O COSMORAMA – Histórias que a História Conta

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Começa hoje mais uma atração do Almanaque Urupês, o programa HISTÓRIAS QUE A HISTÓRIA CONTA, em parceria com a Rádio Metropolitana – FM 101,9. Com exibições nas manhãs de segundas a sextas-feiras, o programa trará sempre alguma curiosidade da nossa história que está registrada nos documentos de Taubaté e região.
Aqui no portal Almanaque Urupês, além de escutar o programa, você poderá ver informações complementares sobre a história narrada.

No primeiro programa, apresentamos o parente mais distante do Cinema 3D.

O COSMORAMA

Clique aqui caso o player não funcione

Em 25 de dezembro 1876, na Rua do Sacramento, bem atrás da Igreja Matriz de Taubaté, uma fila se formava para fazer viagens virtuais pelo mundo. Era isso que prometia um aparelho denominado cosmorama.

O cosmorama, também conhecido como estereoscópio, era uma caixa com um visor acoplado para que o cidadão, individualmente, pudesse admirar fotografias de países distantes, tendo a sensação de visão tridimensional.  Isso mesmo, imagens em 3d!

Um cosmorama
Um cosmorama

O segredo desse antigo 3d, estava em um cartão que trazia duas fotos que, quando vistas  no cosmorama, produziam no cérebro dos nossos tataravós uma terceira imagem tridimensional. Para quem nunca tinha visto uma fotografia na vida, aquilo era pura mágica!

Um sujeito que viu tais imagens descreveu a experiência mais ou menos assim: “Apesar de eu nunca ter visitado Roma, senti experiências genuínas de ter estado em Roma”.

Portanto, caro ouvinte, aquele televisor conectado a internet com imagens em 3d que você tanto almeja, começou a ser inventado há muito tempo.

Imagem para ser vista no cosmorama
Imagem para ser vista no cosmorama

Mais histórias do Cosmorama:

“Eu recentemente examinei uma série de cartões estereoscópicos de Roma, com mapa e livro e, apesar de nunca ter visitado Roma antes, não obstante, senti que eu assegurara experiências genuínas de ter estado em Roma, que eram tão ‘reais’ quanto as experiências obtidas em outros lugares nos quais eu estive.”
(Light on the Underwood Travel System 1905)
“…quando olhamos através das lentes do estereoscópio como se fossem uma tela transparente, e vemos os objetos reais, em tamanho natural [full-size]”
(1905 Light on the Underwood Travel System Londres/Nova Iorque: Underwood & Underwood, p.14)
“[As imagens estereoscópicas] dão fatos finais, é exatamente como olhar para uma cena real [actual scene], consegue-se a inspiração que uma vista real dá”
(1904 A Specimen Canvass , Londres/Nova Iorque: Underwood & Underwood, p. 34)
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“Você notará que ele  [Prof. George Adam Smith] não as chama ‘fotografias’- elas são reproduções de seções reais  [actual sections] do país (…) Viajamos com nossa mente se realmente viajamos. Isto, então, dá o poder de viajar no sentido mais  verdadeiro do termo.
(1904 A Specimen Canvass , Londres/Nova Iorque: Underwood & Underwood, p. 6)
“…mas esta não é uma fotografia [picture] de forma nenhuma. (E aqui, se necessário, o vendedor deve cuidadosamente explicar que a fotografia  [picture], por sua própria definição, é uma reprodução de um objeto por meio de luzes e sombras em uma superfície plana, mas não há nada de superfície plana neste diagrama número 2 quando visto através da lente. É importante fazer com que a pessoa aprecie claramente esta distinção. Para a nossa mente elas são fios reais que poderíamos agarrar.”
(1904  A Specimen Canvass , Londres/Nova Iorque: Underwood &Underwood, p. 2)
em:

Veja como o Cosmorama em ação:

Stereoscopic worlds from Chris Henschke on Vimeo.

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