Fagundes, o homem mais calmo de Taubaté

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Até 1925, Fagundes era apontado como o homem mais calmo de Taubaté. Achava graça em tudo e não fazia oposição a nada.

Quando Marcondes de Matos mandava, o Fagundes estava lá, rindo e obedecendo. Quando o mandão era Pedro Costa, ele acha tudo muito direito, que era assim mesmo a vida, um dia da caça outro do caçador. Rosnavam na cidade que a mulher do Fagundes é que não se conformava com a falta de nervos do pobre homem.

Certo dia, Fagundes mudou para o Rio de Janeiro. Tinha arranjado um emprego como secretário de um homem que controlava a distribuição de lenha e carvão na cidade.

Fagundes ficou encarregado de receber por telefone, os milhares de pedidos de encomendas que chegavam de todos os cantos da cidade. Foi aí que começou a desgraça de Fagundes.

Ele ficou doente. O Diagnostico? Esgotamento nervoso causado pelo telefone.

A perplexidade tomou conta dos amigos. Como foi possível que o homem mais calmo de Taubaté sofresse justamente dos nervos?

Segundo o próprio Fagundes, as centenas de ligações telefônicas, a eternidade para ser atendido, as ligações erradas, enfim a precariedade da telefonia acabou com seus nervos.

Eis a vida e a saúde da criatura mais feliz que havia na terra foi estragada pelo telefonia do Rio de Janeiro.

 

 Adaptação livre do texto “O Fagundes”, de Marion, publicado na Revista Fon-Fon de 8/08/1925 

 

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[box style=’info’] Histórias que a História Conta é uma produção do Almanaque Urupês em parceria com a Rádio Metropolitana Taubaté e é transmitido de segunda a sexta-feira no programa matinal Radar Noticioso.[/box]

 

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