Camilo Frade – Vagalume
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29 de janeiro de…
1883 O Sr. Gabriel Ortiz Monteiro alista-se como eleitor em Taubaté. Nasceu na fazenda do Rio das Pedras, em Paraibuna, a 11 de dezembro de 1857, vindo para Taubaté com 7 anos e com 8 ingressando no Colégio São João Evangelista. Emancipou-se aos 18 anos. Liderou o movimento de emancipação dos escravos que culminou com a “Declaração de Ponte Alta” de 10 de fevereiro de 1888, passando o município do Paiolinho a se chamar Redenção. (Gazeta de Taubaté).
1890 Gertrudes Vieira de Toledo Guatura torna público estar devidamente autorizada pela autoridade eclesiástica a trocar hábitos da Ordem de São Francisco, bentos pelo Rev.do P.e Francisco Carlos de Alvarenga. São também trocados no Convento de Santa Clara. (Jornal do Povo).
1890 São cunhadas, no Rio de Janeiro, as primeiras moedas republicanas a entrarem em circulação. (Jornal de Taubaté).
1891 Morre, repentinamente em Taubaté, o cap. Jordão Gomes Nogueira digno agente do correio local, modelo de honradez e probidade, consternando toda a sociedade taubateana. (Jornal do Povo).
1891 O Sr. Vicente Lucidoro d’Oliveira, tenente comandante do destacamento policial de Taubaté de ordem do c.el João Nepomuceno Pereira Lisboa, em circular de 22 abre inscrição para engajamento no corpo Policial Permanente do Estado a que o engajado é obrigado a servir por 4 anos no máximo e do qual poderá obter baixa antes desde que dê substituto. A diária é de 1$900 e a mensalidade 58$800. (Jornal do Povo).
1891 Com a dissolução da sociedade Oliveira & Prates, retirando-se o sócio Alfredo Prates, o “Jornal do Povo” que se edita em Taubaté 2 vezes por semana à Rua Dr. Falcão Filho, 13A, volta a ser propriedade do Sr. Ladislau Fernandes de Oliveira tão somente. Entra para redação José Maximiano de Carvalho.
1891 O Colégio Americano de Taubaté sob a direção de Miss Jennie W. Kennedy cujas aulas vão se reabrir a 11 de fevereiro distribuiu prospectos pelos quais se verifica que mantém instrução primária, secundária e superior além de jardim de infância para crianças de 3 a 7 anos. (Jornal do Povo).
1891 O Largo Comendador Costa Guimarães começa a ser chamado de Largo da Cadeia, pois ali está em construção a Cadeia nova. A cadeia velha era onde está o Grupo Escolar Lopes Chaves e junto à antiga Câmara (embaixo) na Rua da Cadeia – Rua Municipal, hoje Dr. Pedro Costa. (Jornal do Povo).
1895 O 2.º fiscal da cidade é o Sr. Ignácio Mar-condes do Amaral Júnior. (O Imparcial).
1895 Tempestade desaba sobre Tremembé oca-sionando prejuízos inclusive à estação da Empresa de Bondes a Vapor Taubaté-Tremembé avariada. (O Imparcial).
1895 O leiloeiro Francisco Eufrásio de Toledo é conhecido por Dico. (O Imparcial).
1895 Declaração do Sr. João Baptista Alves Mourão, novo proprietário da Empresa de Carris Urbanos de Taubaté dá a entender que a empresa foi da Cia. Industrial de Linho Brasileiro. (O Imparcial).
1896 Lei n.º 422 autoriza o governo a abrir concorrência pública para construção de uma ferrovia que partindo do porto de São Sebastião passe por Taubaté e alcance São Bento do Sapucaí, nos limites do Estado de Minas Gerais. (O Norte).
1900 Morre, em Taubaté, José Ananias de Toledo, filho do Sr. Bento Vieira de Toledo Guatura. (Jornal de Taubaté).
1905 Com licença da Intendência Municipal, a Corporação Musical Philarmônica Taubateen-se realiza às 18 horas e 30 min. retreta no jardim público (Estação) de cujo programa consta a execução entre outras peças, do dobrado “Amigos do Progresso” de autoria do maestro compositor local José Gomes de Assis Camargo. (Jornal de Taubaté).
1905 O maestro João Gomes Júnior tem pronta a ópera “Foscarina” cuja ação se passa em 1866 com os personagens: D. Felipo, embaixador (barítono), Leila sua esposa (soprano) e Alvise, estudante genovês (tenor). (Jornal de Taubaté).
1905 A Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência de Taubaté por seu irmão Secretário Sr. J. F. A. Telles e de ordem do Rev.do Côn. Júlio Marcondes, escrivão e secretário do bispado de São Paulo, torna pública Portaria de Dom José de Camargo Barros, Bispo de São Paulo, em que, atendendo ao que lhe representaram Mons. Miguel Martins da Silva e mais católicos de Taubaté, bem como, a Venerável Ordem Terceira, ratifica e confirma o ato de Mons. Manoel Vicente da Silva, então vigário-geral da diocese que mandou entregar o cemitério à mesma Ordem. Se porventura tal ato foi nulo faz agora doação do cemitério à mesma Ordem Terceira. (Jornal de Taubaté).
1941 Funda-se em Taubaté a Cooperativa de Consumo dos Industriários da Companhia Taubaté Industrial sob a presidência do Sr. Félix Guisard e com a adesão inicial de 30 cooperados que subscreveram o capital de 8:400$000. (O Momento).
1946 Na Catedral provisória (Igreja do Rosário) Dom Francisco Borja do Amaral, bispo diocesano, celebra missa por alma do Dr. Fernando Costa, ex-interventor federal em São Paulo, encomendada pelo diretório local do Partido Social Democrático. (Taubaté Jornal).
1958 Lei n.º 325 aprova o Plano Piloto de Desenvolvimento do Município de Taubaté. (Manual).
31 de março de…
1781 Gabriel de Araújo Torres, Procurador do Conselho da Câmara da Vila de São Francisco das Chagas de Taubaté em 1780, notificado à prestação de contas, pede quinze dias de prazo para fazê-lo; nessa vereança se despacham também petições de casas e de licenças. (Atas I, p. 45).
1783 Antônio Pires e José Correia são nomeados pela Câmara para Capitães do Mato do Bairro do Barranco e Piraigagos, respectivamente. Da vila de Taubaté e seu termo são Salvador Benedito Moreira e Lourenço da Silva Bandeira.
Os doutores Marcelino de Assunção, morador em Guaratinguetá, José Aranha de Toledo e João Moreira da Rocha, moradores em São Paulo, são indicados pela Câmara para um deles ser nomeado Juiz das Medições das terras de Sesmaria que se achava vago, cargo que se renovava anualmente. (Atas I, pp. 88 e 89).
1864 Lei provincial n.º 5 torna definitivas as divisas até então precariamente estabelecidas entre os municípios de Areias e Barreiro.
1872 O ilustre taubateano P.e Francisco Carlos de Alvarenga recebe a sagrada tonsura e ordens menores. É irmão de D. José Pereira da Silva Barros. Nasceu em Taubaté a 20 de julho de 1844 e morreu em São Paulo no Asilo de São Vicente de Paulo de que foi capelão por muitos anos a 06/08/1939. (Lábaro, 13/08).
1884 Lei provincial n. 41 autoriza a construção de uma estrada de ferro entre o porto de Tabatinga e o sul de Minas Gerais, passando por Caçapava. A lavratura do contrato com o eng. Luiz Teixeira Bittencourt Sobrinho seria autorizada em abril de 1888. (O Liberal Taubateense de 5 de abril de 1888).
1888 A Câmara Municipal de Taubaté realiza reunião sob a presidência do Comendador David Lopes, presentes os vereadores Dr. Francisco de Paula Toledo, Dr. José Ricardo, Dr. José Francisco Monteiro, Dr. Pereira Corsino e Marcondes de Moura. (O Liberal Taubateense).
1888 Devido à escassez de recursos de que dispõe e do minguado auxílio que lhe presta o público, especialmente os fazendeiros, resolve a Mesa Regedora da Irmandade de Misericórdia mantenedora do Hospital de Santa Isabel: 1.º) reduzir o lotação de doentes a vinte; 2.º) exigir, além do atestado médico com o visto do Provedor, prova de indigência fornecida por autoridade competente, para internação; 3.º) não admitir enfermos de municípios vizinhos; 4.º) admitir libertos, imigrantes e nacionais empregados na lavoura somente mediante autorização escrita dos patrões, que devem se responsabilizar pelas despesas com diária e medicamentos. a) O Secretário: José Ignácio de Souza Almeida. (O Liberal Taubateense).
1888 A Câmara Municipal de Taubaté recebe pedido do Presidente da Província, Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves, de informações sobre a cultura da videira no município, bem como de dados sobre sua geografia para exposição científica que fará à Sociedade Geográfica do Rio de Janeiro. (O Liberal Taubateense).
1888 Frente às propostas para a publicação de seu expediente, feitas pelos jornais locais Diário Paulista e Liberal Taubateense, a Câmara decide por este último. (O Liberal Taubateense).
1888 A Câmara Municipal de Taubaté aprova indicação do vereador Dr. José Francisco Monteiro, autorizando o Procurador a habilitar mediante procuração o Sr. Manoel Bento de Paula para receber na Tesouraria da Província a quantia despendida por ocasião da epidemia de varíola neste município. (O Liberal Taubateense).
1888 A Câmara Municipal de Taubaté decide continuar o arruamento (abertura em conti-nuação) da rua do Príncipe (15 de novembro) até o alto do Convento, desapropriando-se os terrenos necessários amigável (caso em que os muros serão feitos pela Câmara) ou judicialmente (caso em que os muros serão feitos pelos proprietários). (O Liberal Taubateense).
1888 A Câmara Municipal de Taubaté decide abrir uma rua da linha férrea até o Largo Mons. Silva Barros (que sai em frente ao Hospital de Santa Isabel, então neste largo. Viria a se chamar rua de Santa Isabel e depois C.el Augusto Monteiro). (O Liberal Taubateense).
1891 Decreto estadual n.º 143 cria o distrito de paz de Estação do Cruzeiro com as divisas do distrito de sub-delegacia criado por Ato de 05/03/1884.
1895 Realiza-se em Taubaté a imponente procissão dos Passos. O sermão do encontro é pregado pelo Cônego da Sé de São Paulo, Dr. José Valois (lê-se: Valuá) de Castro, e o do calvário pelo sacerdote taubateano vigário de Santa Cecília na capital, Rev.do P.e Duarte Leopoldo e Silva, futuro 1.º arcebispo metropolitano. Passos: 1.º Passo do beco do Sr. Carneiro; 2.º Passo do beco do Sr. Major Mattos; 3.º Passo no Rosário; 4.º Passo, Coração de Jesus (velha igreja então existente na rua Marquês do Herval depois da casa, hoje, da Família Abud); 5.º Passo no falecido José de Mattos e 6.º Passo na rua Visconde do Rio Branco. (Não há referência a 7.º passo). (O Popular de 27 em aviso do vigário P.e Antônio Nascimento Castro). A banda de música que oficia na semana santa está a cargo do maestro Antônio José. (O Popular).
1895 Durante o mês de março transitam nos bondes da cidade 13.531 passageiros pelos quais a empresa arrecada 1:353$100 por onde se verifica que a passagem, custa 100 réis ou um tostão. O transporte de cargas rende 385$000 e é feito entre a estação da Central do Brasil e a cidade e vice-versa. A agência do correio local no mesmo período rendeu 1:281$000. Nas farmácias da cidade aviam-se 6.650 fórmulas (receitas) sem contar repetições e a estação local da Central do Brasil arrecada 48:444$590. Há em Taubaté 2.260 eleitores diplomados. (O Popular).
1895 De acordo com a lei n.º 35 de 26 de janeiro de 1894, Taubaté está dividida em 10 seções eleitorais: 1.ª no prédio do antigo Paço Municipal à rua São José esquina da rua Marquês do Herval (hoje Pedro Costa); 2.ª no novo prédio do Paço Municipal; 3.ª no Theatro São João; 4.ª em casa de D. Ignez Alves Pinheiro à rua Dr. Winther, n.º 3; 5.ª na Coletoria Estadual; 6.ª no prédio da escola pública do bairro do Baracéia, onde votam também os eleitores dos bairros do Barreiro e Samambaia; 7.ª no bairro do Ribeirão das Almas, na casa de Francisco Drumond Bittencourt, onde votam os eleitores também dos bairros de Santa Luzia e do Registro; 8.ª no bairro do Taboão na escola pública, onde votam também os eleitores do bairro do Pasto Grande e Macuco; 9ª no bairro das Sete Voltas na escola pública onde votam também os eleitores dos bairros do Pouso Frio, Pinhão, Borba e Morro Grande; 10.ª em Tremembé em casa do Sr. Malhado Rosa para os eleitores desse distrito. Na 4.ª sessão votam também os eleitores dos bairros do Remédio e de Itapecirica. Na 5.ª os dos bairros do Bassoroca, Quiririm, Rio das Antas, Quilombo e Pinheirinho. (O Popular).
1897 O Inspetor Literário do 13.º Distrito Literário, João Benedito da Conceição China, põe em concurso para provimento a regência das seguintes escolas provisórias: Quilombo, Rio das Antas, Rio das Almas e Bassaroca, para o sexo masculino e Quilombo, Baracéa e Barranco, para o sexo feminino e Poço Grande do Tremembé, mista no município de Taubaté; Paraitinga, do sexo masculino, no de Reden-ção. (Diário).
1897 O Conselho Superior da Instrução Pública resolve propor ao governo a mudança do percurso das escolas ambulantes de Quiririm e Poço Grande para Quiririm e Mata-Fome no município de Taubaté. (Diário de Taubaté).
1898 A Companhia Norte Paulista que explora o abastecimento de água em Taubaté, sob a presidência do Sr. Dr. José Francisco Monteiro, realiza na Rua da Caixa d’Água, n.º 2, Assembléia Geral Ordinária para eleição do Conselho Fiscal. O secretário é o Sr. Antônio Marcondes de Moura e Gerente Fernando de Mattos. Serve de secretário à Assembléia o Sr. Ignácio Marcondes do Amaral Sobrinho. (Diário de Taubaté).
1901 Às 5 h. da tarde sai a procissão do triunfo. De acordo com a nominata, o guião (pendão da frente) é conduzido pelo Sr. Cândido Alves da Mota, o estandarte pelo Sr. Octaviano Andrade; as borlas pelos srs. Roberto Borges, Antônio Corrêa Gomes, Luiz Firmino Vieira e José Domingues Ribas, a cruz pelo Sr. Antônio Felício de Moura; o pálio por Joaquim Mendes de Magalhães, Joaquim Monteiro Coelho da Silva, Alberto Monteiro, Major Antônio Pereira de Barros, José Marques de Carvalho Braga e Joaquim Gonçalves de Freitas. Há indicação também dos nomes dos que devem conduzir os andores em turmas de 4 que se devem revezar na rua do Sacramento, na rua Carneiro de Souza e no Largo da Matriz. Todos são irmãos de Nosso Senhor dos Passos. (Jornal de Taubaté de 31). Em seu 3.º ano de funcionamento . (Jornal de Taubaté)
1901 O Capitão José Malhado Filho, 2.º juiz de paz do distrito de Taubaté em exercício no impedi-mento do 1.º, avisa que de 1.º a 30 de abril próximo, de acordo com o art. 15 do decreto n.º 764 de 24 de março de 1900 estará das 10 h. da manhã até as 4 da tarde, no cartório do registro civil para receber os requerimentos dos cidadãos que quiserem se alistar eleitores. (Jornal de Taubaté).
1901 Durante as solenidades da Semana Santa deste ano, iniciadas sábado dia 23 com a procissão dos Passos que teve como 3.º passo a antiga Capela do Coração de Jesus, na rua Marquês do Herval, oficiou a Philarmônica Taubateense (a banda da elite conhecida por banda dos Ursos) composta de 10 instrumentos de corda (contra-baixo, violoncelo, violoncelo, violeta e violinos), duas clarinetes, oboé e 7 instrumentos de metal para as harmonias fortes, com músicas arranjadas pelo diretor maestro Antônio Orestes Penzo. Do coro participou o prof. José Catarina regente da banda Beneficente de Guaratinguetá e a quem foi confiada a regência, passando o maestro Penzo ao violino. O organista José Ferreira da Silva executou composições sacras em vários atos religiosos. As armações estiveram aos cuidados do Sr. Marianinho Gomes. Mestre de Cerimônias foi Rev.do P.e Antônio Firmino. (Jornal de Taubaté).
1901 No concurso de beleza, promovido entre as elegantes de Taubaté, sai vencedora a srta. Alzira Rosa de Viterbo a quem Vijono e Lesbarate dedicam acrósticos. (Jornal de Taubaté).
1905 Monsenhor Miguel Martins da Silva recebe de Frei Camilo que se diz “ralado de dor” e que o destinatário desconhece, um ofício expulsan-do-o da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência e da qual Mons. Miguel Martins da Silva já se considerava afastado, desligado há quatro meses. É decorrência da questão levantada por Mons. Martins sobre a administração do cemitério que achava que pertencia à diocese e não à Ordem, e que o Bispo de São Paulo, D. José de Camargo Barros reconheceu ser da Ordem. Mons. Miguel Martins tem diploma de benemérito dos Capuchinhos, fornecido pelo Provincial de Roma e a pedido forneceu seu retrato para a sala de honra do Convento de Taubaté. Mas os capuchinhos nada têm a ver com a Mesa da Venerável Ordem Terceira conforme advertência do irmão secretário da Ordem Sr. João Francisco A. Telles. (Jornal de Taubaté de).
1906 O jornal Semana Oficial da Câmara Municipal de Taubaté anuncia providências para a substituição do Código de Posturas de 1890, por um novo e atualizado. (Norte).
1946 Aniversaria o ilustre médico e historiador fluminense (taubateano por título da Câmara Municipal) Dr. Félix Guisard Filho, diretor presidente da Cia. Taubaté Industrial, membro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, do Instituto Histórico de São Paulo. (Taubaté Jornal).
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Extraído das Efemérides Taubateanas, de José Cláudio Alves da Silva. Acervo Maria Morgado de Abreu