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by almanaqueurupes

1878: viagem expressa pelos trilhos do trem

setembro 7, 2015
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Capítulo 7 da história de D. Pedro II no Vale do Paraíba

Texto de Glauco Santos

Alguns importantes trabalhos e historiadores da região colocam a data da primeira visita oficial de d. Pedro II às cidades do Vale do Paraíba paulista como 1876. Assim é o caso da historiadora Maria Morgado de Abreu “Taubaté: de Núcleo Irradiador de Bandeirismo a Centro Industrial e Universitário do Vale do Paraíba” (1985) e também de José Bernardo Ortiz “Velhos Troncos” (1996). É muito provável que ambos se basearam no extenso artigo de Felix Guisard Filho, publicado no jornal Correio do Vale do Paraíba (28 de dezembro de 1945, p. 5), que em comemoração ao tricentenário da cidade de Taubaté, escrevia relatando como ocorreu a visita de d. Pedro II a Taubaté em 1886: “o Imperador d. Pedro II e família três viagens oficias fizeram à província de S. Paulo, em 1846, em 1876 e 1886” (Correio do Vale do Paraíba, 28 de dezembro de 1945, p. 5). A confusão das datas pode ter sido gerada por erro de datilografia, o que é pouco provável, já que outros historiadores e jornalistas contemporâneos à Guisard também cometeram o mesmo equívoco. Certamente todos esses historiadores creditaram aos meses finais de 1876 a primeira visita oficial do Imperador ao Vale do Paraíba, pois foi o ano em que a Estrada de Ferro São Paulo e Rio entrou em funcionamento. Por conclusão lógica, acreditaram que essa visita de d. Pedro II, conhecidamente usada para inaugurar as estações ferroviárias até São Paulo, só poderia ter acontecido no ano em que os trens começaram a circular pela região. Há aí dois equívocos que logo são resolvidos. Seria fisicamente impossível d. Pedro II e sua esposa, a Imperatriz Thereza Cristina, estarem presentes em quaisquer das cidades valeparaibanas, pois em abril de 1876 partiram rumo aos Estados Unidos da América para participarem da Exposição Universal da Filadélfia, com extensão ao Canadá, Europa e Ásia. O retorno do Imperador só aconteceria em 26 de setembro de 1877.

D. Pedro II e comitiva em viagem realizada em 1876/77 – passagem pelo Egito

O segundo ponto de esclarecimento que derruba a data de 1876 estabelecida até então, é o fato da inauguração oficial das estações de trem no Vale do Paraíba ter ocorrido somente em julho de 1877, com a presença do Conde d’Eu em representação à figura do monarca que ainda encontrava-se em viagem; d. Pedro II desembarcava em 7 de julho de 1877 em Belfast na Irlanda, de onde seguiria para a Inglaterra, episódio ainda pouco conhecido pelos historiadores.

1878 era ano de eleições nas diversas municipalidades do Império e os republicanos começavam a tomar corpo com a vitória de alguns candidatos. A prova de que os republicanos já incomodavam muitos setores da política está no jornal Gazeta de Taubaté (11 de agosto de 1878, p. 2) que relata: “a força pública de Jacarehy tomou o largo da Matriz, fez exercício de fogo, debandou o povo e tomou o paço municipal. Ouviam-se gritos de morram os republicanos!” e complementa mais à frente “os republicanos venceram nas Araras. Os republicanos e os conservadores na Limeira”. O poder da monarquia começava a ser questionado não somente pelos primeiros republicanos, mas também pelos mais radicais do Partido Liberal. O fim da Guerra do Paraguai trouxe desgaste à imagem do monarca perante setores da sociedade como o Exército e os cafeicultores do país, principalmente os escravocratas do Vale do Paraíba. Se em 1846, na primeira visita à província de São Paulo, d. Pedro II não viu importância em passar pelas cidades do Vale paulista, o mesmo não ocorreu na segunda metade do seu reinado (1865 – 1889). Na primeira metade, o Vale do Paraíba paulista não recebeu se quer uma visita de qualquer um dos representantes da família Imperial. Já na segunda metade, foram quatro as visitas oficiais, sem contar as tantas visitas particulares de d. Pedro II, da Princesa Isabel e do Conde d’Eu realizadas pelos mais diversos motivos. Os tempos haviam mudado.

Sabendo da importância que a presença de sua figura iria causar nas elites valeparaibanas é que d. Pedro II refez o caminho percorrido pelo seu genro um ano antes, “inaugurando” novamente cada estação de trem das cidades da região. Sua viagem tinha como destino a capital da província de São Paulo, além de uma rápida visita às prósperas cidades da região de Campinas. O jornal da capital Correio Paulistano (8 de setembro de 1878, p. 2) noticiou os planos do Imperador: “informam-nos que SS.MM. partem da corte no dia 10, devendo sair da Cachoeira à 1 hora e 30 minutos da tarde para Guaratinguetá, donde depois de alguma demora seguirão para Pindamonhangaba, e ali pernoitando; e que no dia seguinte partirão desta cidade, depois do almoço, com destino a esta capital”. Como é possível perceber, tratava-se de uma viagem expressa, com pequeno espaço para as cerimônias pomposas e para os encontros demorados com os políticos locais – agradando ao Imperador que já estava cansado desse tipo de ritual pomposo e bajulador.

Nos próximos artigos da série “Os passos do Imperador” contaremos como foi esta primeira e rápida passagem pelo Vale do Paraíba, que deixou marcas existentes até hoje na história de nossas cidades.

________________

Referências bibliográficas

ABREU, Maria Morgado de. Taubaté: de Núcleo Irradiador de Bandeirismo a Centro Industrial e Universitário do Vale do Paraíba. Aparecida: Ed. Santuário, 1985.

ORTIZ, José Bernardo. Velhos troncos. Taubaté: PMT, 1996.

Correio do Vale do Paraíba, Taubaté, 28 de dezembro de 1945.

Correio Paulistano, São Paulo, 8 de setembro de 1878.

Gazeta de Taubaté, 11 de agosto de 1878.

[box style=’info’] Glauco de Souza Santos

glauco
É graduado pela Universidade de Taubaté, Mestrando em História Social pela Universidade de Campinas. Trabalha como Professor de História em São José dos Campos – SP.

 

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Veja também:

– 1868: uma Princesa em Taubaté;

– As viagens de d. Pedro II ao Vale do Paraíba;

– 1868: uma Princesa devota – chegada ao Vale;

– 1868: uma Princesa devota, uma Santa e um ex-escravo;

– 1868: uma Princesa devota, uma Santa e um guarda nacional;

– 1868: um bosque para uma Princesa;

 

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Dom Pedro IIglauco santosprincesa isabeltaubatétextovale do áraíba
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Lobato morreu!

julho 4, 2016
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Por Cesídio Ambrogi

Monteiro lobato estava doente. E a notícia, na velocidade de um relâmpago, correu o mundo, provocando mesmo um certo pânico. E de todas as partes, do país e do continente, como do estrangeiro, choveram mensagens ao escritor ilustre, desejando-lhe, rápidas melhoras. E Lobato reagiu. Está de novo em forma. De novo, ei-lo a receber, em São Paulo, a visita de seus amigos diletos, e a responder, comovido, às dezenas de milhares de cartas que lhe enviaram as crianças patrícias.

Uma criança taubateana endereçou-lhe as seguintes palavras de comovedora simplicidade e de profundo encantamento.

Lobato doente. Provavelmente a última foto do escritor ainda vivo.

“Dr. Lobato:

Mamãe, hoje, leu p’ra mim ouvir, num jornal qualquer, uma notícia muito triste a seu respeito. A notícia dizia assim:

“O eminente escritor brasileiro Monteiro Lobato encontra-se gravemente enfermo, em S. Paulo. Seus médicos assistentes temem um desenlace fatal, proibiram qualquer visita ao insigne estilista.”

Chorei Dr. Lobato. Chorei e fui resar: pedi a Deus que o salvasse, explicando a Nosso Senhor que as crianças brasileiras não poderiam viver sem o seu grande amigo que é o senhor. E Deus me ouviu. Estou de novo contente.”

A Voz do Vale. Domingo, 13 de junho de 1948 

A morte de Monteiro Lobato

Assistimos, em S. Paulo, ao sepultamento de Monteiro Lobato. E mais do que isso, mais do que as solenidades características do ritual, vimos, emocionado, uma esplêndida consagração ao morto ilustre. A cidade vestiu-se de preto e alma do povo envolveu-se em trevas para que houvesse, assim, maior realce naquela magnifica apoteose de luz com que S. Paulo, compungido, acompanhou o cadáver do mais consagrado dos nossos escritores até à sua derradeira morada.

Cesídio Ambrogi carrega o caixão de Monteiro Lobato durante o cortejo fúnebre

Antes, durante o velório, o povo desfilou chorando diante do seu esquife. Gente da alta e da baixa. De todas as categorias sociais. De todos os credos políticos e religiosos. Operários. Magnatas da indústria. Intelectuais e estudantes. Damas ilustres. Mulheres humildes. Grãfinos. Gente da rua. Mendigos. Crianças. Crianças, sobretudo. E cenas de profunda emoção se repetiam. Lamentos. Lágrimas. Soluços surdos e abafados. Nunca escritor nenhum em nosso país teve, depois de morto, maior e mais comovedora manifestação de carinho do que Monteiro Lobato, o mais ilustre taubateano de todos os tempos.

Resta, agora, a Taubaté, prestar-lhe a memória uma grande e condigna homenagem. E esta se fará, estamos certos. Porque Lobato bem que a merece.

Multidão no funeral de Lobato
Funeral de Monteiro Lobato

A Voz do Vale. Terça-feira, 13 de julho de 1948

“Casa Monteiro Lobato”

Monteiro Lobato nasceu nesta cidade, num velho casarão da tradicional da Chácara do Visconde. Ali passou, despreocupado e feliz, os seus melhores anos casemirianos, “pés descalços, camisa aberta ao peito, braços nús”, caçando passarinhos, correndo no encalço das borboletas, deliciando-se com as mangas, chupando maracujas. E sonhando. Sonhando, sobretudo.

O prédio ainda lá está, reformando é certo, mas conservando ainda as suas inconfundíveis características. Segundo se propala, porém, seu atual proprietário, capitalista residente na capital do país, está no firme propósito de transformar a linda casa que serviu de berço ao mais ilustre dos escritores brasileiros da atualidade num hotel…

Porteira aberta, pintura feita por Monteiro Lobato oferecida à Purezinha, em 1944

Antes da morte do notável taubateano, nada se teria a opor, naturalmente, a idéia daquele senhor. Mas agora que Monteiro Lobato já não vive, seria de estarrecer se tal empreendimento fosse levado a efeito.

Os poderes públicos do município, e mesmo do Estado, estão no dever de evitar essa coisa que uma vez realizada abalará profundamente a alma romântica do povo taubateano. A exemplo do que se faz com a casa em que, em S. Luiz do Paraitinga, nasceu Oswaldo Cruz, a casa em que, em Taubaté, nasceu Monteiro Lobato, deve ser adquirida. E que se instale, depois, na “Casa Monteiro Lobato”, um museu que lembre o notável escritor falecido.

A Voz do Vale. Quinta-feira, 15 de julho de 1948

 

Lobato Sentimental

Sociais, coluna escrita por Cesídio Ambrogi

Monteiro Lobato foi, no fundo um grande sentimental. Seu coração sensível e sua alma delicadíssima se comoviam ante as coisas mais simples: o sorriso de uma criança, o vôo de um pássaro, uma velha ponte, uma árvore florida, uma paisagem, qualquer coisa, enfim, lhe despertava profundas emoções.

E sentia, sobretudo, um ascendrado amor pelo Brasil, principalmente quando o acaso o punha para além de suas fronteiras.

Veja-se, por exemplo, este trecho de uma carta sua escrita do exílio:

“Ando pensando em levantar acampamento, e eu vou para o Peru ou para… o Brasil! Sinto-me muito isolado aqui, e com saudades dos amigos. Que resta a um velho senão os amigos? Também sinto saudades das mangas e jaboticabas. Isto aqui é terra de frutas- mas faltam justamente as minhas prediletas.

Meu sonho hoje não é o prêmio Nobel- mas uma mangueira que há na fazenda do Chapadão em Campinas, que dá as melhores mangas do mundo. Não sei que nome tem. Só sei que é coisa que derrota as ambrósias dos deuses; basta lembrar-me delas, e todas as glândulas do paladar me abrem como comportas de um dique holandês”.

Haverá maior prova de amor e carinho pela nossa gente e pelas nossas coisas?

A Voz do Vale. Domingo, 1o de agosto de 1948

Onde nasceu Lobato

 Entre os que se interessaram pela aquisição, por parte dos poderes públicos, da casa em que teria nascido nesta cidade, o saudoso escritor Monteiro Lobato, surgiram algumas controvérsias: enquanto uns diziam que ela teria sido a que ainda hoje existe na velha Chácara do Visconde, outros afirmavam que lhe servira de berço o prédio que se situa atrás do jardim público, agora já demolido em parte.

Tais dúvidas, entretanto, acabam de ser dissipadas. Em carta escrita a Cesidio Ambrogi, a senhora Purezinha Monteiro Lobato, ilustre viúva do escritor, consultada, declarou o seguinte:

“Quanto a afirmações sobre a casa exata em que nasceu Lobato, posso afirmar que é a existente na Chácara do Visconde e isso por tê-lo ouvido dizer em diversas ocasiões.

A sua infância foi repartida entre a casa atrás do jardim público e as fazendas “Paraíso” e “Santa Maria”, nas proximidades de Tremembé”.

É preciso agora que não se “durma” sobre o túmulo daquele que foi o maior escritor brasileiro desta primeira metade do século e o maior e mais ilustre taubateano de todos os tempos. Urge a compra imediata do prédio citado para a fundação da “Casa de Lobato”. Taubaté precisa tornar-se com relação a Lobato no que São José do Rio Pardo se tornou em relação a Euclides da Cunha.

E nota-se que aquela cidade não foi mais que um mero “acidente” na vida do estilista de “Os Sertões”.

A Voz do Vale. Sexta-feira, 10 de setembro de 1948          

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Celly Campello

maio 9, 2013
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Roberto Carlos, Rita Lee, Raul Seixas, Renato Russo e outros ídolos do Rock Brasileiro devem muito a uma senhorita de Taubaté, A rainha do rock Celly Campelo.Na verdade Celly nasceu em São Paulo, mas veio muito cedo para Taubaté, e foi por aqui que começou uma carreira vitoriosa, formando dupla com o  irmão Tony Campello. Celly foi a primeira estrela do rock brasileiro. Com apenas 17 anos estourou nas paradas brasileiras com a música estúpido cupido. E a menina de Taubaté passou a ditar moda. Teve programa líder de audiência na TV, o primeiro dedicado ao público jovem,  foi eleita a namoradinha do Brasil, recebeu prêmios até no exterior, foi coroada a rainha do rock e se tornou um fenômeno da publicidade, que lançou em sua homenagem a boneca Celly e o chocolate Cupido. fenômeno da publicidade, que lançou em sua homenagem a boneca Celly e o chocolate Cupido. Em 1962, o primeiro ídolo do rock brasileiro anunciava a aposentadoria. Aos 20 anos,  Celly Campello abandonou a carreira para se casar. Nem o convite para apresentar o programa jovem guarda ao lado de Roberto Carlos a fez mudar de idéia.Celly Campelo faleceu em 4 de março de 2003 deixando seu nome inscrito no livro de ouro da música brasileira.

 

[box style=’note’]Saiba Mais

10 anos sem Celly Campello

11 anos sem Celly Campello

 

Vídeo Estúpido Cupido

http://www.youtube.com/watch?v=V_oJMkp4I04

 

Vídeo Banho de Lua

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[/box]
[box style=’info’] Histórias que a História Conta é uma produção do Almanaque Urupês em parceria com a Rádio Metropolitana Taubaté e é transmitido de segunda a sexta-feira no programa matinal Radar Noticioso.[/box]

1 Comment
    Talitha Maura Cunha Sapoznik says: Reply
    agosto 15th 2012, 9:28 pm

    Interessante e esclarecedor.

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Notícias do dia

Abril Boletim Efemérides Uncategorized
by almanaqueurupes

15 de abril de…

abril 15, 2021
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1873   Lei municipal obriga os proprietários de prédios  e terrenos e na sua falta os inquilinos a caiar a frente do prédio ou muro e a calçar de pedras ou tijolos a frente de suas casas ou terrenos. (Gazeta de Taubaté de 10 de junho de 1883 pág. 4).

 

1879   Lei provincial n.º 49 confirma as divisas entre os municípios de Jambeiro e Caçapava.

 

1883   A Junta Revisora da Comarca de Taubaté publica  1.ª  relação  de nomes de cidadãos da paróquia de Taubaté obrigados ao serviço de paz e guerra, da cidade, do quarteirão do bairro do Barranco, do bairro do Areão, do bairro do Tremembé e do bairro do Una e Tetequera, ao todo 66 indivíduos. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   O Sr. José Leandro inaugura linha de troles entre Taubaté e Tremembé cobrando 500 réis de ida e volta por pessoa. Sai de Tremembé às 6 h. da manhã e de Taubaté às 9 h. A hora de volta à tarde será combinada com os passageiros. O Sr. Teixeirinha está preparando animais e troles para uma outra linha. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   A alfaiataria dos srs. Leonardo & Pinto da Rua Dr.  Falcão Filho contíguo ao Largo da Matriz se chama “Alfaiataria da União”. (Gazeta de Taubaté).

 

1886   Lei provincial n.º 46 transfere para o distrito de Campos Novos de Cunha a fazenda de Daniel Gomes dos Santos Pinho.

 

1888   Telegrama procedente da Corte noticia o falecimento ali da  progenitora do Dr. Mathias Guimarães, engenheiro radicado em Taubaté, onde se encarrega do levantamento cadastral da cidade e iria ocupar o cargo de delegado de polícia. (O Liberal Taubateense).

 

1895   Realizam-se em Taubaté eleições para preenchimento de duas vagas de senadores. As eleições começam às 10 h. e as vagas de senadores decorrem da eleição do Dr. Prudente José de Moraes Barros para a Presidência da República e a da nomeação do Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves para ministro da Fazenda. As eleições se realizam em 10 seções instaladas inclusive nos bairros e no distrito de Tremembé. Há 2.260 eleitores inscritos. Os Drs. Moraes Barros e Dr. Paulo Souza obtém 387 votos cada. (O Popular).

 

1895   Após a entrada da procissão de São Benedito quando grande número de pessoas permaneciam em frente da Igreja Matriz o cocheiro da empresa de carris urbanos puxados a burro tenta atravessar a multidão com um bonde sendo impedido e preso por um popular. Não é a primeira vez que tal fato ocorre. (O Popular).

 

1898   Morre, em Taubaté, seu insigne filho D. José Pereira da Silva Barros, Arcebispo de Darnis, fundador do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e do Externato São José. Era filho do Cap. Jacinto Pereira da Silva Barros e de D. Anna Joaquina de Alvarenga, tendo nascido em Taubaté a 24 de novembro de 1835. Fez os seus primeiros estudos no Liceu que então funcionava no Convento de Santa Clara e depois fez seus estudos eclesiásticos em São Paulo. Foi vigário de Taubaté por 19 anos. Reformou a nossa Matriz. Foi de grande abnegação durante a epidemia de varíola de 1873 a 1874 que assolou Taubaté, quando lhe ocorreu a idéia de fundar o Hospital Santa Isabel. Foi bispo de Olinda e do Rio de Janeiro e Deputado Provincial. (A Folha de 17/04/1932).

 

1900   O Grupo Particular Filhos de Talma realiza no Teatro São João um espetáculo em benefício das obras do prédio da sede da Associação Artística e Literária. (Jornal de Taubaté).

 

1901   Às 8 h. na Igreja Matriz celebram-se missas pelo 3.º ano de falecimento de Dom José Pereira de Barros e pelo 1.º ano do capitão Francisco Lopes Malta. (Jornal de Taubaté).

 

1903   Morre, em Taubaté, o Sr. Francisco Soares Barbosa, casado com  D.  Maria  Soares  de  Oliveira. (Jornal de Taubaté 14 – missa 2.º aniversário).

 

1906   Realizam-se, em Taubaté, solene Te-Deum e manifestação de júbilo em homenagem ao vigário da paróquia Côn. Antônio do Nascimento Castro por ter sido agraciado por S.S. Papa Pio X, a 19 de fevereiro último com o título de Monsenhor Prelado Doméstico. No Te-Deum toca a banda Philarmônica Taubateense, na passeata cívica a banda João do Carmo, ambas de Taubaté e na residência do homenageado a banda Dr. Antônio Maria, de Tremembé, cedida pelo c.el Antônio Monteiro Patto. (O Norte).

 

1909   Lei municipal n.º 126, em virtude de ter sido a água que abastece a cidade declarada impotável e conter grande quantidade de amônia conforme exame feito a pedido do Prefeito Dr. Gastão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal pelo Laboratório de Análises Químicas do Estado, é declarado de utilidade pública e decretada a desapropriação do serviço de abastecimento de água de Taubaté que vinha sendo feito pela Companhia Norte Paulista desde… (O Norte).

 

1910   Por motivo da passagem do 12.º aniversário da morte do ilustre taubateano D. José Pereira da Silva Barros, arcebispo de Darnis, 1.º depois da criação da diocese de Taubaté, realizam-se na Catedral solenes exéquias pelo sufrágio de sua alma oficiadas pelo nosso 1.º bispo D. Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva. (O Norte).

 

1914   Noticia-se, em Taubaté, que o Dr. Oswaldo Cruz que durante muito tempo foi diretor da Saúde Pública no Rio de Janeiro acaba de ser agraciado com a Cruz da Legião de Honra. (O Norte).

 

1914   Circula o boato de que surgirá brevemente em Taubaté outro jornal de nome “O Paulista” à frente do qual estará o Prof. Bernardino Querido, colaborando Floriano de Lemos, Dr. Carlos Varella, Coelho Neto, Álvaro Guerra, Antônio Miranda e outros. (O Norte).

 

1914   Nas cerimônias da semana santa serviu a corporação musical João do Carmo, sob a regência do maestro Prof. Francisco Monteiro de Camargo. (O Norte).

 

1914   A firma Ramos & C.ia da Rua Duque de Caxias, 34, em Taubaté, compromete-se a entregar diariariamente garrafões de água de Quiririm mediante assinatura mensal a 3$000 o garrafão ou dois por 5$. Na mesma rua n.º 78 o empório Saraiva vende água de Cambuquira a $600 a garrafa para evitar os males do estômago. (O Norte)

 

1927   O Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa e a Ex.ma Sr.a D. Maria Eudóxia de Castilho Costa comemoram as suas bodas de prata matrimoniais mandando celebrar, a 19, missa em ação de graças. (Norte).

 

1932    Instala-se, em Taubaté, solenemente, o Ginásio Estadual, sob a Direção Prof. Major Acácio G. de Paula Ferreira. Constituem o seu 1.º corpo docente os professores: Cesídio Ambrogi, Joaquim Manoel Moreira, Dr. Jayme Pereira Vianna, Dr. Urbano Pereira, Dr. Pedro Barbosa Pereira, Emílio Simonetti, Clóvis Gomes Winther, Zita Conceição Rabello e maestro Fêgo Camargo. A secretaria estava a cargo do Sr. Cícero Azevedo sendo escriturária D. Carmosina Monteiro. Presente o Prefeito Municipal major João Cândido Zanani de Assis, proferiu a aula inaugural o Dr. Pedro Barbosa Pereira. (A Folha).

 

1949   Com a Catedral em reformas, a Semana Santa  é  realizada  no  Santuário de Santa Teresinha. Hoje é sexta-feira santa. (Taubaté Jornal).

____

Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu

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