Papete

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Texto de Renato Teixeira publicado no jornal Contato

Um dia o telefone tocou e, já na primeira gaguejada… era o Papete. Me falou de uma linda mulher, de corpo esguio, boca carmim e olhar sensual, capaz de levar um homem pra loucura, narrando a deusa com uma empolgação que me deixava em dúvida qual era sua intenção: será que ele está querendo me aproximar dessa pessoa encantada? Depois de esgotar seu vocabulário de louvações, veio o motivo da ligação: ele havia encontrado essa pessoa e estava apaixonado até a raiz dos cabelos. Precisava que eu criasse uma canção de amor onde todas as virtudes dessa mulher fossem cantadas, pois só mesmo uma canção de amor para consagrar essa paixão.

A gente se conheceu no final dos anos sessenta. Quando no começo dos setenta eu e Sérgio Mineiro formamos o grupo Água, Papete era músico do Jogral e já desfrutava de grande prestígio na noite de São Paulo. Além de ser excelente violonista e compositor inspiradíssimo, Papete foi um dos maiores percussionistas brasileiros. Quando o Água fez uma temporada no Jogral, Papete gostou tanto do som que ele mesmo “se entrou” para o grupo de onde só saiu para tocar com Vinicius e Toquinho em infindáveis excursões pelo mundo afora.

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