O agente secreto que descobriu o xisto betuminoso em Taubaté

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Militar, agente secreto, escritor, tradutor, linguista, poliglota, filósofo e finalmente cônsul. Esse currículo fez do capitão Richard Francis Burton, para muitos, o protagonista de algumas das mais incríveis aventuras da história. Suas peripécias são contadas em dezenas de livros, HQs, filmes e documentários.

Durante um curto período, Burton foi cônsul da Grã-Bretanha no Brasil. Em 1866, esteve em Taubaté para analisar a “pedra que arde” existente no subsolo de Tremembé. Experiente no assunto, constatou que se tratava de xisto betuminoso.

Richard Francis Burton ( http://burtoniana.org/ )

Décadas antes da pregação de Monteiro Lobato, esta descoberta fez o britânico acreditar que havia petróleo no Brasil. “Começo por dizer que não duvido um só instante de sua existência”, afirmou.

“Taubaté para mim é um lugar excessivamente simpático”

Richard Burton

O informante

A existência de combustíveis minerais no Brasil já havia sido registrada por um “compatriota” de Burton. Foi Edmund Morewood, proprietário do Colégio São João Evangelista de Taubaté.

O descobridor

“Parti de Taubaté assegurando ao meu amigo Dr. Moreira de Barros a quem é devida toda glória da descoberta.”

Burton citava Antonio Moreira de Barros

O explorador

“Para me certificar da existência do verdadeiro carvão de pedra, fui visitar com o tenente-coronel José Francisco Monteiro uma colina situada uma légua ao sul do Vale do Paraíba.”

Monteiro, futuro Visconde de Tremembé, se tornaria sócio da Companhia de Gás e Óleos Minerais de Taubaté, exploradora do xisto de Tremembé.

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