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Colunistas Outras Raiz Taubateana
by almanaqueurupes

O Vale que vale

maio 28, 2013
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Por fatores geográficos, culturais e econômicos, o Vale do Paraíba ao longo da história sempre foi decisivo na definição dos rumos da nação.

Excetuando-se algumas poucas crises geradas pelo fim de alguns ciclos que trouxeram riquezas e que com o tempo se esvaíram, as coisas sempre estiveram avançando positivamente pro nosso lado. Um notória noção eficiente da movimentação financeira familiar criou uma sociedade regulada, com um eixo.

O conservadorismo do Vale Paraibano, mais que uma filosofia de vida, deveria ser aplicado agora no sentido da preservar nossos valores mais decisivos. Logicamente que várias características desse conservadorismo, caíram em profundo desuso; ótimo que seja assim. As técnicas antropofágicas propostas pelos modernistas poderiam ser usadas agora numa espécie de autoverificação.

Rio Paraíba (Foto: Angelo Rubim/Almanaque Urupês)
Rio Paraíba (Foto: Angelo Rubim/Almanaque Urupês)

O Vale é realmente lindo. Deitado entre as serras da Mantiqueira e a do Mar, ele vai compondo a história, lavrando o chão com seu rio que, apesar de meio morto, já nos deu peixes e milagres. O Rio Paraíba é o Rio Sagrado do Povo Brasileiro. Um dia ele voltará a ter saúde, voltará a viver. Não tenho dúvida alguma a esse respeito. Os povos do futuro não usarão o Rio Paraíba como esgoto.

Mazzaropi dizia que não havia luz melhor pra se filmar que a luz do Vale, densa e definida, pousando sobre todas as coisas. Nos meus tempos de morada em Taubaté, os finais dos dias, em qualquer estação, criavam sempre uma atmosfera inesquecível.

Se avaliarmos que entre as duas maiores cidades do país existem mais de cem fazendas centenárias, iremos enxergar nosso parque industrial com outros olhos. O que se dá no Vale tem raízes que o credenciam.

Mas ninguém pode esquecer que tudo o que temos possui belezas imprescindíveis. Do Sítio do Pica Pau Amarelo ao General Ozires que numa madrugada ajudava minha tia Yvone nos últimos retoques das cortinas do Bandeirantes, primeiro avião produzido pela Embraer, tudo por aqui tem outros encantos. Às vezes fico pensando como será Aparecida mais á frente.

Fim de tarde no Vale. (Foto: Angelo Rubim/Almanaque Urupês)
Fim de tarde no Vale. (Foto: Angelo Rubim/Almanaque Urupês).

Como os povos do futuro tratarão seus instintos religiosos quando muitas outras verdades estarão presentes? Temos um futuro tão instigante quanto nosso passado.

O presente é novo. Sempre.  Lembro-me de um trecho da historia do Brasil com a nau imperial perdida no mar, tentando chegar a Salvador. Os baianos encheram um barco com frutas tropicais e foram ao encontro do rei numa busca incerta que acabou se concretizando. Esse gesto faz parte de um grande manancial de gentilezas que a história ignora. É da natureza humana…

Muita gente continua chegando ao Vale; cada vez mais. Precisamos de um equivalente ao barco de frutas dos baianos, para oferecer aos que estão sempre chegando. Eu mesmo já tive meu tempo de chegar…

Somos agora uma região metropolitana e 28 milhões de turistas nos visitam todos os anos.

 

Renato Teixeira

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Publicado originalmente na edição 583 do Jornal Contato

Renato TeixeiraVale do Paraíba
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O mercado dos músicos

setembro 28, 2015
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Texto de Renato Teixeira publicado na edição 707 do jornal Contato

A pauta desses últimos tempos se concentra em torno das crises, brasileira e mundial. O planeta, realmente está fervendo.

O mercado da música sofre o abalo, como todos os setores. Os maiores cachês são os primeiros a sofrerem as conseqüências. Há uma retração.

Como o espetáculo não pode parar, os cachês médios e pequenos se mantêm. Resistem. Um fato curioso se evidencia: nos cachês inferiores estão grandes nomes da nossa música; para ser bem sincero, muitos, entre os melhores. O conteúdo melhora.

O sertanejo jovem guarda, que domina economicamente a situação, tende a passar por

uma revisão conceitual porque, após o primeiro impacto, fica mais difícil manter a popularidade.

Seria ridículo ver o Gusttavo Lima, que tem muito potencial, cantando o tchetchereretetê para uma centena de balzaquianas bem nutridas.

Espera-se que essa autocritica dê bons resultados. A moçadinha tende a somar com a academia de ginástica, a academia de música.

A crise, qualquer crise, pressupõe entendimento. Se você prestar bem atenção vai ouvir um som novo surgindo no horizonte.

Um som que nos recolocará no nosso padrão histórico.

Quando morreu Jobim, o condomínio musical do país se desarticulou e o povo brasileiro que vive à margem da nossa história, de repente ganhou poder aquisitivo e, como não poderia deixar de ser, investiu na música. Não encontraram muita coisa. A MPB já havia cumprido o ciclo glorioso.

Empresários articulados e com visão de jogo transformaram o sertanejo jovem guarda num movimento que, em território nacional, foi o maior de todos os tempos.

E, até por uma questão de justiça, a música caipira original conquistou o prestigio que lhe faltava e, junto com seu primo irmão, o samba, se transformou num gênero altamente representativo da nossa cultura popular. Ganhou peso.

Mas agora, nesse momento de indefinições, é que é a hora daqueles que acreditam pra valer que a melhor música é sempre a que se faz hoje e que Jobim e outros grandes nomes que admiramos são elos de uma só corrente.

Agora é a hora deles ocuparem seus espaços.

O povo da música, o povo que promove a música e o povo que ouve a música, devem estar sempre juntos, trabalhando com eficiência, pois assim estaremos criando condições para que a música abra caminho para os novos grandes que, com certeza, virão.

Agora, uma espécie de charada-desafio para a moçada compositora da terra de Theodoro Arrael.

Me respondam: alguma baixinha, tímida e muito bonitinha, sentada nas escadarias da quadra do Estadão, de uniforme, estudando para a prova de latim, poderia mudar a história da música de um país?

Descubram quem ela é e se encham de garra pra encarar o futuro. As porteiras estão sendo abertas.

 

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Nós viemos em paz (?)

maio 19, 2016
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Texto de  Angelo Rubim

Antes de ler, vale a pena avisar: esse texto está sendo repostado porque as Forças Aéreas Brasileiras acabam de divulgar documentação secreta sobre a aparição de OVNIs em São José dos Campos. A notícia foi dada na madrugada de hoje, 19 de maio de 2016, pelos amigos do MEON (Depois de 30 anos, aparição de óvnis em São José ainda é mistério )

Em 1978 um OVNI aterrissa na Fazenda São Pedro, na zona rural de Taubaté. Em 1986, a força aeronáutica confirma ter perseguido 21 invasores desconhecidos nos céus de São José dos Campos. Em 2013, moradores de Lorena afirmam ter observado um objeto luminoso desconhecido nos céus da cidade. São apenas três dos incontáveis registros de observação de objetos voadores não identificados no Vale do Paraíba. E aí, existe vida fora da Terra? Muita gente diz que não, uma pequena porção diz que sim, mas a grande maioria é cética, só acredita vendo…

Não, não vou dizer o que acredito, mas o assunto me diverte.

Imagem da exposição dos 60 anos dos E.Ts. de Roswel, nos Estados Unidos.
Imagem da exposição dos 60 anos dos E.Ts. de Roswel, nos Estados Unidos.

A dúvida sobre a existência de vida fora do nosso planeta é uma constante desde que o homem está por aqui. Desejamos conhecer o que está fora. Gastamos bilhões em dinheiro para tentar detectar vida nos mais longínquos lugares do universo. Sem sucesso. E que diga o Curiosity…

Sondas, telescópios, sinais de rádio, tudo jogado no espaço para que tenhamos alguma informação para a solução dos problemas da Terra, a busca por um novo lugar para morar (já que muita gente pensa que o nosso planeta está no caminho da condenação) e, o que mais se espera (aos leigos, repito), a vida extraterrestre. Na dúvida, recheamos o nosso imaginário com a possibilidade da existência. O maior influenciador disso é a possivelmente a grande indústria cultural do século 20. Hollywood criou monstros invasores sedentos por sangue e E.Ts. pacifistas que vieram para nos proporcionar uma vida melhor (!).

 

Marte ataca

Os casos do Vale do Paraíba ainda não viraram filme, mas poderiam. Vejamos:

“Um OVNI aterrissa na Fazenda São Pedro, zona rural de Taubaté em 1978. E seres estranhos descem pela escada. Macacão brilhante e capacete na cabeça.
Carregam nas mãos lanternas, parecidas com faróis de trator. Comunicam-se apenas por sinais indecifráveis. Nada mais.
Era meados de 1978. O tratorista Benedito Custódio da Silva, o ‘Canhoto’, começava a trabalhar quando foi surpreendido por extraterrestres.”

ufo

O jornal Bom Dia, em 2011, relembrou dessa notícia, que foi publicada pelo jornal “Valeparaibano” em 1979. Da lavra do jornalista Camões Filho, o texto conta os detalhes da invasão alienígena em Taubaté.

Se quiser saber mais clique no “+” aí em baixo:

[toggle title=”Extraterrestres já visitaram a roça em Taubaté”]

 

Caso ocorrido na Fazenda São Pedro em 1978 despertou interesse de médico alemão.

Um OVNI aterrissa na Fazenda São Pedro, zona rural de Taubaté. E seres estranhos descem pela escada. Macacão brilhante e capacete na cabeça.
Carregam nas mãos lanternas, parecidas com faróis de trator. Comunicam-se apenas por sinais indecifráveis. Nada mais.
Era meados de 1978. O tratorista Benedito Custódio da Silva, o ‘Canhoto’, começava a trabalhar quando foi surpreendido por extraterrestres.
Os visitantes deram sinal para que ele continuasse trabalhando. “Eram iguais a gente. Tinham pernas, braços, altura, andavam como a gente. Só não entendi nada do que falavam’, contou ‘Canhoto’ à época.
Esse fato foi noticiado pelo jornal ‘Valeparaibano’, em 8 de novembro de 1979. O repórter Camões Filho e o fotógrafo Jandir Aparecido de Paula foram até a Fazenda São Pedro, na estrada Taubaté-Caçapava Velha. A dupla percebeu que o relato do tratorista era sério e firme. Polêmico!
E foi graças a essa reportagem que ‘Canhoto’, funcionário da Fazenda São Pedro, passou a ser estudado pelo médico alemão Walter Büller.
“Ele clinicava no Rio de Janeiro e veio a Taubaté apenas para isso. Estudou o caso durante um ano. Uma equipe de dez médicos colocou o ‘Canhoto’ em estado hipnótico e, mesmo assim, ele confirmou tudo o que havia acontecido”, disse ontem ao BOM DIA o jornalista Camões Filho.
“O Walter Büller me disse depois: ‘o senhor não imagina a importância da sua reportagem. Esse é um dos casos mais sérios de avistamentos do Brasil’”, completou Camões.
‘Canhoto’ garante que fez contato outras três vezes com os seres estranhos. À época, os vizinhos da Fazenda São Pedro acreditaram na história. O funcionário seria um homem sério e incapaz de mentir.
Até mesmo o patrão dele, Haroldo Araújo Vasconcellos, dono da propriedade, demonstrou confiança nas palavras do funcionário, tido como um exemplo a ser seguido.
Camões Filho, em conversa com Vasconcellos, lembrou que todos confiavam na descrição daquele homem simples, que começava a trabalhar por volta de 1h30 da madrugada. Todos os dias.
“Depois, falei com o dono da fazenda. Disse que tinha muita confiança no ‘Canhoto’.”
O suposto aparecimento de tais seres, aliás, teria acontecido em outros lugares de Taubaté naquele ano.
O bairro do Barranco foi um deles. Marlene Vieira dos Santos contou à reportagem que um amigo enxergou um disco voador descer na cidade.
“Ele (o amigo) estava dentro do carro, a uns 50 metros, quando viu. O velhinho da chácara, ali perto, também. Assim como todo mundo da casa dele”, afirmou Marlene.
César, o tal amigo de Marlene, teria visto ovni descer até o chão. Seria redondo e giraria em três hastes longas. No dia seguinte, voltou ao lugar, mas nada apareceu.
As marcas do que seria um disco voador ficaram no chão. E, provavelmente, marcaram para sempre a vida de todas essas pessoas.Fonte: Redebomdia

[/toggle]

 

Em 19 de maio de 1986, “O céu de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro foi virtualmente invadido por mais de 20 objetos voadores não identificados, na noite de segunda-feira, provocando um estado de alerta geral nas bases de defesa do espaço aéreo brasileiro e a mobilização de quatro aviões supersônicos – dois ‘Mirage’ e dois ‘F-5’”.

Reportagem do Estado de S. Paulo de 26/5/1986. Clique para ampliar
[+] Clique na imagem para ampliar. Reportagem do Estado de S. Paulo de 26/5/1986. Acervo Estadão

Foi assim que o jornal Estado de S. Paulo, na sua edição de 22 de maio se referiu à invasão que o próprio governo confirmou ter acontecido. O fato causou grande mobilização social. Toda imprensa ficou atenta e inúmeras especulações surgiram, especialmente porque a notícia foi confirmada pelo brigadeiro Octávio Moreira Lima, então Ministro da Aeronáutica.

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[toggle title=”Assista a matéria realizada pelo semanário Fantástico, da TV Globo.”]

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Eventualmente recebemos notícia de uma aparição aqui ou ali de extraterrestres. A última, que foi notícia na grande mídia, aconteceu em Lorena.

Detalhe do pôster do filme Marte Ataca, dirigido por Tim Burton.
Detalhe do pôster do filme Marte Ataca, dirigido por Tim Burton.

Em 1996, os marcianos invadem nosso planeta, matando e destruindo tudo no caminho, pois acham bem divertido e querem transformar a Terra em um “parque de diversões”. Essa é a sinopse de um filme dirigido por Tim Burton. Marte Ataca foi um ícone do cinema dos anos 90, por ridicularizar a reação humana diante de uma invasão alienígena e inspiração para banda taubateana “Zumbis do Espaço” a escrever uma música (clique aí se estiver curioso) com o mesmo título do filme hollywoodiano.

 

Viajando no espaço

Permitam-me agora uma analogia um tanto forçada.

As gerações mais novas, especialmente dos urbanoides nascidos depois dos anos 1970, da qual faço parte, o saci, a mula-sem-cabeça, a curupira e todos os outros seres da fantasia folclórica regional vão gradativamente sendo extintas do nosso repertório cultural. Pensamos hoje em aliens, zumbis e vírus mortais que destruirão a humanidade (pois é… nosso imaginário não é mais local, está globalizado). Com isso expomos o nosso maior medo, que é o da própria extinção.

Dia desses, em uma entrevista que fazíamos em frente à sede do Almanaque Urupês conhecemos um grupo muito simpático de vizinhos. Eram três serelepes saguis que passaram o tempo todo nos observando.

Um dos nossos vizinhos fez uma visita pro Almanaque.
Um dos nossos vizinhos fez uma visita pro Almanaque.

Oras, se estamos em uma região cercada por prédios, de onde vieram essas criaturas, do espaço? Claro que não! Nos últimos anos costumamos ver sempre as mesmas notícias: “o número de moradores na cidade cresceu ‘X%’”, “Taubaté já tem quase um automóvel por morador”, “os problemas de trânsito se agravaram”… isso é resultado de quê? Se voltarmos no tempo os quase quatrocentos anos que nossa velha cidade já tem veremos que nossa história é construída por uma série de eventos de invasão.

Tinha por aqui um grupo razoável de indígenas, árvores e animais que muita gente se quer vai saber da existência. Somos os alienígenas! Nossa história está construída em cima de uma sucessão de aniquilações de comunidades (seja de gente, de bicho ou de plantas).

Os nossos vizinhos serelepes, os saguis que vivem aqui por perto, precisam se virar para sobreviver. E seu espaço está ainda menor, pois aqui por perto tem mais alguns prédios sendo construídos.

Alguns dos bugios que estão em risco em Taubaté
Alguns dos bugios que estão em risco em Taubaté

Nos últimos anos temos visto o anúncio da extensão da rodovia Carvalho Pinto até a rodovia Oswaldo Cruz. Algo bacana para quem vem de outras regiões e segue para a praia. Um baita conforto, pois vai reduzir algo em torno de 40 minutos de viagem. Serão mais ou menos oito quilômetros de estrada que representarão economia (?) ao usuário da pista ao preço de 85 milhões de reais para o estado de São Paulo e a destruição da Floresta do Bugio que não tem valor estimado (talvez de uma pista de 8km).

Não sei se me fiz claro na minha analogia forçada, mas, sei lá, acho que se os bichos pensassem como a gente seríamos vistos como os alienígenas que só querem exterminar a vida na Terra. Nós viemos em paz?

 

_____________

Angelo Rubim é professor de história e editor do Almanaque Urupês.

 

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1 Comment
    Sandro says: Reply
    junho 3rd 2013, 12:27 pm

    O Renato Teixeira é um dos artistas mais antipáticos que já conheci, juntamente com seu fiel escudeiro Almir Sáter! Pronto, falei!

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Notícias do dia

Abril Boletim Efemérides Uncategorized
by almanaqueurupes

15 de abril de…

abril 15, 2021
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1873   Lei municipal obriga os proprietários de prédios  e terrenos e na sua falta os inquilinos a caiar a frente do prédio ou muro e a calçar de pedras ou tijolos a frente de suas casas ou terrenos. (Gazeta de Taubaté de 10 de junho de 1883 pág. 4).

 

1879   Lei provincial n.º 49 confirma as divisas entre os municípios de Jambeiro e Caçapava.

 

1883   A Junta Revisora da Comarca de Taubaté publica  1.ª  relação  de nomes de cidadãos da paróquia de Taubaté obrigados ao serviço de paz e guerra, da cidade, do quarteirão do bairro do Barranco, do bairro do Areão, do bairro do Tremembé e do bairro do Una e Tetequera, ao todo 66 indivíduos. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   O Sr. José Leandro inaugura linha de troles entre Taubaté e Tremembé cobrando 500 réis de ida e volta por pessoa. Sai de Tremembé às 6 h. da manhã e de Taubaté às 9 h. A hora de volta à tarde será combinada com os passageiros. O Sr. Teixeirinha está preparando animais e troles para uma outra linha. (Gazeta de Taubaté).

 

1883   A alfaiataria dos srs. Leonardo & Pinto da Rua Dr.  Falcão Filho contíguo ao Largo da Matriz se chama “Alfaiataria da União”. (Gazeta de Taubaté).

 

1886   Lei provincial n.º 46 transfere para o distrito de Campos Novos de Cunha a fazenda de Daniel Gomes dos Santos Pinho.

 

1888   Telegrama procedente da Corte noticia o falecimento ali da  progenitora do Dr. Mathias Guimarães, engenheiro radicado em Taubaté, onde se encarrega do levantamento cadastral da cidade e iria ocupar o cargo de delegado de polícia. (O Liberal Taubateense).

 

1895   Realizam-se em Taubaté eleições para preenchimento de duas vagas de senadores. As eleições começam às 10 h. e as vagas de senadores decorrem da eleição do Dr. Prudente José de Moraes Barros para a Presidência da República e a da nomeação do Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves para ministro da Fazenda. As eleições se realizam em 10 seções instaladas inclusive nos bairros e no distrito de Tremembé. Há 2.260 eleitores inscritos. Os Drs. Moraes Barros e Dr. Paulo Souza obtém 387 votos cada. (O Popular).

 

1895   Após a entrada da procissão de São Benedito quando grande número de pessoas permaneciam em frente da Igreja Matriz o cocheiro da empresa de carris urbanos puxados a burro tenta atravessar a multidão com um bonde sendo impedido e preso por um popular. Não é a primeira vez que tal fato ocorre. (O Popular).

 

1898   Morre, em Taubaté, seu insigne filho D. José Pereira da Silva Barros, Arcebispo de Darnis, fundador do Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e do Externato São José. Era filho do Cap. Jacinto Pereira da Silva Barros e de D. Anna Joaquina de Alvarenga, tendo nascido em Taubaté a 24 de novembro de 1835. Fez os seus primeiros estudos no Liceu que então funcionava no Convento de Santa Clara e depois fez seus estudos eclesiásticos em São Paulo. Foi vigário de Taubaté por 19 anos. Reformou a nossa Matriz. Foi de grande abnegação durante a epidemia de varíola de 1873 a 1874 que assolou Taubaté, quando lhe ocorreu a idéia de fundar o Hospital Santa Isabel. Foi bispo de Olinda e do Rio de Janeiro e Deputado Provincial. (A Folha de 17/04/1932).

 

1900   O Grupo Particular Filhos de Talma realiza no Teatro São João um espetáculo em benefício das obras do prédio da sede da Associação Artística e Literária. (Jornal de Taubaté).

 

1901   Às 8 h. na Igreja Matriz celebram-se missas pelo 3.º ano de falecimento de Dom José Pereira de Barros e pelo 1.º ano do capitão Francisco Lopes Malta. (Jornal de Taubaté).

 

1903   Morre, em Taubaté, o Sr. Francisco Soares Barbosa, casado com  D.  Maria  Soares  de  Oliveira. (Jornal de Taubaté 14 – missa 2.º aniversário).

 

1906   Realizam-se, em Taubaté, solene Te-Deum e manifestação de júbilo em homenagem ao vigário da paróquia Côn. Antônio do Nascimento Castro por ter sido agraciado por S.S. Papa Pio X, a 19 de fevereiro último com o título de Monsenhor Prelado Doméstico. No Te-Deum toca a banda Philarmônica Taubateense, na passeata cívica a banda João do Carmo, ambas de Taubaté e na residência do homenageado a banda Dr. Antônio Maria, de Tremembé, cedida pelo c.el Antônio Monteiro Patto. (O Norte).

 

1909   Lei municipal n.º 126, em virtude de ter sido a água que abastece a cidade declarada impotável e conter grande quantidade de amônia conforme exame feito a pedido do Prefeito Dr. Gastão Aldano Vaz Lobo da Câmara Leal pelo Laboratório de Análises Químicas do Estado, é declarado de utilidade pública e decretada a desapropriação do serviço de abastecimento de água de Taubaté que vinha sendo feito pela Companhia Norte Paulista desde… (O Norte).

 

1910   Por motivo da passagem do 12.º aniversário da morte do ilustre taubateano D. José Pereira da Silva Barros, arcebispo de Darnis, 1.º depois da criação da diocese de Taubaté, realizam-se na Catedral solenes exéquias pelo sufrágio de sua alma oficiadas pelo nosso 1.º bispo D. Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva. (O Norte).

 

1914   Noticia-se, em Taubaté, que o Dr. Oswaldo Cruz que durante muito tempo foi diretor da Saúde Pública no Rio de Janeiro acaba de ser agraciado com a Cruz da Legião de Honra. (O Norte).

 

1914   Circula o boato de que surgirá brevemente em Taubaté outro jornal de nome “O Paulista” à frente do qual estará o Prof. Bernardino Querido, colaborando Floriano de Lemos, Dr. Carlos Varella, Coelho Neto, Álvaro Guerra, Antônio Miranda e outros. (O Norte).

 

1914   Nas cerimônias da semana santa serviu a corporação musical João do Carmo, sob a regência do maestro Prof. Francisco Monteiro de Camargo. (O Norte).

 

1914   A firma Ramos & C.ia da Rua Duque de Caxias, 34, em Taubaté, compromete-se a entregar diariariamente garrafões de água de Quiririm mediante assinatura mensal a 3$000 o garrafão ou dois por 5$. Na mesma rua n.º 78 o empório Saraiva vende água de Cambuquira a $600 a garrafa para evitar os males do estômago. (O Norte)

 

1927   O Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa e a Ex.ma Sr.a D. Maria Eudóxia de Castilho Costa comemoram as suas bodas de prata matrimoniais mandando celebrar, a 19, missa em ação de graças. (Norte).

 

1932    Instala-se, em Taubaté, solenemente, o Ginásio Estadual, sob a Direção Prof. Major Acácio G. de Paula Ferreira. Constituem o seu 1.º corpo docente os professores: Cesídio Ambrogi, Joaquim Manoel Moreira, Dr. Jayme Pereira Vianna, Dr. Urbano Pereira, Dr. Pedro Barbosa Pereira, Emílio Simonetti, Clóvis Gomes Winther, Zita Conceição Rabello e maestro Fêgo Camargo. A secretaria estava a cargo do Sr. Cícero Azevedo sendo escriturária D. Carmosina Monteiro. Presente o Prefeito Municipal major João Cândido Zanani de Assis, proferiu a aula inaugural o Dr. Pedro Barbosa Pereira. (A Folha).

 

1949   Com a Catedral em reformas, a Semana Santa  é  realizada  no  Santuário de Santa Teresinha. Hoje é sexta-feira santa. (Taubaté Jornal).

____

Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu

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