NA BATALHA ENTRE A LUZ E AS TREVAS TODOS PERDERAM 

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Texto de Alexandre Siqueira

Demorou três anos, mas finalmente estreou o tão aguardado confronto entre Batman e Superman nas telonas, entre trailers, imagens oficias e notícias divulgadas a expectativa só aumentou durante esse período.

“Batman vs Supeman – A Origem da Justiça” começa exatamente na batalha entre Superman e Zod visto em “O Homem de Aço” e com a famosa cena de Bruce Wayne correndo pelas ruas de Metrópolis e vendo um prédio da Wayne Corp. ser destruído pela batalha entre os kryptonianos.

Um dos pontos altos do filme é essa perspectiva das pessoas comuns da batalha travada nos céus da cidade e que em muito se parece a série “Marvels” de Kurt Busiek e Alex Ross lançado em 1994 e aos atentados de 11 de setembro 2001.

A história do filme é interessante no seu contexto geral, mas a película se arrasta e uma hora depois do início, eu já estava olhando no relógio pra saber se faltava muito ainda pra acabar.

Provavelmente por culpa de Zack Snyder, diretor do filme, que insiste em confundir clima pesado, soturno e denso com chatice devido a suas câmeras lentas e filtros exagerados, talvez seja a hora de passar o bastão para alguém com novas ideias e conceitos.

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Cena de Batman vs Superman

Quando todos souberam que finalmente o Morcego enfrentaria o Bandeiroso nas telas de cinema, a primeira lembrança que vem a mente dos fãs é a clássica HQ de Frank Miller, O Cavaleiro das Trevas.

A concepção visual até remete a clássica série, mas quem leu a série – que completou trinta anos em 2015 – sabe quais as circunstâncias e motivações para aquela batalha e que em condições normais jamais o Batman venceria o Super.

No filme as motivações do Cavaleiro das Trevas são explicadas através de sonhos que ele vai tendo durante a trama, mas mesmo assim elas parecem dúbias e superficiais demais quase fazendo a quem assiste e torce pelo Batman mudar de lado no ápice da luta que se encerra idiotamente por causa da coincidência de um nome.

Outra grande polêmica envolvendo o filme foi a escalação de Ben Affleck pra interpretar o Batman, muita gente reclamou, outros após verem o visual do ator como Batman elogiaram, mas a grande verdade é que Affleck continua sendo o ator sem graça e medíocre que sempre foi, sua atuação não é melhor do que a de Christian Bale ou qualquer outro Batman do cinema.

Lex Luthor.
Lex Luthor.

Lex Luthor (Jesse Eisenberg) e Mulher Maravilha (Gal Gadot) são os pontos altos da trama.

Luthor, o típico cientista louco e milionário, disposto a tudo pra desacreditar e eliminar o novo herói da cidade com um plano doentio digno do Coringa.

Mulher maravilha.
Mulher maravilha.

 

A Mulher Maravilha é a cereja do bolo, de um bolo que não é assim tão bom, aparece pontualmente durante a trama e surge tirando aplausos da plateia na batalha final.

A Trindade está reunida pra uma batalha épica com final surpreendente, mas não definitivo.

O caminho para o filme da Liga da Justiça está aberto, os elementos pra isso foram plantados discretamente inclusive com uma aparição do Flash que praticamente vale o filme (leitores das antigas entenderão a referência).

Só esperamos que a reunião dos maiores heróis da Terra seja melhor tratada do que a reunião da Trindade.

Afinal eles mereciam um filme melhor.

 

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