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Crônicas Memória Textos
by almanaqueurupes

Sintaxe caipira do Vale do Paraíba pt. 3/3

abril 9, 2012
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I. Veja a primeira parte desse artigo

II. Veja a segunda parte desse artigo

 

Cadernos de receitas

Quase todas as casas antigas têm o seu caderno de receitas, um manuscrito que atravessa gerações. As medidas, a linguagem são interessantes como vemos nas receitas abaixo, copiadas de antigo manuscrito de família:

Broa de fubá

1 prato de farinha de trigo para fermento, 2 pratos para amassar, 1 de fubá grosso passado em peneira bem fina, 8 ovos, 1 prato de gordura, açúcar até adoçar. 2 copos de leite, água até o ponto de pão. Amassa-se bem e deixa-se crescer na gamela. Depois de crescido, vai-se tirando com as mãos, em latas untadas com gordura. Forno quente.

Rosquinha de polvilho

1 pires de angu de farinha de trigo feito com leite quente. Deita-se 2 pratos de tapioca azeda, 2 de gordura mal cheio, 6 ou 8 ovos. Amolece com leite. Sal à vontade. O ponto é o de bolo de leite. Faz-se em latas untadas com gordura. Vai ao forno brando e não se tira depois de torrado.

Pão doce de nhá Cândida

Começa-se com 1 pires de farinha de trigo, de noite. Noutro dia, 3 pratos de farinha, 12 ovos, 1 tigelinha de gordura, 1 colher de canela. Açúcar o quanto queira. Faz-se na véspera, em folhas de banana e assa-se no outro dia.
Tabus alimentares

Há coisa que “não se come” porque mata:

Banana com leite, Banana com manga, Banana da terra com água, Laranja com leite, pepino com ovo; maracujá com pinga; melancia com laranja; laranja com manga; garapa com melancia; andorinha é “veneno”; melancia e uva; frutas incões (inconhas) para as mulheres que faz gerar gêmeos; tatu-canastra (grande) “come defunto”; João-de-barro, “pássaro bençoado”, guarda os domingos e dias santos; pinga com sal – quem beber “não larga mais”, pinga com pólvora – quem beber “fica louco”.

 

GENTIL EUGÊNIO DE CAMARGO LEITE -1900-1983

Mestre de latim, Português, história da civilização, francês e sociologia. Lecionou em Taubaté e Catanduva, a várias gerações, cuja inteligência e personalidade aprimorou. No magistério prestou serviços como diretor e inspetor de ensino.

Laureado jornalista, folclorista e pesquisador das nossas histórias e tradições, usos e costumes, foi um dos fundadores da “Sociedade de História e Folclore de Taubaté”, também ingressando em diversas instituições folclóricas do Brasil. Firmou também parceria com o músico taubateano Fêgo Camargo compondo várias obras ainda hoje conhecidas. Seu nome é citado em importantes dicionários de autores nacionais.
Admirado por Monteiro Lobato, em discurso proferido no Rotary Club de Taubaté, em 15/09/52, sobre o cinqüentenário dos Sertões, apresentou a idéia de instituir a “Semana Monteiro Lobato”.
A obra de Gentil de Camargo, esparsa em jornais e revistas foi reunida pela primeira vez no livro “Poesia e Prosa”.

(Fonte: Taubaté: de Núcleo irradiador de bandeirismo a centro industrial e universitário do Vale do Paraíba, de Maria Morgado de Abreu)

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Vale de Viajantes – III

setembro 27, 2012
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Veja a primeira parte desse artigo

Veja a segunda parte desse artigo

O último viajante que estudamos foi Augusto Emílio Zaluar, que faz uma descrição da estrutura física, comércio e população da cidade, na data de sua passagem, entre 1860 e 1861:

[…] já era bastante noite quando começamos a ver as primeiras casas de pobríssimo aspectos que se estendem pela beira da estrada ao entrar em Taubaté, e que, é forçoso confessar, bem mostram a miséria de seus tristes habitantes.

Algumas velhas casinhas de caipiras e choupanas de mendigos formam êsse prolongamento da cidade, que lá mais adiante contém talvez uma das povoações mais numerosas e compactas de quantas vimos bordar o comprido trajeto do norte da província.

Taubaté é uma cidade grande, populosa, ativa, porém triste e pesada, como tôdas as povoações fundadas sob a influência do espírito monástico.

Ruas muito compridas, adornadas de um e outro lado por casas de aspecto sombrio e de uma regularidade monótona, são cortadas por outras tantas vielas onde as construções arquitetônicas não se afastam, por via de regra, da forma estabelecida, e vão dar em praças em que domina o  mesmo estilo, tendo apenas estas a diferença de se observar nelas alguns templos dignos de atenção pela sua vetusta e religiosa grandeza.

Algumas construções modernas e mesmo luxuosas casas de residência se têm edificado todavia nesses últimos anos, que denotam desenvolvimento local e o espírito laborioso de seus habitantes.

Aqui residem proprietários e ricos fazendeiros que dispõem de avultadas fortunas, a quem não falta gôsto e mesmo a instrução.

É a cidade de maiores proporções e de mais movimento que até agora temos visitado na província de S. Paulo. Comércio animado, alguns ramos de indústria cultivados com decidida vontade local, excelentes ourives de prata, e aos domingos um mercado abundante fornecido por todos os gêneros indispensáveis aos usos da vida, e concorrido por numerosos compradores e concorrentes, são mais do que suficientes dados para se fazer idéia que nesta povoação há vida, elementos de progresso e aspirações louváveis.

A população do município pode computar-se, talvez sem receio de errar, em26 a30.000 almas. Não possuo no entanto dado algum positivo a êste respeito.

[…] Quanto à produção do café neste município não temos dados que nos possam com exatidão designar o número de arrobas que se colhem por ano, afirmando todavia que não é insignificante; e pela abundância do mercado devemos concluir que se cultivam aqui em grande escala os gêneros alimentícios.

Os Taubatèanos são hospitaleiros e amigos de ilustrar-se, se bem que a instrução pública […]  já teve uma época de mais florescente desenvolvimento, que esperamos em bem dêste povo ver novamente ativar-se.

[…] As três freguesias que se compõe êste município, fora a da cidade, são a de Tremembé, Buquira e Paiolinho.

[…] Em Taubaté ainda se usa muito de mantilhas, não só na classe baixa como entre algumas senhoras mais distintas.

Este gênero de traje e o aspecto sombrio da cidade concorrem para dar à povoação em certo cunho de vetustez, que faz lembrar algumas cidades espanholas e os costumes severos do séculos anteriores.

Em frente da cidade vê-se uma colona um tanto elevada e coberta de grama na superfície pouco desigual onde dizem que existiu primitivamente a aldeia dos índios Guainazes, que deram a êste lugar o nome de Taubaté, que entre eles queria dizer aldeia alta. (ZALUAR, 1975)

Zaluar fez, entre os três, o relato mais completo sobre Taubaté. Sua passagem pela cidade compreende o período de ascensão da produção cafeeira, quando Taubaté já estava entre as maiores produtoras de café do Vale, ficando atrás apenas de Areias e Bananal, respectivamente.[1]

Grupo de escravos no mercado. Thomas Ender, 1821

O viajante enxergou uma cidade de aspecto pobre e triste, apesar do comércio animado, e dos prédios luxuosos encontrados na cidade. Como citado anteriormente, a data da passagem de Zaluar compreende o Ciclo do Café. É importante ressaltar que a cultura cafeeira possibilitou o crescimento das cidades. O cafeeiro necessitava de melhorias nas vias de comunicação para o seu escoamento, e essas, por sua vez, promoviam o desenvolvimento do meio urbano. Esse desenvolvimento aparece como reflexo do enriquecimento do meio rural. As casas mais luxuosas expressam os lucros obtidos pela minoria senhorial, contrastando com a grande miséria encontrada pelas categorias subalternas negligenciadas pela historiografia taubateana[2], apesar de no centro urbano, principalmente a partir da década de 1850, ter aumentado o contingente de profissionais e o visível desenvolvimento técnico e cultural da cidade a partir de seus pólos mais habitados, as zonas periféricas – de onde advinham as pessoas que formavam o evidente contraste social presente em Taubaté até os dias de hoje.

O viajante observou a importância da cidade e a sua grande movimentação, fazendo-o classificar Taubaté como a cidade de maior proporção que até então teria visitado. O café não impediu o desenvolvimento das cidades; a cidade era sustentada pelo próprio café (COSTA, 1988). Zaluar cita que a produção de café existente na cidade não deve ter sido insignificante e, em outra observação, pela abundância de gêneros alimentícios encontrados pelo viajante conclui que a produção desses gêneros devia ser feita, também, em grande escala[3]. Essa produção era feita para suprir as necessidades do mercado que, pelo desenvolvimento da cafeicultura, os produtores da rubiácea não poderiam utilizar suas terras para a produção dos gêneros alimentícios de sua necessidade.

Convento de Santa Clara. Thomas Ender, 1821

No entanto, Zaluar não enxergou as transformações causadas pela ascensão da economia cafeeira na região, porque, apesar da riqueza gerada, ela era pouco refletida na aparência física da cidade. A maioria das construções, ainda na década de 1860, continuavam singelas. Em outro momento, Zaluar apresenta um quadro de alto crescimento populacional, porém erra ao estimar a existência de mais de 20 mil habitantes na cidade. Essa quantidade só teria sido atingida após 1870, quando, no censo de 1872, Taubaté contabilizava 20.847 habitantes[4].


[1] O café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, conseqüentemente, a locomotiva da economia nacional e, a partir de 1830. O Vale do Paraíba tornou-se o núcleo econômico da Província de São Paulo devido à lavoura cafeeira. As primeiras cidades a realizar essa produção foram Areias e Bananal, essa última mantendo-se a maior produtora até os últimos anos do século XIX. Taubaté aparece como a terceira maior produtora já na década de 1850, ocupando o segundo posto por volta de 1870, (cf. MARCONDES, 2006, p. 4)

[2] Cf ABREU, 1992, e ANDRADE, 1996. Em nenhuma delas as categorias subalternas são apresentadas como agentes da história.

[3] Ao apresentar os dados de produção de café de Taubaté, Zaluar afirmava a dificuldade de obter informações

sobre o volume colhido (cf. ZALUAR, 1975, p. 104). Tal afirmação também pode ser estendida para as demais localidades. A partir dessa observação fica clara qual era a função da cidade naquele período. Apesar da forte ascensão econômica adquirida pela cidade, o capital não era diretamente investido em infra-estrutura ou na paisagem da cidade. Portanto, a função da cidade era de fornecer materiais para o campo ou como ponto de parada para viajantes ou negociantes.

[4] De acordo com o recenseamento de 1872, havia em Taubaté 16.725 habitantes livres e 4.122 escravos, totalizando 20.847 habitantes (MARCONDES, 2006, p. 7). Esse recenseamento foi concluído em 1874.

Veja a quarta parte desse artigo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, Maria Morgado de. Taubaté: de núcleo irradiador de bandeirismo a centro industrial e universitário do Vale do Paraíba. 2ª ed. Taubaté – SP: Taubateana, 1991

ABREU, Maria Morgado de, ANDRADE, Antônio Carlos de Argôllo. História de Taubaté através de textos. Taubaté, São Paulo. 1996 (Taubateana nº 17)

ALVES, M. M. Caminhos da pobreza. A manutenção da diferença em Taubaté, 1680-1729. Taubaté: Taubateana, nº18, 1999.

CAZAL, Manuel Ayres de. Corografia brasílica. Rio de Janeiro 1817, Reimpressa na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SC, em 1918

MARCONDES, Renato Leite. A propriedade escrava no Vale do Paraíba paulista durante a década de 1870. in XXIX Encontro Nacional de Economia da ANPEC. Disponível em: http://www.anpec.org.br/encontro2001/artigos/200101028.pdf.  Acessado em 18 de novembro de 2006

MEDEIROS LAHUERTA, F. Viajantes e a construção de uma idéia de Brasil no ocaso da colonização (1808-1822).  Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales.  Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2006, vol. X, núm. 218 (64). Disponível em: http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-218-64.htm. Acesso em 10 de jul de 2006

PANDOLFI, Fernanda C.. Imaginário e viajantes no Brasil do século XIX: cultura e cotidiano, tradição e resistência. História., Franca, v. 22, n. 2, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742003000200018&lng=en&nrm=iso. Acessado em 21 Setembro de 2006.

SAINT-HILAIRE, Auguste de, 1779-1853. Segunda viagem a São Paulo e quadro histórico da Província de São Paulo / Auguste de Saint-Hilaire ; tradução e in trodução de Afonso de E. Taunay. — Brasília : Senado Federal, Conselho Editorial, 2002.

SOTO, Maria Cristina Martinez. Pobreza e conflito Taubaté 1860 – 1935.  São Paulo: Annablume Editora, 2001

TOLEDO, Francisco de Paula. História do Município de Taubaté. 2ª Ed. Taubaté, 1976 (Taubateana nº 6)

VIOTTI DA COSTA, Emília. Da senzala à colônia. 4ª ed. – São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1988ZALUAR, Augusto Emílio. Peregrinação pela Província de São Paulo (1860 1861).. São Paulo: Livraria Itatiaia Editora do Brasil Ltda. Editora da Universidade de São Paulo (Coleção Reconquista do Brasil vol. 23)

____________________

Angelo Rubim é historiador, produtor do Almanaque Urupês.

Há 130 anos nascia Felix Guisard Filho

março 31, 2020
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Ele foi médico, historiador e prefeito de Taubaté

Há 130 anos, em 31 de março de 1890, nascia em Raiz da Serra, Rio de Janeiro, Felix Guisard Filho, idealizador da Biblioteca Taubateana de Cultura, primeira coleção de livros dedicados a história local e responsável pela criação do Museu Histórico de Taubaté, a primeira instituição cultural pública da cidade em 1935.

Guisard Filho veio para Taubaté com apenas um ano de idade, quando seu pai, Felix Guisard, fundou a CTI, em 1891. Formou-se em Ciências e Letras no Colégio São Luiz de Itu e em Medicina na Faculdade do Rio de Janeiro. Estudou grego antigo e latim, falava francês  e espanhol. Conhecia italiano e um pouco de japonês.

Foi professor da escola de  Farmácia e Odontologia de Pindamonhangaba. Fazia operações cirúrgicas no Hospital Santa Isabel, onde foi provedor e diretor clínico. Clinicou por 10 anos em Taubaté até deixar a área para ser diretor e depois presidente da CTI (Companhia Taubaté Industrial).

Corpo Clínico do Hospital Santa Isabel em 1938 na data do jubileu profissional do seu diretor, o Dr. Urbano Figueira. Em pé, da esquerda para a direita: Drs. Hugo Di Domênico, Antonio Gama Rodrigues, Felix Guisard Filho, José Gregório Moreira e João Afonso Vieira. Ao seu lado o enfermeiro Américo Monteli. Sentados: Drs. José Ortiz Monteiro Patto, Hipólito José Ribeiro, João Urbano Figueira, José Luiz Cembranelli e Alcides Mello Ramalho. Imagem: Mistau
Corpo Clínico do Hospital Santa Isabel em 1938 na data do jubileu profissional do seu diretor, o Dr. Urbano Figueira. Em pé, da esquerda para a direita: Drs. Hugo Di Domênico, Antonio Gama Rodrigues, Felix Guisard Filho, José Gregório Moreira e João Afonso Vieira. Ao seu lado o enfermeiro Américo Monteli. Sentados: Drs. José Ortiz Monteiro Patto, Hipólito José Ribeiro, João Urbano Figueira, José Luiz Cembranelli e Alcides Mello Ramalho. Imagem: Mistau

Possuía uma biblioteca com 11 mil volumes e era membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de São Paulo e Brasileiro. Publicou 23 volumes sobre a história de Taubaté, Vale do Paraíba e Litoral Paulista. Pertencia à Associação Brasileira de Imprensa.

Renunciou ao cargo de vereador em 1917 e foi prefeito de Taubaté entre 1952 e 1955.

Cartaz da campanha de Felix Guisard Filho para prefeito. (Acervo Memorial Guisard.)

Era casado com Maria Eulália Monteiro e teve 4 filhos: Letícia, Maria Cecília, Felix Guisard Neto e José Luis Jacques.

Faleceu em 6 de outubro de 1964.

[colored_box color=”yellow”] Bibliografia

“Felix Guisard: olhando o passado” de Maria Cecília Guisard Audrá

“Contribuição à história de Taubaté: denominação de vias e logradouros públicos” de Umberto Passarelli [/colored_box]

1 Comment
    Sintaxe Caipira do Vale do Paraíba. pt. 2/3 : Almanaque Urupês says: Reply
    agosto 22nd 2012, 6:59 pm

    […] […]

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Notícias do dia

Abril Boletim Efemérides Uncategorized
by almanaqueurupes

15 de abril de…

abril 15, 2021
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1873   Lei municipal obriga os proprietários de prédios  e terrenos e na sua falta os inquilinos a caiar a frente do prédio ou muro e a calçar de pedras ou tijolos a frente de suas casas ou terrenos. (Gazeta de Taubaté de 10 de junho de 1883 pág. 4).

 

1879   Lei provincial n.º 49 confirma as divisas entre os municípios de Jambeiro e Caçapava.

 

1883   A Junta Revisora da Comarca de Taubaté publica  1.ª  relação  de nomes de cidadãos da paróquia de Taubaté obrigados ao serviço de paz e guerra, da cidade, do quarteirão do bairro do Barranco, do bairro do Areão, do bairro do Tremembé e do bairro do Una e Tetequera, ao todo 66 indivíduos. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   O Sr. José Leandro inaugura linha de troles entre Taubaté e Tremembé cobrando 500 réis de ida e volta por pessoa. Sai de Tremembé às 6 h. da manhã e de Taubaté às 9 h. A hora de volta à tarde será combinada com os passageiros. O Sr. Teixeirinha está preparando animais e troles para uma outra linha. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   A alfaiataria dos srs. Leonardo & Pinto da Rua Dr.  Falcão Filho contíguo ao Largo da Matriz se chama “Alfaiataria da União”. (Gazeta de Taubaté).

 

1886   Lei provincial n.º 46 transfere para o distrito de Campos Novos de Cunha a fazenda de Daniel Gomes dos Santos Pinho.

 

1888   Telegrama procedente da Corte noticia o falecimento ali da  progenitora do Dr. Mathias Guimarães, engenheiro radicado em Taubaté, onde se encarrega do levantamento cadastral da cidade e iria ocupar o cargo de delegado de polícia. (O Liberal Taubateense).

 

1895   Realizam-se em Taubaté eleições para preenchimento de duas vagas de senadores. As eleições começam às 10 h. e as vagas de senadores decorrem da eleição do Dr. Prudente José de Moraes Barros para a Presidência da República e a da nomeação do Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves para ministro da Fazenda. As eleições se realizam em 10 seções instaladas inclusive nos bairros e no distrito de Tremembé. Há 2.260 eleitores inscritos. Os Drs. Moraes Barros e Dr. Paulo Souza obtém 387 votos cada. (O Popular).

 

1895   Após a entrada da procissão de São Benedito quando grande número de pessoas permaneciam em frente da Igreja Matriz o cocheiro da empresa de carris urbanos puxados a burro tenta atravessar a multidão com um bonde sendo impedido e preso por um popular. Não é a primeira vez que tal fato ocorre. (O Popular).

 

1898   Morre, em Taubaté, seu insigne filho D. José Pereira da Silva Barros, Arcebispo de Darnis, fundador do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e do Externato São José. Era filho do Cap. Jacinto Pereira da Silva Barros e de D. Anna Joaquina de Alvarenga, tendo nascido em Taubaté a 24 de novembro de 1835. Fez os seus primeiros estudos no Liceu que então funcionava no Convento de Santa Clara e depois fez seus estudos eclesiásticos em São Paulo. Foi vigário de Taubaté por 19 anos. Reformou a nossa Matriz. Foi de grande abnegação durante a epidemia de varíola de 1873 a 1874 que assolou Taubaté, quando lhe ocorreu a idéia de fundar o Hospital Santa Isabel. Foi bispo de Olinda e do Rio de Janeiro e Deputado Provincial. (A Folha de 17/04/1932).

 

1900   O Grupo Particular Filhos de Talma realiza no Teatro São João um espetáculo em benefício das obras do prédio da sede da Associação Artística e Literária. (Jornal de Taubaté).

 

1901   Às 8 h. na Igreja Matriz celebram-se missas pelo 3.º ano de falecimento de Dom José Pereira de Barros e pelo 1.º ano do capitão Francisco Lopes Malta. (Jornal de Taubaté).

 

1903   Morre, em Taubaté, o Sr. Francisco Soares Barbosa, casado com  D.  Maria  Soares  de  Oliveira. (Jornal de Taubaté 14 – missa 2.º aniversário).

 

1906   Realizam-se, em Taubaté, solene Te-Deum e manifestação de júbilo em homenagem ao vigário da paróquia Côn. Antônio do Nascimento Castro por ter sido agraciado por S.S. Papa Pio X, a 19 de fevereiro último com o título de Monsenhor Prelado Doméstico. No Te-Deum toca a banda Philarmônica Taubateense, na passeata cívica a banda João do Carmo, ambas de Taubaté e na residência do homenageado a banda Dr. Antônio Maria, de Tremembé, cedida pelo c.el Antônio Monteiro Patto. (O Norte).

 

1909   Lei municipal n.º 126, em virtude de ter sido a água que abastece a cidade declarada impotável e conter grande quantidade de amônia conforme exame feito a pedido do Prefeito Dr. Gastão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal pelo Laboratório de Análises Químicas do Estado, é declarado de utilidade pública e decretada a desapropriação do serviço de abastecimento de água de Taubaté que vinha sendo feito pela Companhia Norte Paulista desde… (O Norte).

 

1910   Por motivo da passagem do 12.º aniversário da morte do ilustre taubateano D. José Pereira da Silva Barros, arcebispo de Darnis, 1.º depois da criação da diocese de Taubaté, realizam-se na Catedral solenes exéquias pelo sufrágio de sua alma oficiadas pelo nosso 1.º bispo D. Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva. (O Norte).

 

1914   Noticia-se, em Taubaté, que o Dr. Oswaldo Cruz que durante muito tempo foi diretor da Saúde Pública no Rio de Janeiro acaba de ser agraciado com a Cruz da Legião de Honra. (O Norte).

 

1914   Circula o boato de que surgirá brevemente em Taubaté outro jornal de nome “O Paulista” à frente do qual estará o Prof. Bernardino Querido, colaborando Floriano de Lemos, Dr. Carlos Varella, Coelho Neto, Álvaro Guerra, Antônio Miranda e outros. (O Norte).

 

1914   Nas cerimônias da semana santa serviu a corporação musical João do Carmo, sob a regência do maestro Prof. Francisco Monteiro de Camargo. (O Norte).

 

1914   A firma Ramos & C.ia da Rua Duque de Caxias, 34, em Taubaté, compromete-se a entregar diariariamente garrafões de água de Quiririm mediante assinatura mensal a 3$000 o garrafão ou dois por 5$. Na mesma rua n.º 78 o empório Saraiva vende água de Cambuquira a $600 a garrafa para evitar os males do estômago. (O Norte)

 

1927   O Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa e a Ex.ma Sr.a D. Maria Eudóxia de Castilho Costa comemoram as suas bodas de prata matrimoniais mandando celebrar, a 19, missa em ação de graças. (Norte).

 

1932    Instala-se, em Taubaté, solenemente, o Ginásio Estadual, sob a Direção Prof. Major Acácio G. de Paula Ferreira. Constituem o seu 1.º corpo docente os professores: Cesídio Ambrogi, Joaquim Manoel Moreira, Dr. Jayme Pereira Vianna, Dr. Urbano Pereira, Dr. Pedro Barbosa Pereira, Emílio Simonetti, Clóvis Gomes Winther, Zita Conceição Rabello e maestro Fêgo Camargo. A secretaria estava a cargo do Sr. Cícero Azevedo sendo escriturária D. Carmosina Monteiro. Presente o Prefeito Municipal major João Cândido Zanani de Assis, proferiu a aula inaugural o Dr. Pedro Barbosa Pereira. (A Folha).

 

1949   Com a Catedral em reformas, a Semana Santa  é  realizada  no  Santuário de Santa Teresinha. Hoje é sexta-feira santa. (Taubaté Jornal).

____

Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu

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