica, admiravel sciencia do bello, já em quadrinhas e sextilhas chostosas, já em bellos sonetos de arte, nos quaes sempre desdobrou toda a delicadeza de sua alma de artista.

Cesidio, o admiravel garimpeiro das preciosas pedras do pensamento, o habil ourives literario que sabe, com tanto engenho, encastoal-as nos finos engastes da forma, produzindo joias literarias, Cesidio tem matizado nossa folha com pequenas produções de puro goso espiritual, de alto valor artistico, tem fagulhado, pelas paginas de nosso jornal, centelhas fulgurantes de seu formoso talento.

Figura evidente, de grande eminencia nas rodas mentaes do brasil, sua reclamada collaboração tem honrado as nossas principaes revistas e diarios, que constituem o orgulho dos nossos altos meios intellectuaes.

Está fóra de toda a duvida que salientes e brilhantes papeis estão reservados ao belletrista anniversariante de amanhã [hoje], nas altas espheras literarias do Brasil, nas quaes já foi recebido festivamente ao apresentar suia credenciaes – AS MORENINHAS, primoroso livro de poesias, consagrado pelos grandes criticos, o quel lhe valeu a palma de poeta regional e a admiração que lhe tributa o mundo intellectual argentino.

Todas as paginas desse precioso livro, escripto em estylo encantadoramente simples, são illuminadas de belleza e graça sertaneja, perfumadas de suave cheiro agreste.

São lindas aguarellas, que, tendo sempre como protagonista o nosso roceiro, revelam a felicidade artistica do autor e tocam suavemente a alma sensivel, delicada.

Quando, no fervilhar da vida, nas cidades, onde ha sempre uma densa e larga atmosphera de ambição, de despeito, de vingança, de odio mesmo, nos cae ás mãos AS MORENINHAS e lemos os lindos chromo regionaes de Cesidio, sentimos no espirito abatido, como que um doce orvalho, sentimos a branda saudade dos nossos campos, das nossas fazendas, nas nossas montanhas, entregues sempre á doce, á divina quietude da paz, sempre em seu profundo mysticismo, tal é a precisão, tal é a simplicidade, tal é a arte com que Cesidio descreveu, pintou, em ternas cores, os costumes em nossas roças, os habitos simples do nosso bom roceiro.

Isto já me aconteceu a mim, não poucas vezes.

Cesidio tem no prelo dois outros livros de versos lyricos, “No jardim do Amor e da Volupia” e “Microcosmo Sonoro”, duas joias de literatura.

De uma philosofia amavel e bondosa, Cesidio tem sempre um gesto de complacencia para tudo, uma excusa prompta para todas as injustiças; acceita as coisas como as coias vêm.

Moço de escól, de bello talento e cultura, de fina educação, de assetinados tratos, Cesidio é figura de destaque em nosso scenario social, onde gosa geral estima.

Bom filho, extremoso irmão é estremecido no seio de sua honrada familia, que aos céos erguerá férvidos votos afim de que ao anniversariante de amanhã [hoje] se lhe faculte vida longa e feliz. A esses votos e ás muitas felicitações de seus innumeros amigos “O Libertario” junta os seus que são sinceros.

                Cesidio,, que te conceda longos annos de vida aquele que l’os póde assegurar – Deus

                               José Benedito Cursino”

Texto publicado originalmente no jornal O Libertário, na edição de 21 de maio de 1925 

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Um pequeno conto da roça

junho 23, 2014
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Texto de Solange Barbosa

Em algum lugar, no interior deste país, um casal de  “caipiras” em um pequeno momento de felicidade:

Naquele sábado “nhô Tônico” chegou cheio de alegria em casa:

– Cida, óia, arruma as criança, vamo prá festa de Santo Antonio.

– Ué, ocê tinha dito que nóis num ia, pur causa de que mudou de idéia?

– Tô animado hoje, fiquei sabendo pelo cumpadi Tião que  vai ter rifa de um leitãzinho na quermesse, tô apostano que vou ganhá.!!!

– É, diz que Santo Antonio faiz milagre de arrumá casamento pras moça, mais acho que ele tamém faiz milagre de fazer  “munheca de vaca” abrir a mão e comprar rifa….!

– Ocê vai arrumá as criança ou não??????

– Tô ino, tô ino…..

Adivinhe se “nhô Tonico” não ganhou o leitãozinho na rifa?

Quermesse. Foto: RIOetc

Na volta para casa foi o alvoroço: arrumar rapidinho um chiqueiro pro porquinho, Dona Cida a preparar a lata para a ”lavagem”, por sorte tinha umas cascas de melancia que ela ia jogar no canteiro para adubar, que  já ia dar para ajeitar a fome do leitãzinho.

De noite na hora da janta começaram os planos para o Natal:

– Sabe véio – disse dona Cida – este ano o Natal vai ser uma “chiqueza”, já to vendo o pernil do “capadinho” assado, e ainda mais vamos ter carne até o meio do ano que vem, se num for para mais..!!! Vou matar o bicho, aproveitar para fazer um monte de chouriço; amanhã mesmo vou na venda ver se o seu Jacinto tem umas lata de banha Matarazzo das grandes vazias, assim quando matar o porco já derreto a banha dele, que há de ser muita, fervento as carnes e jádeixo tudo dentro das lata, e no inverno do ano que vem vamos poder comer um feijão gordo.

O couro eu vou fatiar, ferventar, fritar e deixar prá ir colocando no feijão. A banha ainda vai dar pra cozinhar muito tempo. Ai, já tô sentino o cheirinho do torresmo…vai ser um suco!!!

Acho que vou pegar a barriga e defumar, ocê gosta né??  Vou deixar as costelinhas tudo “ferventadinha”    e na banha, assim quando tua irmã chegar no começo do ano, faço bem fritinha prá ela comer com arroz e salada de couve, do jeito que ela gosta e diz que num consegue comer lá na cidade.

Seria esse o capadinho?

– É véia, é bom entaum ver uma carroça pequena de estrume para dar uma melhorada na terra da horta, porque as  “cove” tão  pedindo um esterquinho, achei os tomate meio  mirrado, tamém, vou dar uma limpeza ali onde tá o limoeiro, se der uma poda boa nele, vai dar limão até prá vendê e ocê vai usá muito pra temperar este mundo véio de carne e tripa né?

– Verdadi, o miór é que vou poder falar para a dona Antonia, mulher do doutor Zé Carlos, que vou poder fazer “os pão de torresmo” que ela gosta, no ano passado  “cortei um doze” para fazer, o toicinho táva uma carestia só na cidade, também com esse negócio de “exportação de porco” a coisa apertou aqui.

– É, esse ano vai ser bom!!!

– Bom se ocê tamém colaborá e me arrumar o forno de pão, ele tá precisano de juntar mais um barro, vê se agora num esquece disso.

– Verdadi, pode fica sussegada, domingo quano vortá da pescaria dô uma ajeitada nele.

– Sabe véio, tava pensano aqui, vai dar prá comer arroz com suã, feijão verde com chouriço, já tô imaginano uma “feijoada branca” com pé e oreia de porco…..

– Véia, vamu dormi, porque é capaiz de ocê me passar a noite inteira sonhando com porco e eu perde a hora do caminhão e “ocê” a hora de levantá e fazê minha bóia… Apague esse lampião e se aquiete, que ocê vai tê que arrumá muita “lavage” pra deixá o “capadinho” do tamanho do porco que ocê quer…..

Tá bão véio – responde dona Cida – dexa só eu rezá di novo e agradecê a Santo Antonio pelo “capadinho”…

“Viver é bom”.

 

—

Solange Barbosa é técnica em turismo e especialista em turismo cultural de base comunitária. Criadora do projeto Rota da Liberdade e consultora da UNESCO no projeto Rota do Escravo. É intermediadora cultural e consultora em assuntos culturais da população negra de Taubaté e região.

 

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AOS POETAS E LETRISTAS INICIANTES, COM AMOR

novembro 12, 2015
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 Por Teteco dos Anjos

Uma dica aos “iniciantes” poetas e letristas de música . Quem se propõe a escrever poesia “de verdade” precisa, antes de tudo, se propor a “ler”, em demasia, a “poesia de verdade”. Ou como diria Arthur Rimbaud: “fazer o mágico estudo na iniludível ventura”.

Vou explicar. O lance é estudo mesmo. Por exemplo, uma pessoa que se propõe a ser um exímio instrumentista precisa estudar muita música. Estudar muita música mesmo!!! E treinar e treinar e treinar. O mesmo ocorre com a poesia, ou a famigerada “letra de canção”; é preciso estudar e estudar e treinar e treinar.

Vinícius de Moraes, Noel Rosa, Chico Buarque, Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro, Caetano, Gil, entre outros tantos bons letristas ou bons poetas da música, sempre foram bons leitores assíduos. Tem de ser assim.

Não há regras ou uma cartilha do que devemos ler ou não. Mas é certo que poetas e letristas iniciantes precisam navegar por alguns mares poéticos importantes, ou considerados de relevância para o estudo, o aprendizado do ser e fazer poético.

teteco-poeta2

Vamos lá. Entre os portugueses eu diria é que preciso ler Fernando Pessoa, Camões, Gil Vicente, Bocage, Saramago. Entre os franceses vai Rimbaud, Baudelaire, Verlaine, Vallery, Proust, Céline. Ingleses: Keats, Yeats, Jonh Donne, Shakeaspeare, Lord Byron. Russos: Maiakowski, Dostoiesvski, Pushkin. Orientais: Li Po, o chinês lunático, Tagore, Khalil Gibran. Espanhóis: Federico Garcia Lorca, Cervantes. Americanos: Ezra Pound, Walt Whitman, Eliot, os poetas e escritores da Beat Generation, mais Charles Bukoswski. Os brasileiros, é claro; Carlos Drummond, Oswald Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Gregório de Matos, Castro Alves, João Cabral, Guimarães Rosa, Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Décio Pignatari, Ferreira Gullar, Zé Limeira, Patativa do Assaré, Vinícius, Paulo Leminski.

Bem, acredito que para se ter uma base, um reservatório, um bom cartucho de munição, o cara que quer escrever uma poesia de verdade ou uma letra de música de verdade, passar por esses feras citados acima é quase uma obrigação. Mas, o estudo não se limita a tais, somente. Existem muitos e muitos outros bons poetas e escritores pelo mundo. Claro que sim. Filosofia também é legal: Sócrates, Platão, Aristóteles, Nietzsche, Zenão, Tomás de Aquino. E filosofia oriental também; os textos védicos, o Dharmapada, o Tao te King. E muito etc etc etc.

Pois, escrever sem base é o mesmo que rimar “amor e dor” atoa. É vago. Superficial. É o mesmo que viajar na maionese. Quero dizer; ser viajandão e ter boas intenções enquanto poeta ou letrista não lhe faz um bom poeta e letrista. É preciso “estudo”. É preciso auto conhecimento profundo. E ler de tudo e muito de tudo. Desenvolver a intelectualidade, de fato. Cazuza e Renato Russo, considerados bons letristas de rock, eram leitores vorazes. Assim como Arnaldo Antunes. Assim como Lenine.  Assim como Jonh Lennon, Bob Dylan, Jim Morrison, Lou Reed, David Bowie.

Teteco Bowie
Teteco Bowie

Uma observação; não é preciso escrever textos complexos para ser bonito. Pode-se e deve-se escrever simples. É lindo. Um bom letrista como Jorge Benjor, por exemplo, é tido como um cara que escreve com simplicidade. Sim, muitas canções de Benjor possuem letras e harmonias simples. Mas, são lindas. No mais, Benjor não poderia escrever “Zumbi” ou “Os Alquimistas Estão Chegando” se não tivesse tido a curiosidade de conhecer a cultura afro-brasileira, a cultura africana e oriental. Benjor lê.

Enfim, é preciso ler e conhecer literatura, filosofia, história, psicologia, sociologia, política, etc etc e , sobretudo, a si mesmo. “Maiêutica” mesmo (falarei abaixo). Impossível conhecer tudo. Impossível. Mas se faz necessário um certo grau de conhecimento que lhe dê uma base substancial, para que daí a tua criatividade possa trepidar e alçar voos. Posso estar sendo radical, e até peço perdão se for, mas me canso de ver bons e ótimos músicos mundo afora fazendo “letras” que não dizem nada, ou quando dizem, não significam muita coisa no sentido poético da coisa. Entendem ?! Isso se chama “falta de leitura” . Pois, seja uma letra simples ou uma letra complexa, ela precisa ter, antes de tudo, um contexto estético. O nosso Elpídio dos Santos sabia muito bem disso e era um cara extremamente culto. Se não culto, espirituoso o bastante para criar com a prpopria sabedoria interior.

Como diria o filósofo e místico grego Sócrates: “Conheça a si mesmo”. O que ele chamou de “Maiêutica”. E conhecer a si mesmo é também um grande exercício de “leitura”. Leitura da própria alma. Leitura daquilo que a alma do universo sussurra lindamente a todo momento.

Como diria o poeta Glauco Mattoso , outro fera que vale a pena conhecer, “não é preciso ter uma biblioteca em casa, mas uma bisbilhoteca sim”. Ele tem razão. Galvão, o letrista dos Novos Baianos lia de tudo e ainda lê. É imprescindível.

Apesar de muitos anos nessa lida e nessa pegada, eu ainda desconfio e muito de minha poesia e de minha letra de canção. E tem de ser assim. Senão, não crescemos nunca. Busco minha identidade. Fiz muita merda achando que estava sendo bom e legal. Mas, sempre vale a pena errar e errar para saber como acertar. Busco isso também, óbvio. Na verdade, sei que a “esculhambação” dos infernos é o que faço de melhor em poesia. Em letra de canção – nos meus samba-rocks – nem tanto. Minha poética é  de essência maldita por excelência. E fui descobrir, ou abrir os olhos para isso, somente há pouco tempo. É sério !!! Nasci na Vila das Graças em Taubaté. Convivi com maconheiros e cheiradores. Com alcoólatras e putanas. E li muita coisa do submundo. É isso. Qual outro resultado poderia dar ???

livros

O que eu coloco no meu samba-rock – e o que sei melhor fazer um canção, sinto isso hoje, é “samba-rock” – é malandragem pura. Mas, essa é minha cara e meu espírito. E eu quero que todos sejam lindos poetas e letristas, cada qual no seu estilo e sua marca. Poetas do mundo todo, uni-vos !!! Amo todos os iniciante e todos os velhacos !!!

 

[colored_box color=”grey”]

teteco-assinatura

Teteco dos Anjos, “músico, proto-poeta e jornalista” e com a cabeça cheia de ideias mirabolantes, escreve semanalmente, ou quando der na telha, no Almanaque Urupês[/colored_box]

 

 

 

 

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1 Comment
    Preserva Preserva Taubaté says: Reply
    maio 22nd 2013, 2:57 pm

    “Mestre Cesídio” por Jeronymo de Souza ” Mestre Cesídio tem duas atividades constantes: jornal e escola. Mesmo a poesia é feita, primeiro, para o jornal, para a revista…
    Não nega colaboração a jornal ou revista: é uma de suas cachaças. Escreve, de uma assentada, quatro ou cinco crônicas ou comentários, e manda-as todas para alegria dos secretários de jornais, que têm garantida a seção, por uma semana. Usa máquina de escrever ” Corona – presente que sua mãe, há quarenta e cinco anos, na volta de viagem à Itália, lhe trouxera”.

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Notícias do dia

Abril Boletim Efemérides Uncategorized
by almanaqueurupes

15 de abril de…

abril 15, 2021
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1873   Lei municipal obriga os proprietários de prédios  e terrenos e na sua falta os inquilinos a caiar a frente do prédio ou muro e a calçar de pedras ou tijolos a frente de suas casas ou terrenos. (Gazeta de Taubaté de 10 de junho de 1883 pág. 4).

 

1879   Lei provincial n.º 49 confirma as divisas entre os municípios de Jambeiro e Caçapava.

 

1883   A Junta Revisora da Comarca de Taubaté publica  1.ª  relação  de nomes de cidadãos da paróquia de Taubaté obrigados ao serviço de paz e guerra, da cidade, do quarteirão do bairro do Barranco, do bairro do Areão, do bairro do Tremembé e do bairro do Una e Tetequera, ao todo 66 indivíduos. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   O Sr. José Leandro inaugura linha de troles entre Taubaté e Tremembé cobrando 500 réis de ida e volta por pessoa. Sai de Tremembé às 6 h. da manhã e de Taubaté às 9 h. A hora de volta à tarde será combinada com os passageiros. O Sr. Teixeirinha está preparando animais e troles para uma outra linha. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   A alfaiataria dos srs. Leonardo & Pinto da Rua Dr.  Falcão Filho contíguo ao Largo da Matriz se chama “Alfaiataria da União”. (Gazeta de Taubaté).

 

1886   Lei provincial n.º 46 transfere para o distrito de Campos Novos de Cunha a fazenda de Daniel Gomes dos Santos Pinho.

 

1888   Telegrama procedente da Corte noticia o falecimento ali da  progenitora do Dr. Mathias Guimarães, engenheiro radicado em Taubaté, onde se encarrega do levantamento cadastral da cidade e iria ocupar o cargo de delegado de polícia. (O Liberal Taubateense).

 

1895   Realizam-se em Taubaté eleições para preenchimento de duas vagas de senadores. As eleições começam às 10 h. e as vagas de senadores decorrem da eleição do Dr. Prudente José de Moraes Barros para a Presidência da República e a da nomeação do Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves para ministro da Fazenda. As eleições se realizam em 10 seções instaladas inclusive nos bairros e no distrito de Tremembé. Há 2.260 eleitores inscritos. Os Drs. Moraes Barros e Dr. Paulo Souza obtém 387 votos cada. (O Popular).

 

1895   Após a entrada da procissão de São Benedito quando grande número de pessoas permaneciam em frente da Igreja Matriz o cocheiro da empresa de carris urbanos puxados a burro tenta atravessar a multidão com um bonde sendo impedido e preso por um popular. Não é a primeira vez que tal fato ocorre. (O Popular).

 

1898   Morre, em Taubaté, seu insigne filho D. José Pereira da Silva Barros, Arcebispo de Darnis, fundador do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e do Externato São José. Era filho do Cap. Jacinto Pereira da Silva Barros e de D. Anna Joaquina de Alvarenga, tendo nascido em Taubaté a 24 de novembro de 1835. Fez os seus primeiros estudos no Liceu que então funcionava no Convento de Santa Clara e depois fez seus estudos eclesiásticos em São Paulo. Foi vigário de Taubaté por 19 anos. Reformou a nossa Matriz. Foi de grande abnegação durante a epidemia de varíola de 1873 a 1874 que assolou Taubaté, quando lhe ocorreu a idéia de fundar o Hospital Santa Isabel. Foi bispo de Olinda e do Rio de Janeiro e Deputado Provincial. (A Folha de 17/04/1932).

 

1900   O Grupo Particular Filhos de Talma realiza no Teatro São João um espetáculo em benefício das obras do prédio da sede da Associação Artística e Literária. (Jornal de Taubaté).

 

1901   Às 8 h. na Igreja Matriz celebram-se missas pelo 3.º ano de falecimento de Dom José Pereira de Barros e pelo 1.º ano do capitão Francisco Lopes Malta. (Jornal de Taubaté).

 

1903   Morre, em Taubaté, o Sr. Francisco Soares Barbosa, casado com  D.  Maria  Soares  de  Oliveira. (Jornal de Taubaté 14 – missa 2.º aniversário).

 

1906   Realizam-se, em Taubaté, solene Te-Deum e manifestação de júbilo em homenagem ao vigário da paróquia Côn. Antônio do Nascimento Castro por ter sido agraciado por S.S. Papa Pio X, a 19 de fevereiro último com o título de Monsenhor Prelado Doméstico. No Te-Deum toca a banda Philarmônica Taubateense, na passeata cívica a banda João do Carmo, ambas de Taubaté e na residência do homenageado a banda Dr. Antônio Maria, de Tremembé, cedida pelo c.el Antônio Monteiro Patto. (O Norte).

 

1909   Lei municipal n.º 126, em virtude de ter sido a água que abastece a cidade declarada impotável e conter grande quantidade de amônia conforme exame feito a pedido do Prefeito Dr. Gastão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal pelo Laboratório de Análises Químicas do Estado, é declarado de utilidade pública e decretada a desapropriação do serviço de abastecimento de água de Taubaté que vinha sendo feito pela Companhia Norte Paulista desde… (O Norte).

 

1910   Por motivo da passagem do 12.º aniversário da morte do ilustre taubateano D. José Pereira da Silva Barros, arcebispo de Darnis, 1.º depois da criação da diocese de Taubaté, realizam-se na Catedral solenes exéquias pelo sufrágio de sua alma oficiadas pelo nosso 1.º bispo D. Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva. (O Norte).

 

1914   Noticia-se, em Taubaté, que o Dr. Oswaldo Cruz que durante muito tempo foi diretor da Saúde Pública no Rio de Janeiro acaba de ser agraciado com a Cruz da Legião de Honra. (O Norte).

 

1914   Circula o boato de que surgirá brevemente em Taubaté outro jornal de nome “O Paulista” à frente do qual estará o Prof. Bernardino Querido, colaborando Floriano de Lemos, Dr. Carlos Varella, Coelho Neto, Álvaro Guerra, Antônio Miranda e outros. (O Norte).

 

1914   Nas cerimônias da semana santa serviu a corporação musical João do Carmo, sob a regência do maestro Prof. Francisco Monteiro de Camargo. (O Norte).

 

1914   A firma Ramos & C.ia da Rua Duque de Caxias, 34, em Taubaté, compromete-se a entregar diariariamente garrafões de água de Quiririm mediante assinatura mensal a 3$000 o garrafão ou dois por 5$. Na mesma rua n.º 78 o empório Saraiva vende água de Cambuquira a $600 a garrafa para evitar os males do estômago. (O Norte)

 

1927   O Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa e a Ex.ma Sr.a D. Maria Eudóxia de Castilho Costa comemoram as suas bodas de prata matrimoniais mandando celebrar, a 19, missa em ação de graças. (Norte).

 

1932    Instala-se, em Taubaté, solenemente, o Ginásio Estadual, sob a Direção Prof. Major Acácio G. de Paula Ferreira. Constituem o seu 1.º corpo docente os professores: Cesídio Ambrogi, Joaquim Manoel Moreira, Dr. Jayme Pereira Vianna, Dr. Urbano Pereira, Dr. Pedro Barbosa Pereira, Emílio Simonetti, Clóvis Gomes Winther, Zita Conceição Rabello e maestro Fêgo Camargo. A secretaria estava a cargo do Sr. Cícero Azevedo sendo escriturária D. Carmosina Monteiro. Presente o Prefeito Municipal major João Cândido Zanani de Assis, proferiu a aula inaugural o Dr. Pedro Barbosa Pereira. (A Folha).

 

1949   Com a Catedral em reformas, a Semana Santa  é  realizada  no  Santuário de Santa Teresinha. Hoje é sexta-feira santa. (Taubaté Jornal).

____

Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu

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