Memória Textos
by almanaqueurupes

Viagem de Trem

dezembro 4, 2015
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Era o meio mais seguro para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro no início do século 20

Por volta de 1916, a viagem mais segura entre São Paulo e o Rio era de trem, por isso, em Taubaté, havia um costume maroto: homenagear o taubateano que visitasse pela primeira vez uma das capitais.
Logo que um cidadão embarcava no trem a notícia corria de boca em boca, saía até no jornal. Malandramente um grupo de jovens organizava uma homenagem à vítima. Na data de retorno do viajante, quando o trem parava em Taubaté, começava um festival de rojões, gente aplaudindo e banda de música tocando. Quando o sujeito  desembarcava era cercado por todos, elevado sem entender nada em cortejo pela rua das Palmeiras. A caminhada era terminada em um bar. Estando ali depois de ouvir vários discursos em sua homenagem só restava ao felizardo pagar bebida para todo mundo. Teve gente que não gostou da pegadinha. E aí a coisa acabava mal.

 

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A Maldição de John Constantine

maio 29, 2015
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Por Alexandre Siqueira

Salve Pessoas !!

John Constantine  não tem super força, não voa, não possui um anel energético e nem tem super velocidade, mas é tão popular quanto seus colegas “super” e é definitivamente a antítese de todos eles.

Criado por Alan Moore, Stephen Bisset e John Tottleben, apareceu pela primeira vez na revista Saga of the Swanp Thing #37, de junho de 1985, um ano após sua primeira aparição em Monstro do Pântano estreava sua própria revista, John Constantine Hellblazer, que junto com o Sandman de Neil Gaiman ajudou o selo Vertigo da DC Comics a se tornar um sucesso, atraindo um público mais adulto, que não se contentava mais com as aventuras dos heróis de capa e colant.

A primeira aparição de John Constantine nos quadrinhos do Monstro do Pântano
A primeira aparição de John Constantine nos quadrinhos do Monstro do Pântano

Mestre do ocultismo, artes das trevas, demonologia e outros assuntos obscuros, Costantine não é um cara legal. Mal caráter e de ego inflado, o cara é um para-raios de demônios e seres das trevas. Seus poucos amigos geralmente são pessoas também envolvidas com o ocultismo e quase todos que cruzam seu caminho acabam morrendo de forma sinistra e horrenda. Mas existe um inimigo que John Constantine não consegue vencer: O fracasso nas telas!!

 

A Primeira Tentativa

Constantine (2005) não é exatamente um fracasso, mas é tudo, menos um filme de John Constantine. A começar pelo ator principal, Keanu Reeves, que encarna o anti herói nas telonas, em NADA se parece com o personagem das HQs, seja no visual ou na personalidade. John, originalmente loiro, usa sobretudo e está constantemente com aparecia amarrotada, com cabelos desgranhados, barba por fazer e de ressaca. Em nada combina com o bom mocismo de Reeves, que das características marcantes do personagem só vemos seu vicio em cigarros, que é ponto fundamental da trama do filme que é levemente inspirado no arco de histórias Hábitos Perigosos, de Garth Ennis. Mas é só isso!

Constantine interpretado por Keanu Reeves
Constantine interpretado por Keanu Reeves

Este seria um bom filme se tivesse como personagem principal o João Constantino ou o Zé Constâncio, tanto faz, porque é uma boa história de terror, mas não é John Constantine. A película teve aceitação mediana pelo publico em geral não comprometendo tanto, mas até hoje não se fala mais em Constantine na telas dos cinemas.

 

A Série

Constantine: A Série (2014) quando foi anunciada foi bem recebida pelos fãs, pelo simples fato do personagem vivido por Matt Ryan ser quase uma transposição do personagem das HQs, em termos de visual. Os primeiros trailers divulgados eram empolgantes, com chão se abrindo, fogo saindo e dando a impressão que finalmente veríamos o canalha mais adorável dos quadrinhos em carne e osso, mas…

O visual ficou bacana, aquela arrogância está presente, até o sotaque britânico compareceu, por outro lado não é aquele cara que anda e tropeça na confusão. Constantine é um “detetive” sobrenatural que atravessa os Estados Unidos correndo atrás de demônios com a ajuda da “mocinha” da série, Zed Martin (Angelica Celaya), uma cognitiva que consegue ver flashes do futuro, e de seu fiel parceiro Chas Chandler (Charles Hallford). A série decepciona pelos fracos roteiros e pela semelhança com outra série de sucesso e há muito mais tempo no ar: Supernatural. A série teve treze episódios e a NBC resolveu não renova-la devido a baixa audiência.

John Constantine, da NBC.
John Constantine, da NBC.

John Constantine tem ótimas histórias nos quadrinhos, muitas delas poderiam ser adaptadas para a tv ou cinema, mas parece que roteiristas e produtores não conseguem achar um meio termo sobre o que pode ser bom entre os quadrinhos e o cinema/tv pra transpor o personagem pras telas sem que se perca muito do potencial do personagem.

John não tem mais alma para vender a ninguém pra tentar fazer sucesso nas telas do cinema ou tv, por isso eu e vocês teremos que continuar a curtir o babaca arrogante e mal caráter mais querido por nós onde ele faz mais sucesso, nos quadrinhos !!

 

 

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Alex Siqueira

Alex Siqueira assistiu a estréia de Star Wars, ficou mais chocado com o final de “A Ira de Khan” de que com a eliminação do Brasil na Copa de 82, achou que o Telejogo era ficção científica e desconfia das intenções dos executivos da Marvel.

facebook.com/alesiq

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CORÉIA DO NORTE, CHARLES FOURIER, CANÇÕES E COISAS BOAS

novembro 6, 2015
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Por Teteco dos Anjos

Fui levar um papo relax-ligeiro com minha filha pré-adolescente num chuvoso fim de tarde em Taubaté e ela me veio com essa: “Pai, você é a favor da democratização da Coreia do Norte e da unificação da duas Coreias???”

Bem, eu sou a favor sim, “óbvio ululante”, da democratização da Coreia do Norte, do fim do regime totalitário lá, da queda do ditador norte-coreano e da implantação de um sistema político democrático naquele pedaço de mundo. Aliás, sou a favor de um planeta inteiramente democrático, sem regimes totalitários e ditatoriais. Sou a favor de uma humanidade mais humana e bem menos consumista e materialista, uma humanidade bem mais voltada para a igualdade social, o respeito, a busca interior. Enfim, uma humanidade mais feliz, amorosa, mais poética.

Claro que isso é uma utopia minha e de milhares, ao menos neste momento. Mas, é certo que anseio e vislumbro uma coisa assim, neste planeta e em todos os planetas habitáveis do infinito. Porém, eu digo isso, mas eu mesmo vejo em mim obstáculos medíocres e imbecis para esta nova “era”, os quais eu preciso melhorar e transcender. Estou aqui para aprender sempre.

Esse papo iria pirar a cabeça do socialista utópico Charles Fourier, pois seria igual ou similar ao seu lindo e poético “Falanstério”. Sabem o que é isso ??? Procurem saber !!! É simplesmente….muito louco !!!

E, voltando à pergunta de minha filhota, também sou a favor da reunificação da duas Coreias. Evidente que os norte-coreanos foram submetidos a um regime político opressor e desumano, como, infelizmente, ocorre em vários países deste nosso mundo. ” Il Mondo Bizarro”, diriam os incríveis Ramones. Evidente então que os povos que não tiveram oportunidade de viver numa democracia precisem, de fato, de uma nova e grande oportunidade. Essa é minha visão. Não é ?!

Acho que a Coreia do Sul, bem mais rica e culturalmente mais desenvolvida, deveria então abraçar seus irmãos norte-coreanos, dividir suas riquezas com eles e dar a eles a grande oportunidade. E, claro, formar em conjunto um belo país. Enfim, nesta utopia, nem tão absurda quanto parece, já vou sonhando com aquele mundão sem fronteiras…vocês sabem.

Teteco, um democrata na Coréia
Teteco, um democrata na Coreia

A pergunta de minha filhota linda e maluquinha pode até parecer descabida para uma menina recém saída da infância e, ainda mais, em se tratando de um problema do outro lado do planeta. Mas, não acho essa pergunta absurda não. É uma questão sobre a humanidade em geral. E fico feliz em ver nessa novíssima geração, a qual minhas duas filhas pertencem, um interesse por questões de natureza global. Pois nossa “aldeia global” já está de pé há anos ou décadas.

Mudando de pato pra ganso, ou dando continuidade ao meu papo de pangaio, sei lá, quero dizer que eu não sou um homem-menino branco, nem mulato, nem negro. Minha raça é a raça humana. Isso me faz lembrar daquele majestoso e lindo disco do Gil…”A Raça Humana”. Também me lembro do maravilhoso samba-rock do André Abujamra…”alma não tem cor…”. Não me recordo agora o nome, mas é uma linda canção, mais conhecida na voz do Zeca Baleiro, essa canção do Abujamra.

As canções são assim. Encantam e nos fazem pensar melhor. São oriundas do mistério do desejo e da alma humana, da alma universal. Interpreto um pouco assim, dessa minha maneira, o fabuloso texto “Disfarces” do Renato Teixeira, publicado aqui no Almanaque Urupês e no Jornal Contato, do nosso querido Paulo de Tarso. Se vocês não leram esse texto do Renato…ahhh…vocês precisam ler isso. Porreta !!!

No mais, estamos sempre aqui e acolá torcendo e lutando para que tudo melhore, estamos torcendo pelo mano Léo Chaves no “The Voice”, como antes torcemos pela Twyla, Luana, Serial Funkers, entre outros. Não sou de assistir a tais programas, mas sei o que acontece por lá, claro, e sei que os “parças” taubatexanos sempre arrebentam a boca do balão com muito talento.

Enfim, estamos sempre torcendo por alguma coisa boa. Mas, tem que ser mesmo uma coisa boa. Torcer pra coisa ruim é safadeza. Pessoalmente, também estou torcendo sempre para o Burro da Central e para o Palestra. E não me venham desdenhar que Burro e Porco são coisas ruins…porque sei que são coisas boas. E se muitos acham que o Corinthians, o Flamengo, o Santos etc e tal são coisas boas…então torçam por eles. Numa boa !!! Beijos !!!

 

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teteco-assinatura

Teteco dos Anjos, “músico, proto-poeta e jornalista” e com a cabeça cheia de ideias mirabolantes, escreve semanalmente, ou quando der na telha, no Almanaque Urupês[/colored_box]

 

 

 

 

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