22 de janeiro de…

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1502   André Gonçalves e Américo Vespúccio descobrem o porto a que deram nome de Rio de São Vicente. (Rio Branco, Ef. p. 40).

 

1532   Martim Afonso de Sousa, vindo do sul e já reunido a seu irmão Pero Lopes de Sousa que fora explorar o Rio da Prata, funda a Vila de São Vicente. (Rio Branco, Ef. p. 41).

 

1532   É fundada a cidade de São Vicente que viria a ser cabeça da Capitania. (Jornal de Taubaté, 22/01/1905).

 

1565   Estácio de Sá parte de São Vicente com a expedição que ia fundar a cidade do Rio de Janeiro e expulsar os tamoios e franceses. (Rio Branco, Ef. p. 41).

 

1646   Texto do 1.º Testamento e Inventário da Vila de São Francisco das Chagas de Taubaté que em outubro de 1884 ainda existia no cartório de órfãos do Sr. Manoel Vaz de Toledo Jr. que o fez decifrar, copiar e publicar na Gazeta de Taubaté de 15 de outubro de 1884:

“Saybão quantos esta sedula de testamento que no ano de Nascimento de noso sn. Xptº, na era de mil e seiscentos e quarenta e seis anos estando eu em meu uso perfeito ordenei esta cédula de testamento para descargo de minha consciência.

Em nome de Jesus amen emconmendo a minha alma ao nosso Senhor Jesus Cristo pois me remio com o seu sangue prisioza e a sua Santissima mãe sue minha emtersesora para com o seu bendito filho e me perdoe meus pecados e me leve a sua venhaventuransa. Declaro que sou casada com João da Cunha Gago na fase da igreja de que tivemos os filhos seguintes.

Declaro que temos hã fª primeira por nome Mariana João Manoel Antônio Isabel Breatis Matias filº de legitimo matrimonio. Declaro que são meus herdeiros. Declaro que minha fª Mariana he cazada com Manoel Ferera Lobo. Declaro que lhe demos de dote seis pesa he 4rapas o gentio da tera. Declaro lhe demos mais oito vacas. Declaro mais q’lhe demos sento he oito varas de pano dalgodão nove pesas de taramenti hõ manto de seda há saio de baeta que seano entrar nas partilhas com os outros motivo declarado. Declaro q dexo a meu marido João da Cunha per meu testamentero de qe me mandara dizer tres misas ao benaventurado São frco. a nosa Sra. do Rosayro duas a nosa Sra. da Gloria tres a nosa Sra. da piedade deixo mais a santa misericordia hu pataca de esmola. Manda que me enterr na igreia do benoventurado São fco. de que me dirão o dia do meu enterramento dos defuntos hua misa declaro q’deixo o remanescente de minha tersa e meu marido João da Cunha despois que fizer e cunprir ariba declarado. Declaro q temos en ter cazal vinte pesas entre grandes e piquenos declaro que não serão vendidas. Declaro temos dezeseis pataquas de q se vai gastando na minha enfermidade. Por aqui a bo per bem esta sedula de testamento por acabada de mando a yustisa de sua mgde q esta gdem. e cumpra por ser mnha ultima i dradeira vonatde rogui a Alvaro Ortiz Cardozo que esta fizese e asenase como testemunha em os dezaseis dias do mês de yaneiro mil seis sentos e corenta e seis aunos. Asino Arogo da testadora. Francº Roiz Ramaleo como testemunha Domingas Ribas. Asenso Dias de Macedo (Juiz Ordinário) cumpra-se como nella se conteyem Sam Francisco de Assis em tahibaté 22 de yaneyro de 1646 Jhoan de o campo ymedina (presbitero vigayro desta villa de S. Francº de Asis em Tahibaté) Estevão da Cunha (Segue-se inventário pelo qual se verifica que entre outros ens móveis e escravos (vinte peças de serviço obrigatório) a defunta DOMINGAS RIBEIRA deixou uma fazenda de uma légua de terras em quadra da banda da serra dos guarulhos correndo rio abaixo da paraiba)”.

 

1804   Nasce, em Pindamonhangaba, o Barão, depois Visconde de Pindamonhangaba Francisco Marcondes Homem de Mello, filho do ajudante José Homem Mello e de D. Maria Marcondes de Andrade. Foi sucessivamente sargento-mor, capitão-mor, major e coronel. Pertencia ao partido conservador e em 1842 tomou posse do cargo de vereador suplente da Câmara Municipal de Pinda que substituiu a câmara revolucionária que se rebelou contra o governo. Chefiou o partido conservador de Pinda com Padre Francisco de Paula Toledo. Em 1850 foi agraciado com a comenda da Ordem de Cristo. Durante a Guerra do Paraguai prestou relevantes serviços ao governo imperial tanto com dinheiro como com escravos que mandou para o teatro da guerra. Por isso o agraciou com o título de Barão de Pindamonhangaba (o 2.º deste título) por decreto – de 7 de julho de 1867. Ainda em atenção aos serviços prestados à Religião, à Caridade, e à Pátria foi agraciado por decreto imperial de 19 de setembro de 1877 com o título de Visconde de Pindamonhangaba. Casou-se duas vezes, com D. Anna Francisca de Mello e depois com D. Antônia M. de Oliveira Godoy, filha de Claro Monteiro do Amaral. Morreu a 14 de janeiro de 1881. É pai do Barão Homem Mello. (Athayde Marcondes – Pinda 250 anos – pág. 175 e 176).

1808   Chega à Bahia a maior parte da esquadra que conduzia a família real portuguesa, a corte e governo do reino. A 26 prosseguiram viagem para o Rio de Janeiro, onde já haviam chegado algumas princesas, 17 de janeiro. (Rio Branco, Ef. p. 42).

 

1826   O Imperador D. Pedro I forma o primeiro Senado do Império, escolhendo os seus membros nas listas apresentadas pelo corpo eleitoral. (Rio Branco, Ef. p. 43).

1862   Nasceu, em Teófilo Otoni – MG, o Sr. Félix Guisard, benemérito industrial. Em 1905 era vereador à Câmara de Taubaté e membro do diretório do Partido Republicano local. Era colaborador desse jornal. (Jornal de Taubaté).

1883   Forte tempestade se abate sobre Taubaté prejudicando  casas  e árvores e a lavoura. (Gazeta de Taubaté de 25). No alto São José e bairro das Caveiras desabam casas perecendo neste último bairro uma senhora vítima do desmoronamento. (Gazeta de Taubaté).

 

1886   O célebre pintor brasileiro Pedro Américo chega a Pindamonhangaba para tirar cópia dos retratos dos pindamonhangabenses que fizeram parte da Guarda de Honra do Príncipe Regente D. Pedro a fim de pintar a sua grande obra o quadro “Independência ou Morte”. (Athayde Marcondes – Pinda 250 anos – pág. 13 no fim do volume).

 

1890   O Sr. José Francisco dos Santos Prainha muda-se para Caçapava depois de ter aqui residido por muitos anos. (Jornal do Povo).

 

1891   Morre Benjamim Constant o grande propagan-dista da República. (A Federação de 24/1/1913).

 

1895   A Comissão revisora do código municipal de  posturas se reúne e divide a tarefa: o eng. Dr. Mathias Guimarães estuda divisão da cidade, calçamento, estradas, água e esgotos; Dr. Amorim: polícia, divertimentos, iluminação; Tindall e Moura: comércio, agricultura, viação, mata-douro; Dr. Barata: higiene, profissões liberais, carne e esgotos; Tindal e Moura: disposições gerais, arrecadação de impostos, administração, empregados da Câmara, etc. (O Imparcial).

 

1895   Encontra-se em Taubaté, devendo seguir amanhã para o Rio, o alferes Celestino Moura do 59º Regimento de Cavalaria desta cidade que por ocasião da revolta da armada seguiu com o contingente taubateano para o sul em defesa da lei. (O Imparcial).

 

1895   O Sr. Salvador Giunta, negociante na praça, faz doação ao Hospital de Santa Isabel de uma mesa para operações. (O Imparcial).

 

1895   O sócio Veríssimo Landsmann retira-se da sociedade Lobato & Landsmann que se transforma na firma individual do sócio rema-nescente de Francisco Lobato de Toledo. (O Imparcial).

 

1897   Morre no Palácio Arquiepiscopal do Rio de Janeiro o arcebispo D. João Esberard, vítima de arteriosclerose. Nasceu em Barcelona a 10 de outubro de 1843 vindo logo para o Brasil em companhia de seus pais Thiago Fernandes Esberard e Antônia Esberard. Em 1890 foi nomeado Bispo de Olinda em substituição a Dom José Pereira da Silva Barros de que era coadjutor. Em 1894, a 22 de agosto, tomou posse do recém-criado arcebispado do Rio de Janeiro em que se deu a injusta preterição do ilustre taubateano Dom José Pereira da Silva Barros então Bispo daquela diocese com a saúde já abalada. (Diário de Taubaté).

 

1898   Estréia no Teatro São João em Taubaté a trupe do prestidigitador Faure Niculay, acolita-do por três senhoritas, quando se exibirá também um aperfeiçoado cinematógrafo. Tra-ta-se da Companhia Francesa de Variedades. (Diário de Taubaté).

 

1898   Divulga-se a notícia do falecimento, no Rio de Janeiro, do musicista Gregório de Rezende, natural de Itajubá e que residindo em Taubaté onde exercia o ofício de ferreiro foi aqui muito apreciado e estimado. (Diário de Taubaté).

 

1898   Dec. Estadual n.º 520, assinado pelo Sr. Francisco A. Peixoto Gomide, determina que o primeiro traçado da Estrada de Ferro de São Sebastião a Minas Gerais passará por Taubaté aproveitando-se os trabalhos da Estrada de Ferro Taubaté-Ubatuba na forma do art. 6.º da Lei n.º 422. (Diário de Taubaté).

 

1898   Decreto estadual n. 520, assinado por Francisco A. Peixoto Gomide vice-presidente do Estado em exercício, em execução das leis ns. 29 de 9 de junho de 1892 e 422 de 29 de julho de 1896 e tendo em vista parecer da Inspetoria de Estrada de Ferro e Navegação que dispensa oneroso estudo definitivo, determina que o traçado da Estrada de Ferro São Sebastião às raias de Minas Gerais passe por Taubaté com aproveitamento dos traba-lhos da Empresa de Estrada de Ferro de Taubaté a Ubatuba e autoriza o Secretário da Agricultura, Comércio e Obras Públicas a abrir oportunamente concorrência publica para a construção da mesma. (A Federação de 8 de agosto de 1913).

 

1899   Circula em Taubaté o 1.º número do sema-nário local “A Voz do Povo” (2.ª fase) fundado pelo jornalista Bento Ramos que o vai manter heróicamente; a 14 de julho de 1901 passa a circular às quintas feiras, ainda sob a direção do mesmo. A 1.ª fase se iniciou a 23 de novembro de 1870, impresso na tipografia do Paulista, saindo às quartas-feiras. (Jornal de Taubaté de 23 de janeiro de 1901 – 2.º aniversário e Pedro Giolo – Imprensa de Taubaté págs. 24 e 39).

 

1901   À tarde desaba uma das paredes laterais da  nova matriz em construção em Redenção, promovida pelos srs. José Sant’Ana, capitão B. Bastos, Joaquim Pires de Queiroz e ten. c.el Quadros. Imediatamente o vigário Rev.do P.e Philipo abriu uma subscrição pública que em meia hora havia rendido 1:200$000 para a reconstrução e continuação da obra. (Jornal de Taubaté).

 

1905   O Capitão Mathias Affonso Vieira entra no exercício do cargo de sub-delegado de Polícia de Taubaté. (Jornal de Taubaté).

 

1905   Em seu próprio benefício a Sociedade Musical “Malhado Rosa” realiza no Teatro São João festival lírico durante o qual o Dr. Câmara Leal saúda e entrega à pianista Escolástica Vieira o diploma de sócia-benemérita da sociedade. (A Verdade).

 

1905   Viajando pela Central sente-se repentinamente mal na estação local o c.el  João Batista de Mello Oliveira, vice-presidente do Estado, que é amparado pelo ten. c.el José Pedro Malhado Rosa e conduzido à residência do c.el José Benedito Marcondes de Mattos para restabele-cimento, onde é hospedado. (Jornal de Taubaté).

 

1905   Toma posse a nova diretoria do Grupo Dramático “Amantes do Progresso”: a sessão é aberta pelo ten. José G. de Assis Camargo que convida o Cap. Antônio Lúcio da Silva para empossar os eleitos. Usa da palavra o orador oficial Dr. Continentino a que segue o Dr. Emílio Costa, Bento Ramos e Luís Santos. Toca a Corporação Philarmônica. (Jornal de Taubaté).

 

1905   A Sociedade Musical “Malhado Rosa” promove concerto de que participam: D. Escolástica Vieira, Antonieta e Hermínia de Barros, Tavares Filho, Jovino Barros, Sigesfredo Camargo (Fêgo) e Benedito Mota, dividido em três partes. Foi no teatro São João – Orquestra regida por Arthur Vieira. (Jornal de Taubaté).

 

1909   Morre, em Taubaté, o Sr. Manoel Leite da Costa. (Norte de 23/01/1910).

 

1927   Reabre-se o Odeon Teatro Cinema, da Rua Visconde do Rio Branco, do Sr. Benedito Pato que se achava fechado por ter sido rescindido o contrato de arrendamento com o Sr. Albano Máximo, empresário do Politeama. (Norte).

 

1946   Em carro especial ligado ao “Rápido” (trem) passa por Taubaté com destino ao Rio de Janeiro onde vai tomar vapor que conduzirá a Roma os novos cardeais, o arcebispo de São Paulo Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, recentemente escolhido para o Sacro Colégio a quem são prestadas homenagens. Integra sua comitiva, até o Rio de Janeiro, nosso Bispo Dom Francisco Borja do Amaral. (Taubaté Jornal).

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