A primeira vítima de acidente de trânsito de Taubaté

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[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]m 1903, o famoso abolicionista José do patrocínio adquiriu um carro francês movido a vapor. Certo dia convidou o poeta Olavo Bilac para experimentar o veículo.O poeta seguiu com o veículo levemente desgovernado por alguns quilômetros, deixando os transeuntes de cabelo em pé. Por fim, à incrível velocidade de três quilômetros por hora, Olavo Bilac perdeu o controle do carro e atingiu em cheio uma árvore. Esse é considerado o primeiro acidente de trânsito registrado no Brasil. Felizmente, a única vítima foi uma árvore.Pior sorte teve a taubateana Onofra Pereira Novais. Ela foi a primeira vítima do trânsito de Taubaté. Em novembro de 1915, Dona Onofra caminhava pelo largo do Mercado Municipal quando foi atingida por um automóvel em marcha ré. O veículo era dirigido por um menor de idade.Dona Onofra foi socorrida e levada para o antigo hospital Santa Isabel, mas não resistiu aos ferimentos. Onofra Pereira Novais é o nome que virou um número que inaugura uma triste estatística: a das vítimas do trânsito de Taubaté. A primeira morte causada pela imprudência e irresponsabilidade de um motorista.

 

 

[box style=’note’]  Mais

”Conta-se a propósito, que houve acidentes dos mais curiosos com alguns dêsses automóveis, especialmente na rodovia Taubaté-Tremembé, aberta com aproveitamento do antigo leito da estradinha de ferro, na qual foram construídos vários “mata-burros”, para evitar o uso da rodovia por animais ou veículos a tração animal. Nesses mata-burros, conta a crônica, mais de um ford de bigode caiu no buraco. Outro acidente, que ficou na história pela sua hilaridade, foi o acontecimento com o carro do Sr. João Marcondes que, segundo diziam, “teria embicado numa das palmeiras imperiais da Rua Conselheiro Moreira de Barros”. Depois, o automóvel foi ganhando a praça. As caleças, os tílburis, os troles e semitroles, as charretes e tudo mais não puderam continuar fazendo concorrência aos elegantes veículos a motor. Quando o século atingia a sua segunda década, foram escasseando, no entanto, as charretes, durante a Segunda Grande Guerra, concorrendo com os autos movido a gasogênio.”

Trecho retirado do livro Conversando com a Saudade de Emílio Amadei Beringhs[/box]

[box style=’info’]  Histórias que a História Conta é uma produção do Almanaque Urupês em parceria com a Rádio Metropolitana Taubaté e é transmitido de segunda a sexta-feira no programa matinal Radar Noticioso.[/box]

 

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