Jessica Jones é a Marvel Sombria

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Por Alexandre Siqueira

Em Jessica Jones, a segunda série da parceria Marvel/Netflix, a Marvel confirma a ideia proposta para seus personagens no cinema e na tv. Os heróis cinematográficos são os supers com seus uniformes coloridos, eles não possuem duvidas de que o que fazem é o correto e salvar o mundo de catástrofes enormes é o principal; os heróis urbanos da tv são mais sombrios e vivem na dúvida sobre serem heróis, eles não reprimem os dons que possuem mas, diferente dos supers, são cheios de medos, dúvidas e nem sempre tomam decisões acertadas. Isto é o que torna a série Jessica Jones tão boa.

A personagem vivida por Krysten Ritter é uma investigadora particular que, dotada de super força, é capaz de saltar grandes alturas, mas seus dons não a impedem de viver atormentada pela influência sofrida por Kilgrave, que tem o poder de influenciar mentes ordenando que as pessoas façam o que ele mandar por um período de doze horas, Kilgrave, ou Homem Púrpura, interpretado brilhantemente por David Tennant, se apaixona por Jessica e fará de tudo para conseguir seu amor.

A qualidade dos roteiros muito bem elaborados são o ponto forte da série, o terror psicológico e o jogo de gato e rato dos primeiros episódios imposto a Jéssica por Kilgrave a faz tomar uma série de decisões que nem sempre são acertadas e quase sempre levam a consequências desastrosas e fatais, colocando a vida de todos ao seu redor em perigo e fazendo-a colocar em duvida se tudo o que faz é realmente o certo. Com o desfecho final se aproximando, fica bem claro como terminará o confronto final entre Jessica Jones e Kilgrave e por mais óbvio que possa parecer ele é chocante; a história bem elaborada compensa os deslizes da produção, algumas cenas externas dão a impressão de serem feitas sempre no mesmo local mudando apenas o enquadramento. Alguns problemas de continuidade também podem ser percebidos, bem como a pobreza nas cenas de lutas, quase sempre em enquadramentos bem fechados.

Kilgrave, na série Jessica Jones

A série é ambientada na mesma Hell´s Kitchen da série do Demolidor. Nos últimos episódios, com o clímax da ação, temos a sensação de que o Homem Sem Medo pode aparecer a qualquer momento, fazendo uma participação especial e ajudando Jessica Jones a se livrar de uma grande enrascada. O Demolidor não aparece, mas o terreno para próxima série Marvel/Netflix está preparado e Luke Cage (Mike Colter) é personagem constante e importante em Jessica Jones.

Ao longo dos episódios, pequenas partes da infância de Jessica são mostradas, dando a entender que o arco de histórias da segunda temporada deve ser baseada em como Jessica conseguiu seus poderes e que mistérios a IGH esconde.

Luke Cage na série Jessica Jones
Luke Cage na série Jessica Jones

Que essa parceria que já rendeu duas ótimas séries continue. Ainda seremos presenteados com Luke Cage (já bem encaminhado) e Punho de Ferro – que a Netflix já disse que fará. Ao final, a parceria Netflix/Marvel reunirá todos eles em Os Defensores.

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Alex Siqueira

Alex Siqueira assistiu a estréia de Star Wars, ficou mais chocado com o final de “A Ira de Khan” de que com a eliminação do Brasil na Copa de 82, achou que o Telejogo era ficção científica e desconfia das intenções dos executivos da Marvel. facebook.com/alesiq [/colored_box] Acompanhe o Almanaque Urupês também na nossa página do facebook e twitter

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