Unitau 40 anos – atores e curiosidades

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(Via Jornal Contato edição 668) 

Em dezembro, a UNITAU completará 40 anos. Por ali foram formados mais de 90 mil alunos que atuam no mercado de trabalho regional, nacional e internacional. Com aproximadamente 15 mil alunos, ela tem cumprido o compromisso de oferecer ensino de qualidade garantido por uma elite de professores e por uma ampla infraestrutura, composta por 99 laboratórios, um acervo bibliográfico com mais de 240 mil exemplares, além de 53 grupos de pesquisa nas áreas de Humanas, de Biociências e de Exatas. Ela foi criada através da Lei Municipal nº 1498, de 6 de dezembro de 1974 e reconhecido através do Decreto Federal nº 78924, de 9 de dezembro de 1976. Na abertura da exposição “Sonhos Possíveis”, no Solar da Viscondessa de Tremembé, na terça-feira, 11, o advogado José Alves, primeiro reitor, contou um episódio a respeito do reconhecimento da UNITAU pelo Ministério da Educação, em 1976.  Alves conta que antes de sua formalização os diretores das seis instituições – Filosofia, Direito, Ciências Contábeis e Atuariais, Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica, e Serviço Social – que formavam o embrião da futura Universidade se intitulavam reitores. Como advogado, Alves insistia para que fossem seguidos os procedimentos e as orientações estabelecidos. Foi essa interpretação que levou à criação da Federação da Faculdades de Taubaté, um passo exigido pelo Conselho Estadual de Educação para congregar todas as escolas que atuavam como autarquias municipais. Foi o início do processo necessário à instalação da Universidade. A Federação funcionou como tal durante três anos e José Alves era o diretor da Faculdade de Direito, antes de levado à direção da Federação. As duas maiores dificuldades estavam concentradas nos fatores educativos e pedagógicos, e na administração da entidade cuja solução dependia do governo. Depois de três anos, foi feito o pedido de reconhecimento ao Conselho Estadual de Educação. Alves conta que o prestígio de Taubaté era tão grande que o Conselho realizou a reunião deliberativa, exatamente onde funcionava a sede da Federação, no Solar da Viscondessa de Tremembé. Paulo Gomes Romeu, membro do Conselho, foi o responsável pelo reconhecimento. Paulo Egydio Martina era o governador biônico do Estado.

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José Alves em seu escritório, à frente de uma bela obra de Mestre Justino

A contribuição dos Generais

O passo seguinte seria enviar o processo à Brasília para que o Ministro da Educação assinasse o decreto da criação da UNITAU.
José Alves, um político mineiro de mão cheia, procurou o General Cerqueira Lima, comandante da 13ª Brigada de Caçapava, por quem foi bem recebido. Saiu de lá com a garantia que teria todo apoio do Exército em Brasília. O encontro com o ministro Ney Braga, um paranaense coronel do Exército que foi também ministro da Agricultura e Presidente da Itaipu, foi agendado para as 8h:00. Precavido, José Alves chegou por volta de 7h:30. Um General já o esperava na ante sala do ministro. Foram recebidos pelo Diretor de Ensino Superior do MEC que os informou que Ney Braga tinha recebido instruções para seguir para o México como representante do general presidente de plantão na posse do presidente Lopes Portillo. O militar não pensou duas vezes. Embarcou José Alves em seu carro oficial e seguiram para o aeroporto de Brasília. Dirigiram-se para sala VIP, onde se encontrava o ministro Ney Braga que imediatamente assinou o decreto que criou a UNITAU no dia 9 de dezembro de 1976. No dia 1º de janeiro de 1977, José Alves assumia o cargo de reitor da UNITAU.

 

[colored_box color=”yellow”] UNITAU expõe “Sonhos Possíveis”

Primeiro reitor José Alves, no centro, ladeado pelo ex-reitor Milton Chagas e o atual José Rui de Camargo
Primeiro reitor José Alves, no centro,
ladeado pelo ex-reitor Milton Chagas e o atual José Rui de Camargo

Na noite de terça-feira, 11, a UNITAU deu início à exposição “Sonhos Possíveis”, que aborda sua história de uma maneira interativa, com imagens, documentos e objetos. Foi mais uma atividade para comemorar o 40º aniversário da instituição, com a participação de servidores, professores e convidados, entre eles um dos fundadores da UNITAU e seu primeiro Reitor, José Alves (1977/80), e o ex-Reitor Milton Chaga (1987 a 1991 e de 1993 a 1997). A exposição gratuita está no Solar da Viscondessa do Tremembé até 6 de dezembro – de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h e aos sábados das 8h às 12h – localizado na rua XV
de Novembro, 996, no centro de Taubaté. [/colored_box]

 

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