Meire Pavão

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Citada na música “Festa de Arromba” de Roberto e Erasmo Carlos, Meire Pavão é de Taubaté

Iê-Iê-Iê

Nascida em Taubaté, Meire Pavão começou a carreira ainda criança e participou do Conjunto Alvorada. Estourou nas rádios com a canção “O que eu faço do latim?”, versão de uma música italiana. Dentre seus sucessos estão Família Buscapé e Rainha da Juventude.

Let´s twist

Pavão foi considerada a Rainha do Twist, a “mania mundial” do começo dos anos de 1960. A dança, nascida nos Estados Unidos, teve origem nos ritmos do rock e jazz e foi muito criticada por ser considerada sensual.

Meire era Maria

Batizada de Antonia Maria Pavão, ganhou o nome artístico de Meire Pavão do apresentador Ademar Dutra no programa “Festival da Juventude” da TV Excelsior.

Música na veia

Ela era filha do maestro Teotônio Pavão (criador do Conjunto Alvorada e empresário de Meire) e irmã de Albert Pavão, um dos pioneiros do rock brasileiro, interprete da música “Vigésimo Andar”. Os dois gravaram juntos o disco “Família Buscapé”.

Conjunto Alvorada

Festa de Arromba

Sucesso no período de transição entre o Rock and Roll de Celly Campello e a Jovem Guarda de Wanderléia, Meire é citada na letra da música “Festa de Arromba”, de Roberto e Erasmo Carlos.

“Enquanto Prini Lorez

Bancava o anfitrião

Apresentando a todo mundo

Meire Pavão

Wanderléia e Cleide desistia

De agarrar um doce

Que do prato não saia

Hey, hey, hey, hey

Que onda

Que festa de arromba.”

Dos 16 pioneiros do rock, três eram de Taubaté

“Naquele momento, meados de 1965, Erasmo Carlos estava nas paradas com seu primeiro sucesso nacional: Festa de arromba. A própria música já sugeria um programa e seu elenco inteiro, uma grande festa reunindo os principais artistas do chamado iê-iê-iê. E a TV Re“cord não precisava mais do que isso para fazer um programa: uma música de sucesso e um cantor. Erasmo escreveu Festa de arromba depois de participar de um programa do Chacrinha na TV Excelsior, no fim de 1964. Era um daqueles programas especiais de final de ano, com todo o elenco da emissora reunido. Erasmo saiu dali com a ideia de retratar aquele clima festivo numa canção que reunisse os principais artistas de rock da época. E ele então descreveu uma festa que não existiu, tendo como cenário uma mansão com piscina e vários andares por onde se espalham os convidados. A letra de Festa de arromba cita dezesseis nomes da música jovem do Rio e de São Paulo. E Erasmo foi salomônico na escolha, pois dividiu o elenco da festa entre oito paulistas e oito cariocas, com o claro objetivo de agradar a fãs e discjockeys das duas principais cidades do país. A canção começa citando três nomes de São Paulo: Ronnie Cord,,Prini Lorez e Meire Pavão. Depois cita três do Rio: Wanderléa, Cleide Alves e a banda Renato e seus Blue Caps. Em seguida mais três paulistas: The Clevers, The Jet Blacks e The Bells[…] “exemplo, da dupla Leno e Lílian, lançada em 1966; como também o da cantora Martinha, que só apareceu no final daquele ano. Outros possíveis participantes daquela festa, como Eduardo Araújo e Sérgio Reis, também despontaram nas paradas depois de 1965. Alguém que pode reclamar alguma coisa é Wan-derley Cardoso, que era um cantor de sucesso na época. Já a não inclusão de Celly Campello foi proposital. Ela era uma senhora casada e afastada da carreira artística. O que estaria fazendo naquela festa?”

Trecho de Roberto Carlos em Detalhes, de Paulo César Araújo.

Quase baleada

Ao participar do programa do apresentador Nivaldo Quessa na Rádio Difusora de São Caetano do Sul, Meire viveu uma situação inusitada. Ao entrar no palco para cantar “Bem Bom” viu o apresentador ser atingido por um tiro disparado por uma fã enciumada. A agressora, que por pouco não acertou a cantora, foi desarmada pelo pai de Meire.

Fim

Encerrou a carreira em 1969 para cursar Ciências Sociais na USP. Depois de concluído o curso, voltou a se dedicar à música gravando canções infantis. Morreu em 2008.

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