PAPO METAFÍSICO

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ou coisas que eu não devia ter feito, mas fiz !!!

Por Teteco dos Anjos

Houve uma época em que eu dava antidepressivo para o meu cachorro. É sim. Foi quando lançaram o Prozac (Fluoxetina) e havia total burburinho na imprensa de que se tratava da “droga da felicidade” e tal. Meu médico me prescreveu o medicamento e eu, que era um adolescente com uma banana no lugar do cérebro, achava que meu cachorro era triste, angustiado. Então dividi com ele o famoso Prozac. Claro que para ele eu ministrava uma dose bem menor que a mínima adequada para um ser humano. Mesmo assim, vejo hoje que foi uma atitude imbecil e estapafúrdia, a qual eu não devia ter feito. Sorry. Ele dava uns pulos realmente incríveis após comer ração com antidepressivo. Mas, enfim, toda essa alegria que eu via nele era pura ilusão de minha mente que queria crer que tudo aquilo era bom para o animalzinho. E para o mundo. Eu era tonto !!!

Beleza canina
Beleza canina

Tempos mais tarde, quando eu já tocava com Toninho Matos (o Tonho) e João Oliveira no famigerado  Cantautores de Ilhona, encanei que andávamos sem “fé”. Eu nunca tive uma religião definida, mas acreditei que labaredas de fogo poderiam chamar atenção dos “deuses” do Olimpo, dos Orixás, sei lá quem mais. Convidei então Tonho para acender velas na cruz do alto de Santa Clara em Taubaté. Ele não viu maldade alguma no ato e foi comigo. O que ele não sabia é que eu botaria fogo numa caixa de som e, não satisfeito, atiraria uma garrafa com gasolina no meio do fogaréu. Foi uma explosão tamanha, com labaredas de fogo desproporcionais. O vento lançava as labaredas pra lá e pra cá…o fogo lambia carros estacionados próximos ao local e pessoas que assistiam missa na Igreja de Santa Clara, em frente ao cruzeiro em chamas, saíram assustadas para ver o que estava acontecendo. Eu e Tonho ficamos morrendo de medo de que nosso ato de fé poderia se transformar numa tragédia sem igual. Mesmo assim, ainda fiz um “teatrinho” canalha; ajoelhei-me aos pés das labaredas gigantes e irascíveis e gritei “óh deuses, quando tornarão a este vale de lágrimas??”. Quando o fogo diminuiu, demos o fora dali antes que a polícia chegasse. Coitado do Tonho, passou sufoco comigo naquela noite ígnea. Um músico e amigo do Rio de Janeiro, Luiz Castello, brinca e diz que sou o poeta das “labaredas ígneas”.

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O lendário Cruzeiro do Firmino continua resistindo…

Ainda com Tonho, conversando recentemente com ele e com a musicista-poetisa Kika, nos lembramos novamente do poeta, compositor e filósofo luizense Marco Rio Branco. Ele é o autor, por exemplo, da famosíssima marchinha Juca Teles do Sertão das Cotias, em parceria com Galvão Frade. Falávamos sobre a “geração Adâmica”, a qual Rio Branco nos iniciou. “Adâmico” significa filho direto da linhagem de Adão que, neste caso, diferente da teoria bíblica, foi o primeiro “homo-sapiens” criado por alienígenas. Segundo Rio Branco, os “adâmicos” de hoje são gigantes albinos com cerca de três metros de altura que vivem em perfeita paz e harmonia em cavernas profundas no subsolo da Amazônia. Bem, se é ciência ou poesia creio que não importa. Afinal, poder viver em perfeita paz e harmonia já é o suficiente para nos convencer a aderir ao “adamismo”, pois, nós, humanos normais (ou quase..ou nunca) nos matamos e nos devoramos por tantas futilidades e neuroses imbecis diversas vezes. Não é isso ?! Uma observação: o fato de serem “albinos” é tão somente porque vivem escondidos e não recebem luz do sol. Os adâmicos não tem nada a ver com a absurda e terrível “raça ariana” inventada pelos monstros do nazismo.

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Teteco e Eva

E certa vez, em 2009, nos camarins do Credicard Hall em São Paulo, lá estávamos: eu, Rio Branco, Tonho, Caetano Veloso e José Miguel Wisnick. Então Rio Branco surpreendeu a Caetano e Wiskick com a super teoria da “geração Adâmica”. Foi emocionante, todos os olhos brilhavam como novas estrelas ao anoitecer. E ainda segundo Rio Branco, o compositor Jorge Benjor já sabia “disso” há muito tempo. Afinal, “Os Alquimistas Estão Chegando” pode se referir também ao adamismo ?!

Outra coisa; finalizo com o assunto que deixei pendente na coluna passada. Caetano acredita que o livro “O Presidente Negro” é uma clara profecia de Monteiro Lobato ao fenômeno Barak Obama. Capisci?!

Previsões lobateanas para a Casa Branca?
Previsões lobateanas para a Casa Branca?

 Veja também:

– Papo Transcendental;

– Coluna do Teteco dos Anjos;

 

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Teteco dos Anjos, “músico, proto-poeta e jornalista” e com a cabeça cheia de ideias mirabolantes, escreve semanalmente, ou quando der na telha, no Almanaque Urupês[/colored_box]

 

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